Processo de Clara Fernandes
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+ Confissão de Clara Fernandes
A os seis dias do mês de julho de mil quinhentos cinquenta e cinco anos, em Lisboa, na casa do despacho da Santa Inquisição, estando aí o senhor doutor Ambrósio Campelo, do desembargo del Rei, nosso senhor, e deputado da Santa Inquisição, perante ele apareceu Clara Fernandes, mulher baça, casada com Francisco Fernandes, mourisco, morador nesta cidade a São Tomé, e que ela ganha sua vida a lavar roupa, e ele anda a mariola, e que ela será mulher de vinte e três anos ou vinte e quatro anos, a qual disse que vinha pedir perdão e misericórdia de certas culpas que por ela passaram. E lhe foi dado juramento dos Santos Evangelhos, em que pôs sua mão para dizer verdade em tudo o que dissesse, e ela assim o prometeu. E disse que pedia perdão e misericordia que, jazendo ontem na cama, de noite, em casa de Dom Inácio com uma Catarina da Rosa, mulher branca, casada com Damião Mendes, que é na Índia, a qual é mulher moça, e ouviu dizer que será de idade até dezesseis ou dezessete anos, e, jazendo assim na cama sós, ela, Clara Fernandes, pecou em beijar e abraçar e palpar a dita mulher, pondo-se ela declarante em cima da outra como um homem em cima de uma mulher, e isto por uma vez, porém, que o beijar e abraçar foi por muitas vezes na dita noite, enquanto estiveram acordadas, e o mesmo |
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apalpar e beijar e abraçar fazia a dita Catarina da Rosa a ela, declarante, de maneira que ela cumpriu com a dita Catarina da Rosa como um homem com uma mulher, e a dita Catarina da Rosa lhe disse que fizera o mesmo naquele ato, e que ninguém sabe disso porque jaziam sós, como dito tem. Somente ontem à noite houve palavras por ela, declarante, repreender a dita Catarina da Rosa, porque não andasse com um certo homem, pois era casada, e que a dita Catarina da Rosa lhe tornou, dizendo que ela declarante a beijara e abraçara e fizera com ela como propriamente um homem, e que, quando isso disse, estavam aí quatro ou cinco pessoas, onde se alevantou a fama de seu pecado, as quais pessoas eram uma Isabel de Vera, criada de Dom Inácio, e André Coelho, criado de Manoel de Sousa, filho do Mendanha, e outro João Rodrigues, filho de uma mourisca, alfaiate, e outro mancebo que se chama Cristovão, que não tem amo e anda por essa cidade. E que ela, confessante, nunca dormira em cama com a dita Catarina da Rosa, nem pecara com ela outra vez, senão aquela noite. E que haveria treze meses, pouco mais ou menos, que tinha conhecimento dela, por ser testemunha do casamento dela, e dali lhe ficou terem amizade e conhecimento, mas que nunca pecaram outra vez, senão aquela. E disse mais, que haverá um ano que ela pecou da mesma maneira |
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com uma Isabel Mendes, mulher moça, que está em casa de sua mãe, que se chama Margarida Gonçalves, a Taleja de alcunha, que pousa agora junto de São Vicente de fora, a qual Isabel Mendes diz que é casada com um músico do Infante, que se chama Barbosa, que jazendo ela declarante com a dita Isabel Mendes uma noite sós, ambas na mesma cama, antes que se lançasse a mãe da dita Isabel Mendes, se apalparam e beijaram e abraçaram uma a outra, até que ela confessante se pôs em cima dela e cumpriu com ela, como um homem com uma mulher, e a dita Isabel Mendes lhe disse que fizera o mesmo, e isto uma vez, somente, e que nunca mais com ela pecou, nem antes, nem depois. E que nunca ofendera a nosso senhor nesse pecado, senão essas vezes que tem confessado, com estas duas mulheres. E que, onde ela declarante mora, há fama, como pecaram ambas, e que nasceu esta fama de verem a grande amizade que ambas tinham, ela e a dita Isabel Mendes, por a qual razão, a mãe da dita Isabel Mendes pelejou com ela haverá um ano e meio e, desde então, não lhe falou mais. E declarou que, primeiro disto, pecou com a dita Isabel Mendes, como dito tem, por ser então vizinha e amiga, e terem conhecimento de seis ou sete meses antes, e que disto pede perdão e misericórdia, e que fará a penitência que lhe derem. E que, do pecado que cometeu com |
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a dita Isabel Mendes, se confessou já a seu confessor e fez a penitência que lhe deu deste outro? Não, porque não houve tempo para isso, e al não disse. E, do costume, disse que está de quebra com a dita Catarina da Rosa, por palavras que houve ontem, e se injuriaram uma a outra, e, assim, pelejou com a mãe da dita Isabel Mendes, como dito tem, havendo palavras injuriosas de uma parte e da outra, e que a dita Isabel Mendes acudia por a mãe, e que lhe tem má vontade, e, porém, que tudo o que tem dito é verdade, por o juramento que tem feito. E declarou que ela não tinha senão natura de mulher, e que tem três filhos que pariu, e que promete de nunca mais ofender a Nosso Senhor Jesus Cristo em esse pecado, e se guardar dele quanto puder. E lhe foi mandado ter segredo no que disse, e que se confessasse, e, além da penitência que lhe desse seu confessor, que jejuasse duas sextas-feiras a pão e água, e que cumpriria isto daqui até o dia de Nossa Senhora de agosto, e, daqui até então, rezará um padre-nosso e uma ave-maria à honra da morte e paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que não dormisse em cama com mulher alguma, senão tendo extrema necessidade, e então com pessoa sem suspeita, e procurasse de emendar sua vida, porque, sabendo-se outra cousa, seria castigada com todo rigor do direito, e a dita Clara Fernandes |
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assim o prometeu de cumprir. E, assim, lhe foi mandado que aprendesse a doutrina cristã toda, para que soubesse quando lha mandassem dizer. E, por não saber assinar, rogou a mim, notário, que assinasse por ela juntamente com o senhor doutor. Manoel Cordeiro, o escrevi. E que despois se veria a mais penitência que lhe haviam de dar. |
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+ Confissão de Clara Fernandes, mulata
A os treze dias do mês de julho de mil quinhentos cinquenta cinco anos, em Lisboa, na casa do despacho da Santa Inquisição, estando aí o senhor licenciado Pedro Álvares de Paredes, Inquisidor, mandou vir perante si a Clara Fernandes, mulata, que os dias passados se veio reconciliar acusar a este Santo Ofício, a qual foi ontem trazida ao cárcere dele, para com ela se fazer certa diligência para salvação de sua alma. E logo o senhor Inquisidor admoestou, da parte de Nosso Senhor, que acabasse de confessar a verdade, manifestando todas as mulheres com quem ela teve acesso carnal, sendo ela agente. Disse que ela queria dizer a verdade e que, para isso, dissera ao alcaide do cárcere que a trouxesse diante de sua reverência. E, sendo perguntada por sua idade e quanto tempo havia que usava do mau pecado, disse que ela seria de idade de vinte e cinco anos, e que houvera três anos que ela usa do mau pecado, tendo acesso com mulheres, e que era alembrada que, vivendo ela com uma Catarina do Avelar, que então era solteira e agora é casada com um filho do Lampreia, que mora agora no castelo, e, vivendo com |
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ela, e estando a mãe dela fora de casa, ela, declarante, começou a brincar com a dita Catarina Catarina do Avelar do Avelar, que é muito moça e gentil mulher, e a dita Catarina do Avelar apalpou a ela na sua natura, e ela, declarante, lhe apalpou a sua natura, e lhe disse, então, a dita Catarina do Avelar que fizessem maridos, e que se pusesse em cima dela, e, então, a dita Catarina do Avelar se deitou sobre uma esteira e se arregaçou, e ela declarante se pôs em cima dela, também arregaçada, ajuntando as naturas uma com a outra, e esfregando uma com a outra, como faz um homem com uma mulher, e assim cumpriram ambas, e primeira a dita Catarina do Avelar, e daí por diante, como a mãe da dita Catarina do Avelar ia fora, fazia o mesmo, tendo uma com a outra acesso carnal, estando ela declarante sempre de riba, e que continuariam isto por espaço de um mês. E logo, neste tempo, a mãe dela, declarante, a tirou fora de casa da dita Catarina do Avelar, e lhe dizia a dita moça que não dissesse a nenhuma pessoa nada do que com ela passava, e, quando a mãe dela, declarante, a tirou de sua casa, houve a mãe da dita Catarina do Avelar paixão por |
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isso, porque não quisera que ela se saíra de sua casa. E, estando, assim, em sua casa, sempre a dita Catarina do Avelar lhe rogava que tivesse acesso carnal com ela mais vezes do que tinha, e a importunava por isso, e lhe dava meios vinténs e outras vezes vinténs, e isto as mais das vezes que com ela tinha acesso carnal. E que, primeiro que vivesse com esta mulher, viveu no bairro com uma Margarida Mendes, filha de Isabel Mendes, mourisca, e com ela viveu um ano das portas a dentro, a qual era mulher moça, solteira, e se deitava com quem queria, e, estando assim em casa com ela um dia, disse ela à dita Margarida Mendes se queria que fizessem maridos, e a Margarida outra lhe disse que sim, queria, e, então, Mendes fecharam a porta e se pôs em cima dela, estando ambas arregaçadas, cumpriram ambas uma com outra, como um homem com uma mulher, e que continuaram isso alguns dias, em os quais teriam cinco ou seis vezes acesso carnal, estando ela, declarante, sempre de cima, e assim lhe dizia a dita mulher que a não descobrisse. E que, com Isabel Mendes, de quem disse em sua denunciação e confissão atrás que tivera uma só vez acesso carnal, é lembrada que forão Isabel Mendes duas vezes, estando ela sempre de |
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cima e a dita Isabel Mendes debaixo, e a segunda vez que com ela teve acesso, a mãe da dita Isabel Mendes sentiu que dormiram ambas uma com outra, por o que a dita filha dizia quando ela estava em cima dela, e chamou a ela, declarante, machão cadela que vinha correger sua filha, e, por isto, nunca mais teve com a dita Isabel Mendes acesso carnal, que as duas vezes, como dito tem, e que nisto é encarrego. E que lhe não se lembra que tivesse acesso com mais mulheres que com estas que dito tem, nem elas com ela, tampouco. E jurou aos Santos Evangelhos, em que pôs sua mão que esta sua confissão é verdadeira, e o não diz por ódio, nem imizade que tenha, nem mal querença às ditas pessoas, porque lhe não tem, e o diz por passar, assim, na verdade. E declarou que Catarina da Rosa, de quem diz em sua confissão que teve acesso carnal uma vez, Catarina da Rosa pousa com Isabel de Vera defronte das casas de Dom Inácio, e são do mesmo Dom Inácio, e na dita casa teve com ela o dito acesso carnal. E, por não saber assinar, rogou a mim, notário, que assinasse por ela juntamente com o senhor Inquisidor. Manoel Cordeiro, o escrevi.
Licenciado Pedro Álvares por ela, Manoel Cordeiro |
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+ Culpa de Clara Fernandes, mulata
A os dezoito dias do mês de julho de mil quinhentos cinquenta e cinco anos, em Lisboa, na casa do despacho da Santa Inquisição, estando aí o senhor licenciado Pedro Álvares de Paredes, Inquisidor, perante ele apareceu Catarina da Rosa, mulher de Damião Mendes, alfaiate, morador em esta cidade, a Valverde, e disse que ela vinha ante sua reverência a confessar suas culpas, para delas receber a penitência que lhe derem. E logo disse que ela teve aqui, em esta cidade, amizade e conversação com uma mulata que está presa neste Santo Ofício, que se chama Clara Fernandes, e que vai em três semanas que, indo ela para o chafariz, passou por a porta de Isabel de Vera, que vive defronte de Dom Inácio, e ali se chamaram umas mulheres, e ela subiu lá, e nisto veio a dita Clara Fernandes, mulata, e lhe disse que dormisse lá aquela noite, e ela o fez assim, e dormiram ambas em uma cama. E que, estando na cama, a dita mulata se chegou para ela |
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e a começou abraçar e beijar, e se pôs de ilharga com ela e se ajuntaram as barigas, e estiverão assim ambas, juntas, bem meia hora, pouco mais ou menos, esfregando-se uma com a outra, e as naturas uma com a outra, e depois que fez o que quis, se volveu para uma parte, e, estando assim nisto, lhe falava amores. E que, despois, lá contra a menhã, a dita mulata se tornou a virar para ela, e se pôs de ilharga e lhe fez outro tato, e estaria assim com ela mais de meia hora com as naturas uma com a outra, e esfregando-se como faz um homem com uma mulher, e que, esta segunda vez, por ela ver que a dita mulata não fazia como fazem os homens, conheceu que era mulher, porque de princípio cuidou que ela era homem, e que se não pôs em cima dela por ela, declarante, andar prenha e haver medo de perigar a criança. E que pela manhã se alevantaram e, se alguém olhava para ela, declarante, a dita mulata havia |
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ciúmes disso, e lhe disse que se fosse para casa de sua mãe, e ela se veio, daí a dois dias e que, daí a três ou quatro dias, ela, declarante, tornou lá e houve palavras, e que ela, declarante, lhe disse, presente Isabel de Vera, que fosse servir de homem e não de mulher, e estava também aí um homem que se chama Coelho, de alcunha, e, então, contou a estas pessoas o que lhe acontecera com a mulata, e como dormira com ela, não dizendo quantas vezes lhe isto fizera. E que ouviu dizer ao dito Coelho, que ouvira dizer a umas mulheres que se chamam as Franciscas, que moravam em casa de Dom Inácio, que a dita mulata se deitara com uma moça de um sainho roxo, cujo nome não sabe, e que dormira com ela muitas vezes, e que a dita mulata lhe disse a ela, declarante, que uma moça de uma saia branca, que vivia na Mouraria, cujo nome lhe não disse, que esta era a que a matava e a quem ela queria bem, e que, quando a mulata teve acesso com ela, a dita mulata mostrava contentamento e ela também. E que o dito homem, Coelho, |
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está homiziado em casa de Dom Inácio, e que doutra cousa não é lembrada. E jurou aos Santos Evangelhos, em que pôs sua mão que isto é verdade. E, do costume, disse que houve aquelas palavras que tem dito com a mulata, e que nunca mais se falaram. Antônio Rodrigues, o escrevi com ante linha que se fez por verdade. E lhe foi mandado ter segredo, e assim o prometeu. Por ela Antônio Rodrigues Licenciado Pedro Álvares |
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A cordam os Inquisidores e deputados da Santa Inquisição, com comissão del Rei, nosso senhor, neste caso e, tais que vistos estes autos, e como por eles em confissão da ré, Clara Fernandes, mulher baça, forra e casada, moradora nesta cidade, se mostra ela, com mui grande atrevimento e sem temor de Deus, cometer por muitas e diversas vezes, e por muito espaço de tempo, o nefando e abominável pecado de sodomia e contra natura com outras mulheres, sendo ela, ré, agente no dito mau pecado e provocando as outras a o cometerem. O que, tudo visto, e a qualidade e graveza do dito crime e continuação dele com o mais que dos autos consta, condenam a dita ré Clara Fernandes a cárcere perpétuo, estreito e apartado, no qual estará todos os dias de sua vida, e será açoitada no dito cárcere, e, às sextas-feiras, jejuará a pão e água, em penitência de tão graves ofensas que cometeu contra Nosso Senhor, e será instruída nas cousas necessárias para sua salvação, e confiscam todos seus bens, se os tem, para a coroa do Reino, vista a disposição do direito no caso. Frei Jerônimo de Azambuja Ambrósio, doutor Jorge Gonçalves Ribeiro Manoel, doutor Martim Lopes Lobo |
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F oi publicada esta sentença, atrás escrita, pelos vinte e nove dias do mês de janeiro de mil quinhentos cinquenta seis anos por o senhor padre mestre, frei Jerônimo de Azambuja, Inquisidor, estando presente a ré, Clara Fernandes. Manoel Cordeiro, o escrevi. E , publicada, como dito, a dita sentença, foi dada a sua devida execução. Manoel Cordeiro, o escrevi. |
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+ Ajunte-se a seus autos para com eles se ver. Diz Clara Fernades, mulata, moradora em esta cidade, que há cinco anos que ela foi presa pela Santa Inquisição, e foi despachada por vossas mercês que fizesse sua penitência no cárcere até dispensarem com ela, e, por ela cumprir sempre, até aqui, em os ditos cinco anos em o dito cárcere, a penitência que assim lhe foi mandada, com muita dor e arrependimento de seus pecados, e estar muito bem doutrinada em as cousas de nossa Santa Fé Católica, em que protesta viver e morrer como verdadeira cristã que é, pede a vossas mercês, à honra da morte e paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, que, havendo respeito a todo o acima dito, e os muitos anos de sua prisão, e ser muito pobre, e não ter outra coisa de que se manter, senão das esmolas da santa misericórdia, que há um ano que lhe tiraram com as mais penitentes, e padecer muita fome e necessidade, e ter uma mãe, como provara, passante de setenta anos, a queiram mandar soltar, para a ajudar a sustentar sua velhice, havendo vossas mercês outrossim respeito ao muito serviço de Nosso Senhor, que, nos ditos cinco anos em o dito colégio, fez, servindo os doentes e sãos do dito cárcere, sem nenhum prêmio nem interesse, e rogará, enquanto viver, a Nosso Senhor por acrescentamento de vida e estado de vossas mercês. |
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Vista a petição da suplicante Clara Fernandes, mulata, mandam que seja solta e saia do Cárcere do Colégio, onde está, para a casa do Hospital de Todos os Santos, desta cidade, que lhe assinam por cárcere, e nela servirá a Nosso Senhor em tudo o que lhe for mandado pelos padres da dita casa, e fará a mais penitência de suas culpas, e de lá não sairá sem licença dos Inquisidores, pelo tempo que lhes parecer que cumpre para salvação de sua alma, e se confessará as três Páscoas do ano, e nelas receberá o Santíssimo Sacramento de conselho de seu cura, e irá às missas e pregações domingos e festas, fazendo tôdolos atos de boa cristã, e guardando-se muito das más conversações, e que lhe |
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possam tornar a causar dano a sua alma, antes procurará muito de emendar sua vida, sob pena de ser gravemente castigada, e como o caso merecer. Visto o que diz na dita petição e tempo de sua prisão e penitência que tem feita no dito cárcere, com o mais que de seus autos consta e forma de sua sentença. Em Lisboa, dez de dezembro de 560. +
Ambrósio, doutor Jorge Gonçalves Ribeiro
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