Projetos

MÚLTIPLAS ESTRATÉGIAS DE ESCOLARIZAÇÃO DA INFÂNCIA: CONTRASTES DE UMA HISTÓRIA TRANSNACIONAL DA EDUCAÇÃO

Pesquisador (a): Diana Gonçalves Vidal – Coordenador / Jose Claudio Sooma Silva – Integrante / Rachel Duarte Abdala – Integrante / Fabiana Garcia Munhoz – Integrante / Wiara Rosa Rios Alcântara – Integrante / Fernanda Franchini – Integrante / Rafaela Silva Rabelo – Integrante / Alexandre Ribeiro – Integrante / Karime Antigo – Integrante / Jamir Guimarães da Silva – Integrante.

Descrição: O projeto tem como objetivo principal identificar e analisar as múltiplas estratégias de escolarização da infância, no âmbito da circulação internacional de modelos pedagógicos, objetos escolares e sujeitos educacionais, compreendendo como se consubstanciaram em iniciativas e constituíram apropriações..

Financiador(es): (CNPq) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa PQ1B (Atual)

EDUCAÇÃO TRANSNACIONAL: (DES)CONEXÕES ENTRE BRASIL E A NEW EDUCATION FELLOWSHIP (1920-1948).

Pesquisador(a): Diana Gonçalves Vidal – Coordenador / Rafaela Silva Rabelo – Integrante / Ariadne Lopes Ecar – Integrante.

Descrição: Em 1920, a New Education Fellowship (NEF) emergiu como um movimento internacional desenhado para agregar educadores de diferentes países na crença de que a educação poderia responder às novas demandas de uma sociedade em mudança. No contexto de fim da Primeira Grande Guerra e no âmbito das discussões em prol de paz e democracia, esta Fellowship, situada no Reino Unido, deu origem a seções em todo o mundo, incluindo a América do Sul. Como estratégia de disseminação de iniciativas e ideias, foi criado o periódico The New Era em 1920 e em 1921 a Fellowship organizou sua primeira conferência em Calais, France. Associados a The New Era estavam dois outros periódicos educacionais: Pour l’Ere Nouvelle e Das Werdende Zeitalter. Em 1936, a NEF tinha cinquenta e duas Seções nacionais e grupos e vinte e dois periódicos em quinze idiomas. Na América do Sul, Argentina (1928), Equador (1930), Peru (1930), Bolívia (1936), Chile (1931), Paraguai (1932) e Uruguai (1932) uniram-se à NEF. A despeito de nos anos 1930 o Brasil ter passado por várias reformas educacionais, em distintos estados, baseadas nos princípios da Escola Nova, nada indica que o país tenha tido uma seção até 1942. Por um breve período, de 1942 a 1948, os relatórios do escritório central da NEF incluíram o nome de D. Nina Celina, do Ministério da Educação, como secretária da Seção brasileira, liderada por Lourenço Filho. No entanto, nada foi reportado sobre as atividades ocorridas no Brasil relacionadas à Escola Nova. As referências à Seção brasileira cessam em 1948, mesmo com a NEF continuando ativa até 1966, quando passou a se denominar World Education Fellowship. A principal questão deste projeto é compreender como Brasil e NEF estavam conectados em um movimento internacional em torno da Escola Nova, sem, entretanto, estarem diretamente relacionados. A perspectiva oferece a oportunidade de operar por (des) comparação. Ou seja, em lugar de seguir os fios de uma rede, procurar por vestígios que permitam estabelecer conexões possíveis. Como afirmou Marcel Detienne (2004), a aproximação metodológica se sustenta pela comparação do incomparável. Para tanto, a pesquisa irá focalizar periódicos e educadores, limitando seu escopo inicialmente a Nina Celina e M.B. Lourenço Filho, a quem serão agregados Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, proeminentes educadores brasileiros da época e figuras de prestigio internacional do movimento da Escola Nova.

Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro (2015-2017).

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (ÁFRICA): PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO (1950 a 1990).

Pesquisador(a): Maurilane de Souza Biccas – Coordenadora

Descrição: O período que se estende entre as décadas de 1950 a 1990, do século XX, foi marcado de uma maneira geral, por um processo de descolonização da África. As razões para estes acontecimentos são de várias ordens políticas, econômicas, étnicas, culturais, históricas além de circunstâncias sociais que contribuíram para a construção de muitas nações africanas e que teve como componente importante o trânsito de indivíduos entre os dois mundos, promovendo a circulação de idéias, de modelos pedagógicos, etc., no nosso caso específico, entre Portugal e as colônias africanas de língua portuguesa. O processo de descolonização da África teve início após a segunda Guerra mundial, modificando a configuração dos territórios até então ocupados, para construção de nações independentes. Os objetivos deste projeto são:1) Compreender e analisar como a escola primária estava organizada no fim do período colonial e após a independência; 2) Qual era o currículo da escola primária e o que se ensinava no período colonial e após independência; 3) Quem eram os professores antes e depois da independência; 4) Compreender e analisar as prioridades definidas pelo Estado após a independência; 5) Analisar as estratégias empreendidas para enfrentar o alto índice de analfabetismo no país. .
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.

O EDUCAR-SE DAS CLASSES POPULARES: ESCOLARIZAÇÃO E EXPERIÊNCIA EM SÃO PAULO ENTRE FINS DO SÉCULO XIX E AS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX.

Pesquisador(a): Ana Luiza Jesus da Costa – Coordenador.

Descrição: Tendo como pressuposto que pensar e fazer educação não são e não foram, historicamente, tarefas apenas para os intelectuais socialmente legitimados e os formuladores de políticas públicas, o presente projeto objetiva conhecer e compreender as formas pelas quais as classes populares, com ênfase nas classes trabalhadoras, na cidade de São Paulo, entre o fim do século XIX e início do XX, promoveram sua própria educação e construíram visões/concepções próprias sobre educação. Temos como hipótese que a ação e reflexão das classes populares, desde o século XIX, ou seja, desde o momento de estabelecimento da forma escolar no Brasil, tem sido fundamental para afirmação do direito à educação. Delimitamos como objeto de estudo dois espaços privilegiados onde se manifesta historicamente a citada ação educativa das classes populares oitocentistas. São eles: primeiro, as associações organizadas, primordialmente, por trabalhadores; segundo, a imprensa, primordialmente os periódicos vinculados às classes trabalhadoras, muitas vezes, relacionados às próprias associações como órgãos de propaganda e organização. Trabalharemos com fontes documentais oficiais e não oficiais: documentos diversos produzidos pelas organizações da sociedade civil; imprensa; legislação; relatórios oficiais de presidentes de província/estados, de Inspetores de instrução; literatura e outras pistas fornecidas no contato com os arquivos. .
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.