São Paulo, 1894 – Rio de Janeiro (Brasil), 1976
Por José Chrispiniano
Cientista e pioneira do feminismo no Brasil, Bertha Lutz foi a principal ativista no movimento pelo voto feminino. Filha do higienista suíço-brasileiro Adolfo Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler, formou-se em Ciências pela Universidade de Sorbonne, em Paris, em 1918, e em Direito, no Brasil, em 1933. Em 1920, fundou uma organização dedicada à defesa dos direitos das mulheres. Em 1922, representou as brasileiras na Assembleia Geral da Liga de Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, e fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, da qual foi presidente por vinte anos.
A Federação liderou a campanha pelo voto feminino, que acabou sendo incluído no Código Civil de 1932 e na Constituição de 1934. Lutz chegou a ocupar uma cadeira no Congresso em 1936, após ser eleita como suplente. Ela perdeu o mandato em 1937 com o estabelecimento do Estado Novo de Getúlio Vargas. Até o fim de sua vida, alternou a militância feminista com a realização de importantes trabalhos científicos em botânica e herpetologia.
Conteúdo atualizado em 13/04/2017 às 11:38.