Barbados, 1949
Marcel Gomes
Owen Seymour Arthur tomou posse, em 1994, como o mais novo chefe de governo da história de Barbados, ex-colônia britânica. Tinha 44 anos quando foi indicado para o cargo de primeiro-ministro pelo PTB e nele permaneceu até 2008, quando seu partido perdeu a maioria nas eleições gerais e ele voltou a assumir uma cadeira no Parlamento.
Seguindo a tradição trabalhista, durante sua gestão defendeu uma ampla integração regional, com vistas a ampliar o poder de fogo dos miniestados caribenhos, entre os quais se inclui Barbados. Ao lado de seus colegas da Jamaica e de Trinidad e Tobago, o primeiro-ministro foi um dos líderes de um ambicioso projeto de intensificação dos acordos associativos que deram origem, em 1973, ao Caricom. Conhecido como Economia e Mercado Comum do Caricom, o projeto previa uma série de medidas de cunho alfandegário, jurídico e comercial para integrar as três economias.
Arthur, apesar de pertencer a um partido vinculado às lutas dos trabalhadores, foi acusado pela oposição de aderir às reformas de cunho neoliberal. Ele, por exemplo, decidiu vender o Banco Nacional de Barbados para o Banco da República de Trinidad. Seu argumento era o de que a união dos bancos os fortaleceria diante da concorrência no mundo global. Críticos o atacaram, simpatizantes o chamaram de visionário.
Natural de Barbados, o primeiro-ministro é formado em economia e história. Trabalhou na Jamaica, primeiro na Universidade das Índias Ocidentais e depois na Agência Nacional de Planejamento, ainda nos anos 1970. Na década seguinte, voltou a Barbados e entrou para a vida pública. Foi indicado ao Senado, tornando-se presidente do PTB e líder da oposição até 1993, quando venceu as eleições legislativas e assumiu a chefia do governo.