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Benedetti, Mario

Tacuarembó, 1920 – Montevidéu (Uruguai), 2009

Por Flávio Aguiar

Em 1956 provocou polêmica com Poemas de la oficina, por contrapor-se ao lirismo acadêmico de seus contemporâneos e, em 1959, com os contos reunidos em Montevideanos, por apresentar uma concepção de prosa urbana. Paradigmáticos, os volumes anunciam, como eixo de sua vastíssima produção, o universo do sujeito mediano e a busca da comunicação eficaz com o público leitor, qualidades que lhe colocam entre os escritores hispano-americanos mais divulgados. Participou da Geração de 45 e foi jornalista no periódico Marcha ao lado do crítico Ángel Rama e das inquietas intelectuais e poetisas uruguaias Idea Vilariño, Amanda Berenguer e Ida Vitale.

Defensor dos direitos humanos, suas posturas políticas o levaram ao exílio durante a vigência da ditadura militar. Com textos dramáticos encenados em mais de dez países e escreveu ensaios sobre história e cultura latino-americanas, reunidos em exemplares como El desexilio y otras conjeturas (1984). Foi diretor do Centro de Pesquisas Literárias da Casa de las Américas. Outra obra: La tregua (1960).