Luiz Felipe Alves de Miranda
As cinematecas constituem tradição herdada por alguns países da América Latina. A Cinemateca Uruguaia, localizada em Montevidéu e considerada uma das principais da região, é uma das mais completas, com um número significativo de obras importantes da cinematografia mundial. No Brasil, as duas principais são a Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, e a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Ambas costumam enfrentar crises cíclicas originadas da falta crônica de verbas. No Brasil existem, ainda, outras cinematecas de pequeno porte, merecendo destaque a do Museu Guido Viaro, em Curitiba. Capitais de outros países, como Buenos Aires (Cinemateca Argentina), Cidade do México (Cinemateca Nacional), Havana (Cinemateca Nacional), além de Bogotá, Caracas e Lima, mantêm seus arquivos em franca atividade. Essas instituições, além de possuir registros em imagens documentais e em filmes de ficção de diferentes fases da filmografia de seus respectivos países, abrigam cópias de filmes de importância na história do cinema, os chamados clássicos. Seus acervos guardam material documental, depoimentos, recortes de jornais, revistas e biblioteca, nos quais constam a memória do cinema regional e internacional. Tais cinematecas possuem salas exibidoras, e realizam intercâmbios de cópias em suas mostras correntes, palestras, debates, além de editarem, sob a forma de impressos e suportes eletrônicos e digitais, estudos e documentos considerados relevantes.