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Di Stéfano, Alfredo

Buenos Aires (Argentina), 1926 – Madri (Espanha), 2014

Por Pablo Alabarces

Filho de pais italianos, o portenho Alfredo Di Stéfano começou a jogar futebol no River Plate, em 1945, com dezenove anos de idade. Foi cedido por pouco

Alfredo Di Stefano no time nacional da Argentina, em 1947 (Wikimedia Commons)

tempo ao Huracán e voltou ao River, time no qual se tornaria famoso. Em 1947, ano de sua consagração, alcançou o título do Campeonato Argentino, foi o artilherio do torneio (com 27 gols) e convocado para

a seleção que disputou o Campeonato Sul-Americano realizado no Equador. A Argentina conseguiu o título graças a um grande time que, além de Di Stéfano, contava com José Manuel Moreno, Félix Loustau e Néstor Raúl Rossi, seus companheiros no River Plate. Em agosto de 1949, após uma greve de jogadores profissionais argentinos realizada no ano anterior, Di Stéfano e Rossi foram para a Colômbia, onde os clubes inscritos na Associação Colombiana de Futebol (cisão da Federação do mesmo país) tinham começado a comprar as mais importantes estrelas sul-americanas. Permaneceu durante quatro anos no Millonarios de Bogotá e depois se transferiu para o Real Madrid, da Espanha. Com o seu novo time conseguiu as primeiras cinco Copas da Europa do clube (1956-1960), competição na qual marcou 49 gols, uma Copa Internacional (1960), oito títulos da Liga espanhola (1954, 1955, 1957, 1958 e 1961-1964) e uma Copa de Espanha (1962). Foi artilheiro da Liga por cinco vezes (1954, 1956, 1957, 1958 e 1959) e, ao lado de jogadores do porte de Francisco Gento e Ferenc Puskas, fez com que o Real Madrid marcasse toda uma época do futebol espanhol e europeu. Naturalizou-se espanhol e integrou a seleção do país, mas jamais participou de uma Copa do Mundo: a Espanha não se classificou em 1958 e ele se machucou em 1962.

 

Gento, Leo Horn, Di Stefano e Wilkes, no jogo Amsterdam e Real Madrid no Olympisch Stadion em Amsterdam, na Alemanha, em 30 de junho de 1959 (Wim van Rossem/Anefo/Wikimedia Commons)                                                                                                                                                                                                      O craque argentino também jogou no Español de Barcelona e foi técnico do clube da cidade alicantina de Elche. Depois retornou à Argentina para treinar o Boca Juniors, consagrando-se campeão. Em 1970 voltou à Espanha, onde dirigiu o Valencia, com o qual conseguiu o título da Liga espanhola depois de 24 anos. Em 1998, foi escolhido, com outros nove míticos jogadores de todos os tempos, para fazer parte do Salão da Fama da FIFA.