El Hondo, 1904 – Cidade do México (México), 1986
Por Afrânio Mendes Catani
Cineasta mexicano, Emilio Fernández Romo foi talvez o mais importante de seu país. Seu apelido era “El indio”. Inicialmente ator, fez grande número de filmes, do início do sonoro a 1986. Foi também roteirista de seus filmes e dos de outros cineastas. Realizador de dramas, dramas românticos e melodramas, dirigiu grandes estrelas mexicanas, como Pedro Armendáriz, Dolores del Río e María Félix. Estabeleceu duradouras parcerias com o iluminador Gabriel Figueroa e o roteirista Mauricio Magdaleno. Estreou na direção com filmes rotineiros, La isla de la pasión (1941) e Soy puro mexicano (1942). Em seguida, dirigiu suas obras de valor, começando com Flor silvestre e María Candelaria (1943), seguidas por As abandonadas e Coração torturado (1944) e Pepita Jiménez (1945). Filmou adaptação dos romances do escritor americano John Steinbeck A peróla e, também, Enamorada (1946). Continuou realizando obras marcantes como Río escondido (1947), Maclovia , Pueblerina e Santa entre demónios (1948). Em 1949, fez adaptações da peça de Jacinto Benavente em A malquerida e do romance de Ivan Turgenev, Duelo en las montañas. No biênio 1950-1951, lançou oito filmes, destacando-se Víctimas del pecado (1950), e realizou sua primeira comédia dramática, Acapulco. Mudando de gênero, fez o filme de mistério Cuando llevanta la niebla (1952), o faroeste El rapto e a nova comédia dramática Reportaje (1953). Dirigiu coproduções e filmou, na Argentina, La tierra del fuego se apaga (1955). Diminuiu seu ritmo de produção até encerrar sua carreira em 1979.