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Manley, Michael Norman

St. Andrew (Jamaica), 1924 – 1997

Por Rodrigo Nobile

Segundo filho do ex-premiê Norman Manley, um mestiço de negros e irlandeses, Michael Manley estudou na London School of Economics (1945-49). Liderou o Partido Popular Nacional (PPN) após a morte do pai, em 1969. Sua primeira grande vitória foi contra o primeiro-ministro Hugh Shearer, do PTJ, nas eleições de 1972.

No governo, Michael Manley manteve-se próximo do movimento sindical e da população pobre, majoritariamente negra. Ao contrário de seu pai, tinha um estilo carismático e popular. Estabeleceu um forte laço de amizade com Fidel Castro, apesar da reprovação dos Estados Unidos.

A oposição a ele era liderada por Edward Seaga, apoiado por grupos armados. Algumas alas do partido de Manley também se armaram para defender o regime. O processo resultou numa escalada de confrontos: as eleições de 1976 e 1980 foram as mais violentas da história da Jamaica. Derrotado em 1980, Manley assumiu o papel de líder da oposição, mostrando-se um crítico ferrenho das políticas conservadoras e, em especial, do envio de tropas jamaicanas à Granada invadida em 1983. Nesse mesmo ano, condenou as eleições antecipadas convocadas por Seaga, deixando o PTJ com todas as cadeiras no Legislativo. Em 1989, Manley defendeu um programa moderado e venceu as eleições, voltando ao cargo de primeiro-ministro. Em 1992 afastou-se do governo e da liderança do partido, por problemas de saúde. Morreu em março de 1997.