Partido Liberal Hondurenho
Fernando Antonio da Costa Vieira
O PLH é um dos mais antigos partidos políticos de Honduras. Foi fundado em 1891, incorporando setores reformistas concentrados nas grandes cidades, em especial em Tegucigalpa. O partido é membro da Internacional Liberal e se apresenta como adversário histórico do Partido Nacional Hondurenho (PNH). Apesar de sua presença longeva na história política hondurenha, o PLH só logrou sua primeira vitória com Ramón Villeda Morales (1909-1971) nas eleições de 1956, após o fim da junta militar que tomara o poder em 1955.
O governo de Ramón Morales foi marcado por uma aproximação com as camadas populares mediante a introdução da legislação social e de benefícios sociais, destacando-se as primeiras leis de proteção aos trabalhadores. Essa política social afetou os interesses das grandes empresas internacionais, em especial a United Fruit Company, e resultou em novo golpe militar em 1963. O PLH só voltaria ao poder com o início de um efetivo processo de redemocratização do país.
Em 1981, Roberto Suazo Córdova foi eleito presidente e empossado em 1982. Sua preocupação central foi pacificar o país, buscando garantir a estabilidade interna da frágil política hondurenha. Suazo Córdova empossou seu sucessor, eleito em 1985, o liberal José Azcona del Hoyo. Após um período de predominância do PNH, o PLH retornou ao poder com a eleição de Carlos Roberto Reina Idiáquez, que governou entre 1994 e 1998. Carlos Roberto Flores, também liberal, o sucedeu e governou Honduras entre 1998 e 2002. Nas eleições de 2001, o PLH saiu derrotado pelo PNH tanto nas eleições presidenciais quanto nas eleições legislativas, conquistando apenas 55 das 128 cadeiras em disputa.
Manuel Zelaya foi eleito presidente em 2006 pelo PLH, e acabou destituído do cargo em 2009. O vice, Roberto Micheletti, também do partido, completou o mandato. Em janeiro de 2010, Juan Olando Hernández, do Partido Nacional, foi eleito presidente. Em 2011, de volta à cena política, Manuel Zelaya fundou o Partido Liberdade e Refundação (Libre), que, nas eleições de 2013, se consolidou como a segunda força política do país, rompendo com o bipartidarismo PLH-PN.