PSDB

Partido da Social Democracia Brasileira

Equipe Latinoamericana

Partido político brasileiro fundado em 25 de junho de 1988, por um grupo dissidente do maior partido de oposição à ditadura militar, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Com força principalmente em São Paulo, de onde saíram seus principais quadros fundadores, adotou uma sigla que o associava à socialdemocracia europeia e adotou um tucano, ave brasileira, como símbolo. Congregava o ex-governador de São Paulo, André Franco Montoro, o então ex-prefeito da cidade de São Paulo, Mario Covas, e o então senador Fernando Henrique Cardoso, propondo um programa de “modernização” do país.

Fundação do PSDB, em 25 de junho de 1988 (ABr/www.psdb.org.br)

Seu candidato à presidência da República, em 1989, Mario Covas, teve como mote de campanha a ideia de que o Brasil precisaria de “um choque de capitalismo”. Esteve próximo de ingressar formalmente no governo de Fernando Collor de Mello – alguns de seus membros chegaram a participar dele. Entrou finalmente no governo federal na presidência de Itamar Franco: Fernando Henrique Cardoso ocupou inicialmente o Ministério de Relações Exteriores e depois o Ministério da Fazenda – quando lançou o Plano Real.

O êxito inicial do plano de estabilização financeira baseado nas recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI) levou Cardoso a derrotar Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1994 e a assumir a presidência da República por dois mandatos. O PSDB, em aliança com o Partido da Frente Liberal (PFL), constituiu uma coalizão que governou o Brasil durante oito anos, impondo, de forma acelerada, a privatização das empresas estatais, a abertura da economia para o mercado internacional, a desregulamentação econômica e a livre circulação de capitais. Com o PFL, passou a formar o bloco de oposição de direita ao governo Lula.

Desde 2002, o PSDB vem polarizando com o PT as disputas presidenciais, mas acabou derrotado em todas elas. Em 2014, seu candidato, Aécio Neves, à frente de uma coligação de oito partidos, perdeu no segundo turno para Dilma Rousseff (PT), depois de uma disputa acirrada. Inconformado, Aécio e o PSDB vêm buscando incessantemente uma oportunidade para destituir do cargo a presidenta eleita, vasculhando ações diretas ou indiretas do governo que possam indicar conduta passível de interdição.

Em 2011, o PSDB tinha a terceira maior bancada na Câmara e no Senado e estava à frente do governo de oito estados. Em 2015, mantinha-se como o terceiro partido do Congresso nacional, mas governava em cinco estados. Seu principal reduto é o Estado de São Paulo, onde completou 24 anos de governança com a reeleição de Geraldo Alckmin, em 2014. Outro tradicional reduto, Minas Gerais, foi perdido nas eleições de 2014, quando o candidato do partido, Pimenta da Veiga, apoiado por Aécio Neves, ex-governador do Estado, foi derrotado pelo representante do PT, Fernando Pimentel.

Em 2007, o Tribunal Superior Eleitoral publicou um levantamento sobre corrupção dentro dos partidos políticos brasileiros a partir do ano 2000. O PSDB ficou com o terceiro lugar, com 58 cassações, atrás do DEM, no primeiro posto, e do PMDB, em segundo. O DEM é um tradicional aliado da legenda tucana, a ponto do senador Aécio Neves ter afirmado: “Não há distinção entre PSDB e DEM”. Principal opositor dos governos do PT, o PSDB tem na grande imprensa uma aliada de todas as horas e vem conquistando um apoio cada vez maior da classe média, que faz eco às reivindicações conservadoras e neoliberais do partido.