Tegucigalpa (Honduras), 1921 – Cidade do México (México), 2003
Por Flávio Aguiar
A frase “Quando acordou, o dinossauro não estava lá” é o menor conto da literatura mundial. E foi escrito por esse engenhoso escritor de família guatemalteca e hondurenha, nomeado em 1964 por Pablo Neruda redator da revista La Gaceta de Chile. É conhecido por seus textos brevíssimos e irônicos (Obras completas – y otros cuentos, 1959), em que o humor, comparável ao do contista mexicano Jorge Ibargüengoitia, é um meio para refletir sobre a condição humana. A irreverência do narrador pode ser lida em Movimiento perpetuo (1972), livro que reúne contos, ensaios críticos, reflexões e uma pequena antologia de textos sobre a mosca.
Desenvolvendo intensa atividade política em seu país, fundou a revista Acento, um dos núcleos intelectuais mais resistentes às ditaduras guatemaltecas. Em 1956, exilou-se no México, onde trabalhou como editor, tradutor e professor universitário. Também publicou textos longos e complexos, em que predominam a dor e a tristeza. Outra obra: Lo demás es silencio (1978).