Pesquisa

Clique abaixo para saber mais sobre os Grupos de Pesquisa vinculados ao Programa de Ciências da Atividade Física

CONHEÇA OS GRUPOS DE PESQUISA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:

Atividade Física e Saúde

As duas linhas de pesquisa em andamento, a saber: 1- DESEMPENHO HUMANO; e 2- ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE; reforçam a identidade do programa centrada na sua área de concentração denominada “Atividade Física e Saúde”.

Esta área de concentração agrega conhecimento científico que permite desenvolver e compreender as aptidões, condições e potencialidades humanas, organizando e sistematizando a produção de conhecimento nos domínios que integram as definições de “Atividade Física” de um lado e “Saúde” de outro. São domínios da “Atividade Física” atividades como ocupação, transporte, esporte, terapias, lazer ou em domicílio. São domínios da “Saúde” os aspectos físicos, sociais e psicológicos que caracterizam desde a capacidade de aproveitar a vida e suportar desafios, até a ausência de doença ou presença de morbidade/mortalidade. Dessa forma esta área de concentração é viabilizada por meio de projetos de pesquisa que fomentam as linhas “Desempenho Humano” e “Atividade Física na Promoção da Saúde”, as quais possuem diferentes objetos de estudo e distintas variáveis de desfecho, porém, com complementaridade entre elas.

LINHAS DE PESQUISA

Desempenho Humano

A linha de pesquisa denominada “Desempenho Humano”, contempla o conceito de desempenho humano de uma forma ampla, reunindo projetos que investigam a relação entre mecanismos, ações e estratégias de exercício físico/atividade física e o desempenho humano que é manifestado em suas diferentes dimensões, tais como a dimensão física, motora e cognitiva. Entende-se desempenho como a medida do potencial dos sistemas corporais, o qual permite o desenvolvimento humano pleno na ausência ou presença de doença e agravos de saúde. Portanto, esta linha de pesquisa traz como desfecho primário as medidas de “potencialidade” de um ou mais sistemas corporais pertencentes às dimensões destacadas acima. Outro conceito importante é a “aptidão física”, a qual é entendida como a habilidade de realizar tarefas diárias com vigor e vigilância, sem fadiga excessiva e com energia suficiente para desempenhar e/ou desfrutar de atividades físicas (ocupação, transporte, esporte, lazer, etc.) e atender a emergências imprevistas no cotidiano (referências 1, 2 – lista abaixo). Portanto, é um conceito que acomoda diferentes dimensões do desempenho humano, seja a física dada pelos termos “fadiga e energia” (englobando sistemas respiratório, cardiovascular, hormonal, muscular, etc.), seja a motora dada pelo termo “habilidade” (englobando sistema nervoso central e periférico, sistema muscular, etc.), ou seja a cognitiva, dada pelo termo “vigor e vigilância” (englobando atenção, memória, memória executiva, etc.). As (inter)relações entre disciplinas como a fisiologia do exercício/esporte, treinamento físico/esportivo, biomecânica do exercício/esporte, psicologia do exercício/esporte, nutrição do exercício/esporte, ou aprendizagem e desenvolvimento motor, entre outras, formam a base para os estudos sobre o desempenho humano.

Os projetos de pesquisa em andamento que são associados à Linha de Pesquisa “Desempenho Humano” guardam relação epistemológica com a descrição acima, pois investigam como diferentes fatores afetam a(s) medida(s) do(s) potencial(s) de um ou mais sistemas corporais. A descrição completa destes Projetos de Pesquisa está disponível nos campos pertinentes da plataforma Sucupira. Porém, para facilitar a avaliação dos assessores, os títulos de cada projeto e seus responsáveis são elencados a seguir.

1. Aquisição e controle de habilidades motoras. Responsável: Cássio Meira Jr.
2. Atividade física por meio de realidade virtual e jogos Eletrônicos. Responsável: Carlos Bandeira de Mello Monteiro.
3. Avaliação de circuitarias neurais em indivíduos com diferentes níveis de aptidão física. Responsável: Fernando Magalhães.
4. Biomecânica da ação motora do esporte. Responsável: Luis Mochizuki.
5. Biomecânica da reabilitação. Responsável: Luis Mochizuki.
6. Desempenho físico em indivíduos com diferentes níveis de aptidão física. Responsável: Flávio Pires.
7. Efeito do treinamento físico nos indicadores de saúde de Parkinsonianos. Responsável: Carla Batista.
8. Efeitos de manipulações de ação central sobre o desempenho físico em diferentes modelos de exercício. Responsável: Flávio Pires.
9. Influência da dor experimental no controle do movimento humano. Responsável: Ulysses Ervilha.
10. Influência da maturação biológica sobre a seleção e talento de jovens atletas. Responsável: Marcelo Massa.
11. Integração sensorial e neuromecânica na prática do exercício físico. Responsável: Ulysses Ervilha.
12. Prática de atividade física, competência motora e aptidão física na infância e adolescência: associações longitudinais e a curto prazo de programas de intervenção. Responsável: Alessandro Nicolai Ré.
13. Quantificação da carga de treinamento no esporte. Responsável: Marcelo Saldanha Aoki.
14. Relações entre o desempenho em habilidades motoras fundamentais e a prática de atividade física em crianças. Responsável: Alessandro Nicolai Ré.

Atividade Física na Promoção da Saúde

A linha de pesquisa “Atividade Física na Promoção da Saúde” reúne estudos sobre a prática da atividade física e suas relações com a saúde individual ou coletiva, com a prevenção primária de doenças e agravos de saúde e suas interações com fatores ambientais, segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde (referência 5 – lista abaixo). Um conceito chave nesta linha de pesquisa é o significado de Saúde, o qual é entendido num espectro que contempla o bem-estar físico e mental dentro de um paradigma que pensa e trabalha a deficiência e a incapacidade não apenas como uma consequência das condições biológicas que envolvem saúde/doença, mas também como consequência do contexto do meio ambiente físico, social, cultural e legal. Desta forma, esta linha busca desenvolver a reflexão e a produção de conhecimento acerca das relações entre as diferentes estratégias de atividade física/exercício físico, e a saúde física e mental, individual ou coletiva. Diferente da linha “Desempenho Humano” que apresenta como desfecho primário uma medida do potencial de um ou mais sistemas corporais, a linha “Atividade Física na Promoção da Saúde” não se preocupa com medidas do potencial de sistemas corporais por si só (embora essas medidas possam estar presentes como desfechos) mas sim as medidas do estado de saúde física ou mental, individual ou coletiva, que constituem o desfecho primário dos projetos desta linha de pesquisa. Esta linha explora as dimensões da atividade física/exercício físico que possuem a capacidade de transformar (positiva ou negativamente) a saúde individual ou coletiva. Portanto, o conceito de saúde é trabalhado de uma forma ampla, tendo como objetivo a compreensão da estrutura e funções dos sistemas corporais na ausência ou presença de doença e agravos de saúde, em cenários da prática da atividade física com diferentes fatores ambientais. Por exemplo, os projetos desta linha de pesquisa têm a intenção de investigar as relações entre as estratégias de Atividade Física utilizadas como ocupação, transporte, esporte, lazer (destaca-se novamente aqui o redimensionamento dos estudos do Lazer) ou domiciliar e a Saúde. As relações que a Educação Física mantém com outras áreas das Ciências da Saúde, tais como a Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Nutrição, Medicina, Saúde Pública, Saúde Coletiva e Epidemiologia, entre outras, formam a base para os estudos da atividade física voltada para a saúde. Os Projetos de Pesquisa elencados a seguir, guardam relação epistemológica com as delimitações destacadas acima.

1. Ambiente construído, atividade física e estado nutricional em adultos: um estudo longitudinal. Responsável: Alex Antonio Florindo;
2. Aplicação do exercício físico com restrição do fluxo sanguíneo e pré condicionamento isquêmico sobre parâmetros de saúde e desempenho. Responsável: Gilberto Laurentino.
3. Atividade física adaptada em indivíduos com alterações neurológicas. Responsável: Luis Mochizuki.
4. Efeito do treinamento físico contra o desenvolvimento de doenças metabólicas. Responsável: Fabiana Evangelista.
5. Efeitos do treinamento físico na estrutura e metabolismo cerebral, cognição e controle neurovascular em indivíduos com apnéia obstrutiva do sono. Responsável: Linda Ueno Pardi.
6. Estudos sobre a promoção da saúde baseada em programas de atividade física, práticas corporais e artísticas. Responsável: Alex Antonio Florindo.
7. Fatores determinantes e associados à prática regular de exercícios físicos. Responsável: Ricardo Asano.
8. Papel da nutrição e suplementação nas respostas associadas à atividade física. Responsável: Reury Frank Bacurau.
9. Pesquisa em políticas de esporte e de lazer. Responsável: Ricardo Uvinha.

Referências utilizadas nas bases conceituais da proposta do PPG-CAF

2018 Physical Activity Guidelines Advisory Committee Scientific Report. Washington, DC: U.S. Department of Health and Human Services, 2018.

ACSM’s Health-Related Physical Fitness Assessment Manual Fourth Edition, 2008 American College of Sports Medicine.

U.S. Department of Health and Human Services. Physical Activity and Health: A Report of the Surgeon General. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, 1996.

Encontro Internacional Direito a Saúde, Cobertura Universal e Integralidade possível. https://ammg.org.br/?noticia=especialistas-discutem-direito-a-saude, 2016.

Norma Farias, Cassia Maria Buchalla. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas, 2005. Revista Brasileira de Epidemiologia, 2005; 8(2): 187-93.