Conheça os desafios enfrentados para a integração do público LGBT+ no meio corporativo, formas de contorná-los e os benefícios de se implementar uma política de valorização de diferenças.
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CENÁRIO EVOLUTIVO
A polêmica sobre a inclusão do grupo LGBT+ nos mais diversos campos da sociedade data de anos e anos de história. Em décadas passadas, esta pauta era tratada, muitas vezes, com irrelevância. No entanto, com o avanço das discussões sobre o tema no mundo, a conscientização entre a população e o surgimento de leis contra a discriminação, a sociedade vem se tornando mais tolerante e consciente. O meio corporativo, como reflexo desse movimento, também se adaptou.
Atualmente, muitas empresas combatem o preconceito sofrido por seus membros que fazem parte do grupo LGBT+, posicionando-se abertamente como tendo atitudes drásticas contra qualquer tipo de discriminação. O grande problema é que, mesmo com essa tendência, a presença dos LGBT+ no mercado de trabalho ainda enfrenta muitas barreiras e desafios. Isso é oriundo de um extenso histórico de exclusão que ainda é refletido na atualidade.
Fonte da imagem da capa: Portal FGV
BARREIRAS ATUAIS
Hoje em dia, ainda há muitos desafios para a inclusão do grupo LGBT+ no âmbito empresarial, evidentemente, devido ao reflexo de como a sociedade lida com a diversidade. Muitas vezes, essas pessoas são vítimas de preconceito antes mesmo de demonstrarem suas competências, podendo ter uma dificuldade já inicial de entrar no mercado de trabalho formal.
Em paralelo, há também uma certa hostilidade direcionada aos LGBT+ que conseguem ingressar no mundo corporativo. Muitas vezes, esse público se encontra trabalhando em locais psicologicamente inseguros, enfrentando comportamentos discriminatórios de colegas e gestores, que nem sempre são manifestados de forma direta ou chamativa, mas em pequenas falas ou atitudes cotidianas que revelam um preconceito velado. Portanto, a resistência corporativa em conviver com as diferenças dificulta não somente a inserção profissional, mas a própria permanência desses indivíduos no âmbito do trabalho.
Fonte da imagem da capa: ScotiaBank
Não unicamente, outro grande problema enfrentado é a participação em cargos de liderança. Segundo um levantamento feito em 14 estados brasileiros, um terço das empresas não contratam LGBT+ para postos de maior influência. Além de isso gerar como consequência uma menor representatividade para a luta, está relacionado também a um potencial desengajamento por parte dos trabalhadores, que perdem a expectativa de desenvolvimento profissional.
Segundo o mesmo estudo, 61% dos profissionais LGBT+ optam por esconder que fazem parte do grupo, o que confere com o fato de 41% terem relatado já ter sofrido algum tipo de discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho. Porém, este problema não é restrito somente ao Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo menos de 0,5% dos CEOs da lista de 500 maiores empresas do mundo são LGBT+.
Fonte da imagem da capa: Bootcamp – Columbia Engineering
PERSPECTIVAS FUTURAS
Atualmente, várias companhias possuem ações afirmativas na área da diversidade sexual e de gênero, com adaptação de processos e políticas.
Neste momento você deve estar se perguntando “mas por que devo investir na diversidade no ambiente de trabalho?”
A primeira resposta, sem dúvidas, é para garantir a inclusão das minorias dentro do mercado de trabalho, mostrando que o meio corporativo pode, sim, ser uma ferramenta de transformação social.
Mas, pensando no lado do empresário, que vai além de uma reflexão social, investir na diversidades neste espaço traz não somente mais produtividade, mas também os seguintes benefícios:
– Redução de conflitos internos;
– Aumento da criatividade;
– Melhora no employer branding;
– Atração e retenção de colaboradores.
Um exemplo típico e fácil de relacionar: muitas empresas atuais, cuja alta cúpula é formada majoritariamente por homens, desenvolvem produtos voltados ao público feminino. A falta de representatividade pode não somente excluir um grupo de participar desse processo, como também não atender às verdadeiras expectativas. Ter pessoas com visões e vivências distintas no time ajuda muito neste quesito.
Além de vantagens competitivas e lucratividade, há estudos que apontam que companhias com pessoas LGBTQ+ em cargos de alto escalão tem uma performance 61% maior em comparação a empresas sem profissionais de diferentes orientações sexuais, principalmente em áreas como responsabilidade social corporativa, práticas de RH e qualidade da força de trabalho.
Viu só como uma pauta que aparentava não ter tanta relação com esse universo, na verdade, tem tudo a ver com ele?
MUDANDO O PRESENTE
Para mudar essa realidade e promover a inclusão nas empresas, é preciso olhar para a questão com a seriedade que ela merece e, por mais que haja uma tendência passiva das coisas melhorarem, conduzir ações para atração, retenção e engajamento desses profissionais. É fundamental focar no desenvolvimento do time sobre os vieses inconscientes, comunicação inclusiva e a não-violência.
Tanto a valorização das diferenças como o tratamento delas com indiferença são fatores importantes para uma política voltada à diversidade e inclusão.
Na verdade, “tratar com indiferença” pode ter uma interpretação ambígua, que varia de algo sinônimo de naturalidade até insensibilidade. Obviamente, no caso, trata-se do primeiro significado. Ao incorporar a inclusão no dia-a-dia, torna-se desnecessário torná-la uma pauta frequente. Assim, ações de inclusão são feitas num sentido de reforçar ideais, não de propriamente ensiná-los.
Fonte da imagem da capa: University of Boston – Career Center
Muitas empresas hoje começaram a agir pensando na educação do time sobre esta luz. Várias grandes corporações, por exemplo, trabalham com a criação de Academias ou Comitês de Diversidade, que possuem ações para educar os colaboradores através de:
Bate-papos
Palestras e cursos
Rodas de discussões
Materiais didáticos
Fonte da imagem da capa: Forbes
Carregando a bandeira do mundo corporativo, a Sirius Biotecnologia Jr. colabora com a luta pela inclusão através do(a):
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Estabelecimento de uma cultura de respeito incondicional, cobrada desde o Processo Seletivo;
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Tratamento com indiferença de todos os membros, dando-os as mesmas oportunidades;
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Criação de um canal para que situações de preconceito sejam denunciadas;
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Políticas de punição para atos discriminatórios.