A Longa Duração do ARQUEOTROP, suas gentes e seus projetos.

 

PIMA – Povos Indígenas e Meio Ambiente na Amazônia

PIMA reúne um grupo interdisciplinar de pesquisadores de diversos países que buscam compreender as relações entre a emergência e declínio de sociedades estratificadas, estratégias de aquisição e produção de alimentos e condições ambientais na Amazônia Pré-Colonial. O projeto é coordenado pelos professores Eduardo Neves (MAE-USP) e Frank Mayle (University of Reading, UK) e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Arts and Humanities Resource Council (ARCH, UK). As pesquisas concentram-se na bacia do Alto Rio Madeira e Guaporé-Iténez (sudoeste amazônico), onde a presença humana é datada em mais de 10.000 anos atrás. O objetivo é cruzar as pesquisas arqueológicas e paleoecológicas de três regiões chaves, abrangendo o estado de Rondônia (Brasil) e os Llanos de Mojos (Bolívia), para estabelecer cronologias contínuas de ocupação humana e uso da terra, necessárias para abordar as perguntas de pesquisa. Visite o site.

Coleta de sedimento lacustre nos Lanos de Mojos.
Escavação no sítio Loma La Punta, Llanos de Mojos.
Peneira molhada no sambaqui Monte Castelo

 

 

 

 

 

 

PALMA – Projeto Alto Madeira

O Projeto Alto Madeira (PALMA) foi concebido por Eduardo Neves de maneira a complementar o conhecimento que vinha sendo gerado pelo PAC (vide acima). Ambos os contextos de pesquisa estavam pertencentes ao Projeto Temático FAPESP aprovado no ano de 2005. Dentre os múltiplos temas de interesse dentro da proposta inicial do PALMA, pode-se destacar: a domesticação de plantas, a sedentarizarão das populações humanas dentro do bioma amazônico e o surgimentos das primeiras terras pretas antropogênicas, a dispersão das populações pertencentes ao Tronco linguístico Tupi e a relação dessas populações com as cerâmicas policrômias encontradas no alto rio Madeira. As pesquisas foram iniciadas no ano de 2008 nos rios Jamari e Madeira. O PALMA vem desde então permitindo a formação de pesquisadores de mestrado, doutorado, e tem contado também com a presença de pós-doutorados(as) e pesquisadores de outras instituições, com destaque para a parceria entre o projeto com o Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Além das monografias o PALMA tem gerado uma produção significativa de publicações na forma de artigos e capítulos de livro. Atualmente o projeto encontra-se incorporado ao HERCA.

Cachoeira do Teotônio (antes da UHE Sto Antônio)
Escavaçã no sítio Teotônio.
Sítio Teotônio, unidade com 4m de Terra Preta.

 

 

 

 

 

 

PMG – Projeto Médio Guaporé

O PMG tem como foco principal o sítio Monte Castelo, um sambaqui fluvial localizado no Pantanal do Rio Guaporé, Rondônia. Sua cronologia se estende desde 6.000 A.P. e ainda hoje o sítio é um lugar significativo para as ocupações indígenas que ali persistem. Ao longo da última década, o Projeto Médio Guaporé retomou as pesquisas iniciadas por Eurico Miller no final dos anos 1970, realizando 10 etapas de campo, das quais 4 contemplaram escavações em Monte Castelo. Estes trabalhos têm resultado em uma série de publicações sobre o sítio a partir de novos métodos envolvendo protocolos transdisciplinares e as bases de dados construídas começam agora a ser disponibilizadas, ampliando a atuação social e política do PMG e contribuindo para a construção de uma realidade territorial mais justa para as comunidades indígenas da região. 

Palavras-chave: Sambaquis Amazônicos, Pantanal do Guaporé, História Indígena de Longa Duração

Escavação no sambaqui Monte Castelo
Conta de colar (Monte Castelo)
Escavação no sambaqui Monte Castelo