O Parque Ecológico de São Carlos foi reconhecido pela Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes por seus esforços bem-sucedidos no auxílio para evitar a extinção do Sauim-de-coleira, também conhecido como Saguinus bicolor. A espécie endêmica da Amazônia é considerada símbolo da capital amazonense.
O avanço da urbanização sobre as áreas de floresta gera riscos ao Sauim-de-coleira, assim como a diversas espécies da região. Novas construções isolam áreas de floresta e expõem os animais a riscos de atropelamentos e choques elétricos, dados apontam que pelo menos 10 deles morrem por ano somente na zona urbana de Manaus. Em zonas rurais, incomuns à espécie, existem predadores naturais que competem por território e alimentação. O pesquisador e diretor do projeto Sauim-de-Coleira da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marcelo Gordo, aponta que “A legislação ambiental não é cumprida. Seja pelo poder público, seja pela população. O sauim-de-coleira vive em uma área que compreende Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva. Se na capital as áreas verdes dão lugar à ruas e construções, na Zona Rural aparecem novos ramais, sítios e fazendas que acabam degradando boa parte da vegetação original. Isso sem respeitar, muitas vezes, o que é lei. Vemos condomínios, até delegacia e escola em Áreas de Proteção Ambiental. O problema não é só aquela invasão irregular. É preciso mudar a forma de agir, simplesmente cumprir a lei, e respeitar o meio ambiente”. (Matéria completa disponibilizada no link: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/09/primata-encontrado-so-no-am-pode-desaparecer-alertam-pesquisadores.html)
Em 1976, surgiu a partir de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e a UFSCar o Parque Ecológico de São Carlos, propositado a trabalhar com a fauna brasileira. Atualmente abriga nove indivíduos da espécie do Sauim-de-coleira, o maior número dentro de todos os zoológicos e parques ecológicos brasileiros. Esses animais fazem parte de uma população sob cuidados humanos que possui um Programa de Manejo ex situ, fruto do Acordo de Cooperação entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e a Associação de Aquários e Zoológicos do Brasil – AZAB.
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