A microbacia do Córrego do Mineirinho possui uma área aproximada de 6 km², anteriormente localizada nos limites do perímetro urbano do município, hoje está incorporada à área urbana quase em sua totalidade. A ocupação da microbacia teve seu início na década de 1960, com a construção da Capela de Santa Rita, em 1964. Nas décadas de 1960 e 1970, a ocupação se deu de forma desordenada, e, a partir da década de 1980 passou a ser melhor planejada e ter melhor infraestrutura.
O Córrego do Mineirinho é formado por três nascentes. Duas localizadas no Bairro Santa Angelina e a outra situada entre os Bairros Santa Angelina e Santa Felícia. Após percorrer uma extensão de 4 km, desemboca no Rio do Monjolinho, próximo à rotatória do Cristo. Durante esse percurso, saindo da USP – Área 2, segue em direção aos Bairros Residencial Monsenhor Romeu Tortorelli e Parque Faber Castell II.
Um dos principais afluentes do Córrego do Mineirinho é o Córrego Santa Fé. A área da nascente desse Córrego foi um importante exemplo de recuperação ambiental no final da década de 1990, por meio do “Programa Santa Fé”, desenvolvido pela Escola Estadual Attília Prado Margarido.
Esse programa teve origem no projeto “Educação Ambiental através da Visão Integrada da Bacia Hidrográfica e Resíduos Sólidos”, desenvolvido de 1997 a 1999 pelo Centro de Divulgação Cientifica e Cultural (CDCC) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
As áreas clandestinas de descarte de lixo, entulho e de vazamento de esgoto diretamente no córrego, impactam na nascente do Córrego Mineirinho.
Em 2011 ocorreu o Projeto de Recuperação da nascente do Córrego do Mineirinho realizado pela EE Bento da Silva César em parceria com o Núcleo Rotary de Desenvolvimento Comunitário Alessandro Di Salvo, Grupo USP (GEISA), Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC-USP) e Prefeitura Municipal de São Carlos.
Em 2018, ao revisitar a área da nascente do Santa Fé, infelizmente observou-se que está abandonada, com presença de entulho, vazamento de esgoto e grandes erosões. Essa situação mostra que o envolvimento da comunidade e o compromisso político das entidades governamentais e privadas são de fundamental importância para a conservação destas áreas.
“PROGRAMA SANTA FÉ”