Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Monjolinho

A Sub-bacia do Monjolinho abrange uma área de 273,77 m² e além da zona rural, drena a zona urbana do Município.

Fig 97 - Mapa do Município de São Carlos com as delimitações das Sub- bacias do Rio Tietê - Jacaré
Mapa da expansão urbana na Sub-bacia do Rio do Monjolinho Fonte: Projeto AFLORAR – Espaços Educadores

USINA HIDRELÉTRICA

Abriga a primeira usina hidrelétrica a entrar em operação no estado de São Paulo, construída em 1893, a Usina Hidrelétrica do Monjolinho está lo­calizada na Fazenda Cascatinha na Estrada Mu­nicipal São Carlos – Usina Açucareira da Serra, km 7, a uma distância de aproximadamente 3 km da Rotatória do Cristo Redentor.

PERCURSO

O Rio do Monjolinho nasce a leste do município, na região do Bairro Douradinho, e deságua no Rio Jacaré-Guaçu, na divisa dos municípios de São Carlos e Ribeirão Bonito. Percorre uma extensão de cerca de 40 km no sentido leste-oeste, atravessando a área urbana da cidade de São Carlos.

NASCENTE DO RIO DO MONJOLINHO - FAZENDA SANTA TEREZINHA

FOZ DO RIO DO MONJOLINHO NO RIO JACARÉ-GUAÇU - FAZENDA SANTO IGNÁCIO

MICROBACIAS DO MONJOLINHO

Durante o percurso na área urbana, o Rio do Monjolinho recebe afluentes que formam microbacias, sendo estes:

O Córrego Santa Maria do Leme, o Córrego do Tijuco Preto, o Córrego do Mineirinho, o Córrego do Gregório, o Córrego do Medeiros, o Córrego da Água Quente e o Córrego da Água Fria.

Por fim, em direção à área rural, o Rio do Monjolinho segue até desembocar no Rio Jacaré-Guaçu, na divisa com o município de Ribeirão Bonito.

Mapa das microbacias do Rio do Monjolinho Fonte: Projeto AFLORAR – Espaços Educadores


DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO

“Eu lembro quando ele inaugurou, foi o prefeito daqui. Tinha sete ou oito…, sempre foi uma cidade que tinha bastante curtume. Do rio que servia para eles, o curtume ocupa muita água, apesar que eles tinham um poço para utilizar a água. Mas a água que ficava lá naqueles tanques, ia tudo para o rio, desaguava tudo no rio. Eu estava sempre no curtume. (…). Depois, quando eu me casei, aí a gente mexeu muito com couro, a gente inclusive tinha uma salgadeira. Sabe aonde é a fábrica de papelão? (…), aquilo era nosso, a gente tinha uma salgadeira, depois vendia para o curtume; é o processo antes dele chegar no curtume. Salga para ele não estragar, leva menos de 48 horas para ele estragar. (…). Nossa, era uma fedentina que você não imagina; chega o couro no curtume, mesmo salgado ele fica um pouco na água, depois aí ele passa por um tamburão, depois eles vão descarnar, aquilo, aquela carnaça que sai do couro… (…)”.
Sra. Carmen
Curtume: curtidora Monterrosa LTDA conhecida como Curtume Hispano-Brasileiro. Localizado no sopé do bairro Santa Paula, inaugurado em 1939. Legenda: Antigo Curtume Hispano-brasileiro. Fonte: Acervo CDCC – USP
“(…) os bairros Parque Sabará e Parque Primavera têm uma mata ciliar grande e protegida antes de atravessar a Rodovia Washington Luiz, depois dessa travessia passa no Bairro Maria Stella Fagá onde já não existe mais mata ciliar e deságua no Rio do Monjolinho já em área totalmente urbanizada. ”.
Córrego Ponte de Tábua
Fonte: GRANADO, Priscila. Memória socioambiental de moradores do bairro Douradinho, nascente do Rio do Monjolinho. UFSCar, Departamento de Metodologia de Ensino. São Carlos, 2010. (Relatório do Projeto Bolsa PIBIC).
“As únicas indústrias que poluíram (…), foram os curtumes. Mas um curtume grande, que era do meu cunhado inclusive, que existia ali perto da Universidade [UFSCar] fechou, está desativado já faz uns dois anos. (…) E tinha um curtume aqui para baixo, esse já foi desativado faz muitos anos. Tinha um no Tijuco Preto, depois foi desativado, também faz muitos anos. (…)”.
Sr. José
Fonte: ALMEIDA, Rita C. A História da Paisagem Contada pela Memória de Velhos: a História Oral como ferramenta para a recuperação da memória da paisagem do Município de São Carlos/SP. Universidade Federal de São Carlos, Departamento de metodologia de Ensino. São Carlos, 2010. (Relatório do projeto de PÓS DOC JR, bolsa concedida pelo CNPq)