Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Projetos

Em andamento

The focus of this proposal is the investigation of risk and protective factors for violent behaviour and victimization among adolescents in Brazil, in a comparative, cross-cultural perspective. This will be reached by two main activities. The first is the conduction of a school based cross-sectional survey in Sao Paulo, using the same methodology previously used in Zurich and in Montevideo. At the same time, the applicant will participate in the development of a protocol for a longitudinal multi-county comparative study, the Evidence for Better Life project, leaded by the co-applicant. The training component will consist in group discussions, workshops and short courses in UK institutions with emphasis in data analysis. A violence prevention intervention and a training module on youth violence prevention will be formulated. This project has a strong potential to result in practical interventions that will contribute to prevent, control and reduce violence levels in Brazil.

Link: https://sites.usp.br/sp-proso/

Agências  Financiadoras:  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Auxílio financeiro / British Academy/Newton Foundation – Auxílio financeiro.

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora), Leandro Fornias Machado Rezende, Catarina Machado Azeredo, Marília Sposito, Marcia Couto, Maria Mercedes Escuder, Manuel P. Eisner, Renata Bertazzi Levy , Letícia Araújo, Daniel Hidalgo, Cassio Papa, Roberta Astolfi, Maria Alvim.

O presente projeto tem um duplo propósito: investigar a existência de heterogeneidade nas trajetórias intra-urbanas das mortes por homicídio em São Paulo e Salvador, buscando identificar fatores sociodemográficos associados, e explorar em que medida representantes de setores da administração pública e da sociedade civil compartilham concepções sobre homicídios que favoreçam construção de mecanismos intersetoriais com vistas à prevenção. Trata-se, dessa forma, de um projeto interdisciplinar que se estrutura em torno de dois eixos, sendo um epidemiológico e um sociológico com abordagem qualitativa. Os objetivos gerais são investigar a existência de diferentes trajetórias na taxa de mortalidade por homicídio em Salvador e São Paulo entre 1997 e 2014, e seus determinantes sociais, e identificar pontos de convergência e divergência existentes nas concepções sobre prevenção, prevenção da violência e de homicídios apresentadas por representantes de setores da administração pública e sociedade civil. No eixo epidemiológico a proposta de investigação sobre trajetória de homicídios compreende um estudo ecológico, de série temporal (1997 a 2014), tendo como unidades de análise áreas intra-urbanas (distritos administrativos em São Paulo e Zonas de Informação em Salvador). No eixo sociologico (qualitativo) realizaremos entrevistas e grupos focais com informantes-chaves, representantes de setores da administracão publica e moradores.

Agência financiadora: CNPq

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora), Caren Ruotti, Mariana Thorstensen Possas, Amy Elizabeth Nivette, Ana Clara Rebouças, Maine Souza,  Julia Caribé, Clara Olilveira,  Hegle Mariano, Heed Mariano, Fernanda Lopes Regina, Daniela Cristina Neves de Oliveira.

Trata se de uma pesquisa de natureza observacional que u tilizará uma base de dados secundária, coletada pelo projeto SP PROSO (PERES et al., 2018). Quanto ao desenvolvimento dessa pesquisa no tempo, é uma pesquisa de corte transversal, uma vez que a base de dados foi colhida por Peres no ano de 2017, por meio d e questionários aplicados em alunos do 9º ano do ensino fundamental da cidade de São Paulo. Objetivo geral: Investigar a associação entre a qualidade do ambiente escolar percebido pelos alunos e os sinto mas de internalização em escolas da cidade de São Paulo SP. Objetivos específicos: Descrever a percepção dos alunos sobre a qualidade do ambiente escolar considerando a percepção de violência e desordem, relação com colegas e professores, compromisso com a escola, dificuldades escolares e legitimidade escolar Descrever a ocorrência de sintomas de internalização; Estabelecer a estrutura e as variáveis indicadoras para c omposição da variável latente qualidade percebida do ambiente escolar; Analisar a associação entre a variável latente qualidade percebida do ambiente escolar e sintomas de internalização após ajuste para sexo, idade, tipo de escola, situação socioeconômi ca da família e escolaridade maternal.

Projeto vinculado ao SP-PROSO

Dissertação de Mestrado de Daniel Hidalgo. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Financiamento: Bolsa de Mestrado CAPES

O projeto visa descrever e identificar fatores associados aos homicídios de adolescentes (10 a 19 anos) residentes e mortos no Município de São Paulo, entre 2015 e 2019, considerando o contato destes jovens e suas famílias com o Estado, em especial, o contato com as instituições que compõem o Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes. Através da vinculação de bases de dados secundários, de distintas secretarias (Saúde, Educação, Justiça, Segurança Pública e Assistência Social), estabeleceremos uma metodologia para a vinculação de bases de dados secundárias, com informações sobre adolescentes e seus familiares; por meio de um estudo de caso-controle, descreveremos as situações indicadoras de risco ao homicídio de adolescentes no contato com instituições do Estado; e por fim, identificaremos a associação entre as situações indicadoras de risco e a morte por homicídios.

Tese de doutorado de Marcelo Ryngelblum. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres.

Financiamento: Bolsa de Doutorado CAPES.

A partir de dados coletados na pesquisa Projeto São Paulo para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes (SP-PROSO), esta proposta de doutorado visa à investigação de comportamentos de risco para a saúde e suas possíveis agregações na população pesquisada e estimar a associação desses comportamentos agregados com a variável latente autocontrole. Os comportamentos de risco para a saúde a serem analisados são: consumo de álcool, binge drinking, uso de cigarro e maconha, alimentação não saudável, sedentarismo, prática insuficiente de atividade física, prática de bullying e perpetração de violência.

Projeto vinculado ao SP-PROSO

Tese de doutorado de Roberta Corradi Astolfi. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres.

Financiamento: Bolsa de doutorado CAPES

A partir de dados coletados na pesquisa Projeto São Paulo para o desenvolvimento social de crianças e adolescentes (SP-PROSO), esta proposta de doutorado visa à investigação de comportamentos de risco para a saúde e suas possíveis agregações na população pesquisada e estimar a associação desses comportamentos agregados com a variável latente autocontrole. Os comportamentos de risco para a saúde a serem analisados são: consumo de álcool, binge drinking, uso de cigarro e maconha, alimentação não saudável, sedentarismo, prática insuficiente de atividade física, prática de bullying e perpetração de violência.

Projeto vinculado ao SP-PROSO

Tese de Doutorado de Letícia Araújo. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres.

Financiamento: Bolsa de Doutorado CAPES

A adolescência é um período do desenvolvimento humano caracterizado por mudanças fisiológicas e socioemocionais que repercutem nos níveis de saúde durante toda a vida. Os comportamentos adotados por adolescentes sofrem alterações durante essa fase e podem implicar riscos à saúde. Além de características individuais, as relações com a família e amigos têm consequências nos comportamentos de risco à saúde (CRS) na adolescência. Igualmente, os contextos dos locais em que vivem e estudam refletem seus CRS, o que torna o ambiente escolar cenário privilegiado de análise. Objetivo: Investigar a associação entre CRS e as características do contexto escolar e das relações de adolescentes do 9º ano do Ensino Fundamental no município de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com dados coletados em 2017 pelo Projeto São Paulo para o Desenvolvimento Social de Crianças e Adolescentes (SP-PROSO). A amostra é composta por 2.680 adolescentes, estudantes de 119 escolas públicas e privadas em São Paulo. Serão analisadas as associações entre características individuais, contextuais (degradação e desordem na escola) e relacionais (família e amigos) com CRS na adolescência. Serão utilizadas modelagem de equações estruturais e modelagem multinível para determinar as associações de interesse. Resultados esperados: Presume-se que maior degradação e desordem no ambiente escolar, relações parentais negativas e ter amigos transgressores estão associadas à maior ocorrência de CRS. Ao contrário, relações parentais positivas e ter rede de apoio social estão associadas com menor ocorrência de CRS. Espera-se, para a prática, que os resultados dessa pesquisa contribuam com o entendimento de fatores contextuais e relacionais determinantes de comportamentos de saúde entre adolescentes brasileiros, consolidando assim novas evidências para apoiar a formulação de políticas públicas de enfrentamento a problemas complexos como a persistência de CRS na adolescência.

Projeto vinculado ao SP-PROSO

Tese de Doutorado de Cézar D. Luquine Jr. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Financiamento: Bolsa de Doutorado CAPES

A literatura no campo da saúde tem discutido a importância da abordagem intersetorial para a prevenção das violências contra os jovens, dentre as quais, os homicídios. Ainda que seja reconhecida a importância da prevenção, ela permanece sendo um desafio sobre o qual pouco se tem avançado no sentindo de formulação e implementação de estratégias de enfrentamento, inclusive no Brasil, país das Américas que apresenta uma das maiores taxas de mortalidade entre este grupo populacional. Partindo do pressuposto de que o trabalho intersetorial é apontado como o instrumento mais eficiente para lidar com o problema, dada sua capacidade de atuar sobre os diferentes níveis que o constitui, o presente projeto busca analisar e discutir as possibilidades e os limites em sua efetivação – no que pese a complexidade da articulação de atores, interesses, saberes e propostas – a partir da análise do estudo de caso do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CPPHA) no estado de São Paulo. Estima-se que os resultados deste estudo sejam capazes de contribuir com insumos teóricos e empíricos para o debate sobre a formulação e implementação de estratégias intersetoriais de prevenção aos homicídios de jovens, reunindo evidências que possam ser adaptadas e aplicadas a outros contextos (nacionais e/ou mesmo internacionais), que enfrentem desafios de natureza semelhante.

Projeto vinculado ao projeto “Mortes por Homicídio em São Paulo e Salvador…”.

Tese  de doutorado de Fernanda  Lopes Regina. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Financiamento: Bolsa de doutorado CAPES

Encerrados

O projeto visa analisar a qualidade das informações acerca de letalidade policial no Município de São Paulo entre os anos de 2013 a 2015 por meio da análise da categoria Intervenção legal e Operações de Guerra (Y35 e Y36) do Código Internacional de Doença (CID-10) e dos Boletins de Ocorrência (BO) categorizados como Auto de Resistência e Homicídio Decorrente da Atividade Policial. A partir destes dados será possível georreferenciar a distribuição espacial dos óbitos cometidos por policiais no Município de São Paulo, avaliar a completude das informações presentes nas Declarações de Óbitos classificadas como Intervenção Legal e Operações de Guerra (Y35 e Y36), estimar a subnotificação da letalidade policial e caracterizar o perfil sociodemográfico das vítimas.

Dissertação de mestrado de Marcelo Ryngelblum. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Financiamento: Bolsa de mestrado FAPESP

A prevenção da violência baseada em evidências científicas vem apresentando avanços notórios nas últimas décadas. Compreender a natureza dos mecanismos causais envolvidos na violência é primordial para definir prioridades de intervenção. A teoria criminológica da ação situacional afirma que os atos de crime e violência são o produto de uma interação entre características situacionais (provocações, tentações e contextos morais) e processo de tomada de decisões individuais. A neutralização moral, por sua vez, pode representar uma estratégia de adaptação inserida dentro de um sistema de crenças sobre si mesmo e sobre os outros que o leva a perceber a agressão e violência como meio apropriados para conseguir seus objetivos. Os objetivos do presente estudo são: 1. Investigar a associação entre características sociodemográficas, familiares, contextuais, característica de grupo de pares e história de vitimização com neutralização moral. 2)Investigar a associação entre neutralização moral e comportamento violento (agressividade; bullying e relato de violência grave) entre adolescentes, após ajuste para possíveis variáveis de confusão. Em revisão bibliográfica não foram encontrados estudos no Brasil nem na América Latina que relacionassem a neutralização moral e o comportamento violento entre adolescentes. Desta maneira o presente estudo pretende preencher essa lacuna. O instrumento de coleta é baseado nos questionários utilizados no estudo longitudinal Zurich Project on the Social Development of Children e do Proyeto Montevideo para el desarrollo social de niños y adolescentes. Análise descritiva, bivariada e multivariada serão utilizadas para análise dos dados.

Projeto vinculado ao SP-Proso

Dissertação de Mestrado de Cassio Papa. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres.

Trata-se de um estudo qualitativo que tem como objetivo compreender, através da discussão de discursos normativos e de profissionais, como se constrói a intersetorialidade na construção da política de proteção à criança vitima de violência.
 
Dissertação de mestrado de Andrezza Gomes Peretti. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres
 

No Estado e no Município de São Paulo (MSP) a Taxa de Mortalidade por Homicídio (TMH) vem apresentando uma redução drástica desde o ano 2000. Entre 2001 e 2008 a TMH caiu 74% no MSP. A queda foi maior nas faixas etárias de 15 e 24 anos (78%), entre os homens (75%) e nos homicídios cometidos com armas de fogo (74%). A redução, embora tenha ocorrido em todo território do MSP, foi mais intensa nas áreas de exclusão social extrema (79,3%) e alta (72%), com redução do risco relativo de morte por homicídio entre as áreas, o que aponta para uma redução nas iniqüidades na distribuição dos óbitos por violência letal interpessoal no MSP. Buscando complementar e aprofundar a análise quantitativa dos determinantes da queda das TMH no MSP foi realizada uma pesquisa qualitativa com objetivo de identificar as representações dos sujeitos em relação ao fenômeno da queda dos homicídios no MSP. Uma análise comparativa a partir de entrevistas e grupos focais com moradores e profissionais provenientes de áreas com perfis diferentes de distribuição temporal dos homicídios foi realizada. Quatro distritos foram selecionados, cada um representando um padrão distinto de evolução dos homicídios (Moema: estável-baixo, Jardim Ângela: estável-allto, Cambuci:  crescimento  e Cidade Tiradentes: queda). Foram realizadas entrevistas e grupos focais com representantes das seguintes categorias: profissionais de saúde, policiais, profissionais da educação, líderes religiosos, associação de moradores, conselho tutelar, líderes religiosos, ONGs, jovens e moradores adultos. Na análise os grupos foram comparados entre si, dentro de uma área e, sobretudo, entre as áreas, buscando a ocorrência de divergências e convergências entre os discursos.

Agencia financiadora:  este projeto integrou o  programa de pesquisa do INCT “Violência, democracia e segurança cidadã, coordenado pelo Prof. Dr. Sérgio Adorno, do Núcleo de Estudos da Violência da USP

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora), Caren Ruotti, Diego Vicentin, Juliana Feliciano de Almeida, Viviane Massa,  Fernanda Lopes .

No final da década de 1990 a taxa de mortalidade por homicídios (TMH) começou a apresentar uma tendência de queda em São Paulo mas ainda hoje não é possível saber ao certo os fatores determinantes dessa redução. Parte da dificuldade em compreender este movimento reside no fato de que os estudos se limitam a séries temporais curtas e não utilizam abordagens comparativas. Um olhar mais detido sobre a evolução dos homicídios no Brasil mostra que, diferente do corrido nos anos 80 e 90, os movimentos recentes são díspares entre Estados e Capitais. Torna-se fundamental, portanto, analisar a redução em São Paulo tendo como pano de fundo o cenário nacional mais amplo. Com este projeto pretendemos avançar nas análises sobre trajetórias dos homicídios no Brasil buscando identificar fatores socioeconômicos, demográficos e de segurança associados a distintas trajetórias, tendo como unidade de análise Municípios com mais de 100 mil habitantes. Para tanto será realizado um estudo ecológico de série temporal (1980 a 2012).  Utilizaremos dados sobre mortalidade por homicídios e causas externas com intencionalidade indeterminada, indicadores socioeconômicos e demográficos e indicadores de segurança Pública. A investigação das trajetórias será feita com base no Global Based Trajectory Models. 

Agencia financiadora: FAPESP – Bolsa de Pesquisa no Exterior (BEPE)

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres

São bastante comuns, na literatura nacional e internacional, os estudos sobre condições de saúde e qualidade e vida entre estudantes de medicina. Além dos aspectos relacionados à estrutura do curso médico e características individuais, ênfase vem sendo dada à qualidade das relações no ambiente acadêmico, aspecto ainda não estudado nas universidades brasileiras. No Brasil, embora existam estudos sobre transtorno mental comum, depressão, qualidade de vida e burn-out entre estudantes de medicina, inexistem estudos sobre a ocorrência de bullying, maus-tratos e outras formas de abuso durante o curso médico. Da mesma forma, inexistem estudos que analisem os efeitos do bullying/maus-tratos na saúde mental e na qualidade de vida. O presente estudo tem três objetivos principais: 1) estimar a prevalência de maus-tratos, abusos e bullying entre estudantes de medicina; 2) identificar fatores associados à ocorrência de maus-tratos, abusos e bullying. 3) investigar a associação entre maus-tratos, abusos e bullying com a saúde mental e a qualidade de vida. Será realizado um estudo de corte-transversal com estudantes de medicina do primeiro ao sexto ano de uma universidade pública do Estado de São Paulo. Todos os alunos (n= 1080) serão convidados a participar do estudo em caráter voluntário. Espera-se uma taxa de resposta de 70% e uma amostra final de 756 estudantes. Todo o procedimento de coleta de dados será feito através de plataforma on-line. Os instrumentos serão auto-preenchidos pelos alunos, estando a coleta prevista para os meses de agosto e setembro. A ocorrência de maus tratos, abusos e bullying será avaliada através de instrumento padronizado proposto por Rautio e cols (2005). Depressão, burn-out e qualidade e vida serão avaliados, respectivamente, através dos seguintes instrumentos: PHQ-9 ? Módulo do Questionário sobre a saúde do paciente -9, Maslach Burnout Inventory Students Survey (MBI-SS) e Questionário de Qualidade de vida (SF-36). A análise será realizada com o software STATA 12.0. Após análise descritiva e bivariada as associações serão analisadas através do cálculo de razões de prevalência brutas e ajustadas entre as variáveis desfecho e as variáveis independentes principais através da regressão de Poisson, com cálculo dos intervalos de 95% de confiança. O desfecho qualidade de vida será tratado como variável contínua. Após teste de normalidade será utilizado modelo de regressão linear para analisar a associação com maus-tratos e bullying.

Agência Financiadora: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora)

Bolsistas de Iniciação Científica: Fernanda Babler, Juliana Naomy Lacerda Arakaki, Irene Yamamoto do Vale Quaresma,  Abrão Barreto,  Jaqueline Hosokawa.

No Brasil, os reflexos da violência em determinados contextos comunitários sobre a estrutura, funcionamento e desenvolvimento das ações dos serviços de saúde na atenção primária apresentam-se como uma realidade a ser melhor explorada. O mesmo pode ser dito sobre as repercussões da exposição continuada à violência sofrida pelas equipes da saúde. O objetivo geral do projeto é explorar qualitativamente as representações dos agentes comunitários de saúde (ACS) e gestor de Unidade Básica de Saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) acerca da presença da violência comunitária no território onde atuam, e verificar se existe algum tipo de interferência desse fenômeno em relação ao trabalho que realizam em um distrito administrativo do Município de São Paulo (MSP). Pretende-se ainda explorar se a violência comunitária fragiliza a construção de vínculos entre os agentes comunitários de saúde e a população atendida na perspectiva desses profissionais. Serão realizadas entrevistas abertas com ACS e gestor de uma UBS previamente selecionada utilizando-se de um roteiro previamente elaborado com perguntas abertas e flexíveis, valorizando a singularidade das respostas dos entrevistados. As perguntas do roteiro estarão organizadas em torno de quatro eixos: 1) informações gerais sobre o entrevistado; 2) características gerais do contexto de trabalho; 3) percepções sobre a violência comunitária, definições causas e tipos; 4) interferência da violência nas ações desenvolvidas com a comunidade, famílias e usuários e na construção de vínculos..

Dissertação de Mestrado de Juliana Feliciano de Almeida. Orientadora: Maria Fernanda Tourinho Peres

Financiamento: Bolsa de Mestrado, FAPESP

O objetivo geral deste projeto foi investigar possíveis determinantes para a evolução e distribuição espacial dos homicídio no MSP. Três objetivos principais compõem este objetivo geral: I) Analisar os determinantes da evolução temporal da TMH no MSP entre 1996 e 2010, II) Analisar os determinantes da distribuição espacial dos homicídios no MSP em 2000 e 2010 e III) Determinar se com a redução nos óbitos por homicídio houve uma alteração do padrão de distribuição espacial das mortes no MSP com conseqüente mudança no padrão de associação entre TMH e seus determinantes sócio-estruturais. Para tanto foi realizado um estudo ecológico com análise de série temporal (1996 a 2010) e corte transversal (2000 e 2010). Para a série temporal a unidade de análise foi o MSP e para os cortes transversais foram os 96 distritos administrativos do MSP. Foram coletados dados em bases oficiais sobre mortes por homicídios e causas externas, indicadores socioeconômicos e demográficos, investimento em segurança pública e políticas sociais. TMH por 100 mil habitantes foram calculadas para a população total e por grupos de sexo, idade e tipo de arma utilizada (arma de fogo, outra ou não especificada). As TMH para a população total foram padronizadas por idade pelo método direto. Após análise descritiva foram construídos modelos de regressão multivariados com o objetivo de testar as hipóteses alternativas para a evolução temporal e a distribuição espacial das TMH no MSP.

Agencia  financiadora: este projeto integrou o  programa de pesquisa  do CEPID-Fapesp do Núcleo de Estudos da Violência da USP.

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora), Caren Ruotti, Diego Vicentin, Juliana Feliciano de Almeida, Viviane Massa, Marcelo Nery

Trata-se de um estudo sobre homicídios de jovens no Município de São Paulo cujo objetivo geral é identificar os elementos que compõem as situações de vulnerabilidade à violência. Para isso serão utilizados métodos quantitativos (estudo ecológico) e qualitativos (reconstrução de histórias de vida).

Agência Financiadora: este projeto integrou o programa de pesquisa CEPID-FAPESP. Bolsa FAPESP de Iniciação Científica, bolsista: Juliana  Feliciano de Almeida.

Equipe: Maria Fernanda Tourinho Peres (Coordenadora), Caren Ruotti, Juliana Feliciano de Almeida, Taís Viudes de Freitas, Viviane Massa.