Aulas On-line

por Ema Elissen Flores Diaz

O câncer é um fenômeno multifatorial e multifacetado que pode ser entendido e estudado através de diversas disciplinas e que cada vez mais vai se configurando como uma das primeiras causas de morte nos países mais desenvolvidos. Os objetivos desta aula são compreender as características da vida moderna que tem incidido no aumento da incidência de câncer a nível mundial; entender as características moleculares que levam ao aparecimento de tumores e apreender como essas características se refletem nos níveis celulares e teciduais.

por Ana Carolina Pavanelli e Natália Cruz e Melo

O número de casos de câncer tem aumentado consideravelmente em todo o mundo, principalmente a partir do século XIX, configurando-se, na atualidade, como um dos mais importantes problemas de saúde pública mundial. Espera-se que os alunos compreendam: (i) que a variação da incidência de um tipo de tumor através das populações reflete a influência de fatores genéticos e ambientais, (ii) que a natureza do câncer esta associada a uma ampla gama de fatores de risco (iii), entendam a carcinogênese química e física (iv), e distinguir os principais fatores de risco ambientais para o desenvolvimento do câncer.

por Jimena Paola Hochmann Vals e Emily Montosa Nunes

As infecções crônicas por agentes biológicos contribuem com aproximadamente 20% das causas de câncer mundialmente, sendo que essa fração pode variar até 10 vezes de acordo com a região geográfica, sendo maior em regiões em desenvolvimento. Portanto, torna-se de extrema importância a identificação, rastreamento e tratamento destas patologias a fim de possibilitar a prevenção e terapias dos cânceres associados.

por Giselly Encinas Zanetti

O câncer é uma doença multifatorial, na qual, inúmeros fatores estão envolvidos em seu desenvolvimento. Alguns casos estão relacionados com a herança genética, mas a grande maioria são esporádicos, ou seja, são decorrentes de mutações somáticas no tecido, principalmente em oncogenes e genes supressores de tumor. A detecção das alterações genéticas implicadas no desenvolvimento do câncer é de extrema importância para o conhecimento de sua biologia, bem como para a identificação de alvos moleculares específicos.

por Aline Hunger Ribeiro e Daniela Bertolini Zanatta

O ciclo celular é um processo importante para os organismos multicelulares e unicelulares. Ele permite a duplicação celular de forma que as células-filhas possuam uma cópia do DNA original. Para isso, existem muitos mecanismos que garantem que a duplicação do DNA ocorra, sempre que possível, de forma fidedigna. No entanto, existem muitos agentes físicos e químicos que podem causar danos no DNA e, para que esses danos não sejam passados as células filhas durante a replicação do DNA, existem mecanismos de reparo do dano. O reparo do DNA nem sempre ocorre de forma adequada e, devido a essas falhas, surgem mutações que podem levar à tumorigênese.

por Fabyane de Oliveira Teixeira Garcia

Uma célula é capaz de controlar e regular a forma como a informação contida nos genes é usada para gerar um determinado produto funcional ou estrutural. Existem várias etapas que podem ser controladas e moduladas durante a expressão de um gene em diferentes tipos celulares e na maioria dos casos a transcrição do RNA é o ponto de controle chave. Para o desenvolvimento e manutenção normal de um organismo é essencial que haja um controle preciso da expressão gênica. Alterações nestes processos podem levar a alterações da função gênica, podendo contribuir para o desenvolvimento e progressão tumoral. Detalharemos os principais mecanismos envolvidos no controle da transcrição gênica em humanos e as alterações observadas no câncer.

por Renata de Freitas Saito

O câncer seria uma doença do metabolismo? Por muito tempo considerou-se que as alterações metabólicas tumorais eram efeitos secundários e as principais características tumorais descritas por Weinberg e Hanahan em 2000 eram: (1) as células tumorais induzem sua própria proliferação celular, (2) não são responsivas a sinalização de inibição de proliferação celular, (3) possuem capacidade de se replicar indefinidamente, (4) são resistentes à indução de morte celular, (5) induzem a formação de vasos sanguíneos para obtenção de nutrientes e (6) são capazes de invadir o tecido local e se espalhar para órgãos distantes (metástase). No entanto, o acúmulo de evidências ao longo do tempo mostrou que as alterações metabólicas tumorais podem estar envolvidas em diversas etapas do desenvolvimento tumoral, além de contribuir para quimioresistência. Assim, em 2011, Weinberg e Hanahan, acrescentaram as alterações no metabolismo tumoral como uma importante característica apresentada pelas células tumorais. Com isso, esta aula tem como objetivo promover a compreensão de quais são as principais alterações metabólicas existentes nas células tumorais e quais vantagens estas alterações conferem a estas células.

por Lourival Antunes de Oliveira Filho

A morte celular regulada (RCD) é um processo coordenado geneticamente, que pode ser desencadeado em perturbações ao microambiente celular, sendo essencial ao desenvolvimento, à homeostase e à integridade celular. Alterações nesse “suicídio celular controlado” podem estar relacionadas com uma série de patologias. No câncer, a evasão e a resistência aos sinais de morte estão entre as principais características da célula tumoral, relacionadas tanto com a gênese quanto a proliferação e a disseminação metastática do tumor. Com o objetivo de abordar as principais RCD e suas implicações no câncer, nessa aula iremos discutir as diversas vias envolvidas com apoptose, autofagia e necrose regulada, suas alterações no desenvolvimento tumoral e as principais moléculas envolvidas nesse processo.

por Adalberto Alves Martins Neto e Luciana Nogueira de Sousa Andrade

O câncer é uma doença de organização complexa, regido por mecanismos evolucionários que selecionam clones celulares com capacidade adaptativa. Compreender o microambiente tumoral, e os processos ecológicos que garantem a sua manutenção, será importante e necessário para fornecermos novas perspectivas para o controle clínico da doença.

por Ana Carolina Ferreira Cardoso

Apesar dos inúmeros avanços no tratamento do câncer, muitos pacientes não respondem às terapias e estão sujeitos à progressão e recorrência do tumor, e à diminuição da taxa de sobrevivência. Atualmente já existe a noção de que o tumor não é simplesmente uma “bolsa” cheia de células tumorais fenotipicamente iguais. Pelo contrário, os tumores são heterogêneos e contêm células tumorais em diferentes estados fenotípicos, além de células endoteliais, estromais e de origem hematopoiética, por exemplo, o que favorece o sucesso evolutivo do tumor e faz com que ocorra tal impacto na terapia. A hipótese das células tronco tumorais (CSC – Cancer Stem Cells ou células iniciadoras de tumor) propõe a existência de subpopulações de células tumorais menos diferenciadas e com capacidade de auto-renovação e diferenciação, o que confere o papel controlador da progressão tumoral, detendo a maioria, se não todo, o potencial tumorigênico e metastático de um tumor. Portanto, compreender a dinâmica das CSCs permitirá que se tenham maiores informações sobre o sucesso tumoral e, assim, possibilitar a criação de estratégias terapêuticas que resultem na eliminação dessas células.

por Igor de Luna Vieira

Apesar dos inúmeros avanços no tratamento do câncer, muitos pacientes não respondem às terapias e estão sujeitos à progressão e recorrência do tumor, e à diminuição da taxa de sobrevivência. Atualmente já existe a noção de que o tumor não é simplesmente uma “bolsa” cheia de células tumorais fenotipicamente iguais. Pelo contrário, os tumores são heterogêneos e contêm células tumorais em diferentes estados fenotípicos, além de células endoteliais, estromais e de origem hematopoiética, por exemplo, o que favorece o sucesso evolutivo do tumor e faz com que ocorra tal impacto na terapia. A hipótese das células tronco tumorais (CSC – Cancer Stem Cells ou células iniciadoras de tumor) propõe a existência de subpopulações de células tumorais menos diferenciadas e com capacidade de auto-renovação e diferenciação, o que confere o papel controlador da progressão tumoral, detendo a maioria, se não todo, o potencial tumorigênico e metastático de um tumor. Portanto, compreender a dinâmica das CSCs permitirá que se tenham maiores informações sobre o sucesso tumoral e, assim, possibilitar a criação de estratégias terapêuticas que resultem na eliminação dessas células.

por Camila Morais Melo

A metástase é o resultado final de múltiplos processos que envolvem a propagação das células tumorais de neoplasias primárias a órgãos distantes, sua adaptação a microambientes distintos e, conseqüentemente, a manutenção do crescimento tumoral nesses novos órgãos. Uma das maiores barreiras ao tratamento é a heterogeneidade das células cancerosas no tumor primário e no sítio metastático. O microambiente do órgão específico pode modificar a resposta do tumor metastático à terapia sistêmica. Assim, a habilidade de tratar efetivamente o câncer é altamente dependente da capacidade de interferir no processo metastático. Dessa forma, é importante entender a patogênese da metástase desde níveis molecular e celular até sistemicamente.

por Ruan Felipe Vieira Medrano

Por muito tempo a capacidade do sistema imunológico de proteger o organismo contra o câncer foi duramente questionada. Porém, graças ao avanço das pesquisas e consequente maior entendimento da biologia do sistema imune e do próprio câncer, hoje este sistema é reconhecido como uma efetiva barreira antitumoral que não só impede o desenvolvimento tumoral, mas também pode ser utilizado como um agente terapêutico. Desta maneira, nesta aula, objetiva-se relatar como essa capacidade imune foi discutida e avaliada durante os anos para através dessa perspectiva histórica explicar como o sistema imunológico reconhece as células tumorais e principalmente como as repostas imunes antitumorais são realizadas.

por Mariana Barbosa de Souza

A inflamação está presente nas diferentes etapas da carcinogênese e da progressão da maioria das neoplasias malignas. A inflamação associada ao câncer assume mecanismos diversos dependendo do tipo e frequência de estímulos recebidos, assim como características genéticas de cada paciente. Brevemente, nas etapas iniciais do desenvolvimento tumoral, a inflamação pode combater e até eliminar células transformadas. Entretanto, a inflamação crônica, muitas vezes citotóxica, é um dos fatores de progressão importantes na história natural de uma série de tumores. Por outro lado, principalmente após formada uma massa tumoral com células que escaparam dos mecanismos de imunovigilância, observa-se que o microambiente tumoral, incluindo elementos do estroma modulam as respostas inflamatórias colaborando para a progressão tumoral. Nessa fase, pode-se observar um misto de respostas citotóxicas e supressoras no mesmo tumor. A melhor compreensão dos mecanismos carcinogênicos da inflamação e, ainda, da relação existente entre o tumor e os fatores inflamatórios componentes do microambiente tumoral, pode ter aplicabilidade clínica no estabelecimento de novas ferramentas preventivas e terapêuticas do câncer. Disseminar e discutir esse tema é de grande relevância e necessidade na pesquisa em câncer.

por Rodrigo Santa Cruz Guindalini

Os primeiros relatos de casos de câncer foram encontrados no Antigo Egito em papiros de 3000 a.C. Por muito tempo a doença foi considerada um mal incurável e pouco se sabia sobre sua origem, evolução e formas de tratamento. Nesta apresentação, será exposto a biografia do câncer, detalhando a evolução do conhecimento em relação ao seu diagnóstico, classificação e utilidade de recursos como imunohistoquímica e métodos de imagem.

por Lucas Boeno Oliveira

O câncer sempre foi uma doença desafiadora para médicos e pesquisadores. A análise em nível molecular é hoje uma ferramenta indispensável no combate ao câncer. Biomoléculas que, de alguma forma, indicam uma condição biológica são chamados biomarcadores. Estas moléculas têm muitas aplicações potenciais em oncologia, incluindo a avaliação de risco, rastreamento, diagnóstico diferencial, determinação do prognóstico, previsão de resposta ao tratamento e monitoramento da progressão da doença.

por Mauro César Cafundó de Morais

Durante os últimos anos houve um crescente entendimento sobre a biologia de tumores. Essas grandes descobertas provocaram mudanças no tratamento do câncer. Compreender através de um ponto de vista histórico, como essa evolução acontece e perceber a terapia a partir das drogas citotóxicas para as novas drogas alvo específicas.

por Samir Andrade Mendonça

Apesar de uma maior compreensão da biologia do câncer bem como da sua reposta às terapias nas últimas décadas, ainda existem diversas barreiras entre a patologia e a sua efetiva cura, estando a resistência aos mecanismos desencadeados pelas terapias estabelecidas como um dos mais importantes obstáculos. Dessa forma, conhecer os fenótipos existentes e desenvolvidos pelo tecido tumoral que estão associados às respostas a esses estímulos em curto, médio e longo prazo se apresenta como uma potente ferramenta para o refinamento e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas cujo objetivo seja contornar o status de quimio e radiorresistência.

por Marlous Vinícius Gomes Lana

Dentre as terapias experimentais que têm avançado em protocolos clínicos, destaca-se a terapia gênica, que consiste em introduzir um ácido nucleico em um organismo através de um vetor com fins terapêuticos. E dentre os protocolos clínicos com base de terapia gênica, aqueles que tem como alvo o câncer representam a maioria dos estudos feitos até hoje. Introduzir um assunto relativamente novo é importante para atualizar, instigar e até mesmo promover discussão entre os alunos.

por Paulo Roberto Del Valle

Apresentar os principais mecanismos imunes antitumorais passíveis de manipulação e as principais intervenções terapêuticas que já são utilizadas na clínica ou possuem resultados muito promissores no âmbito da pesquisa.

por João Paulo Portela Catani

O entendimento dos mecanismos os quais a gênese e progressão do câncer se pautam tem avançado rapidamente, permitindo que a complexidade desta doença seja colocada em evidência e suportando o desenvolvimento de novas terapias. A avaliação da heterogeneidade do câncer, associada à utilização de diferentes abordagens terapêuticas promete estender os benefícios clínicos alcançados com as terapias atuais. Nesse sentido, o conteúdo a ser explorado visa: (1) apresentar exemplos de terapias inovadoras; (2) as tendências terapêuticas que tem se evidenciado atualmente e por fim; (3) uma especulação de como o tratamento do câncer será no futuro.

por Laura Trojero Campos

O processo de desenvolvimento da pesquisa clínica em oncologia: fases de desenvolvimento, protocolos, fluxo regulatório e ética no estudo clínico do câncer.