Charleroi (Bélgica), 1936
Por Afrânio Mendes Catani
Crítico de cinema, ensaísta, professor, roteirista, escritor e diretor. De família francesa, viveu em Paris até 1948. Chegou ao Brasil em 1949, radicando-se em São Paulo. Frequentou a Cinemateca Brasileira e, nos anos 1950, começou a escrever no “Suplemento Literário” de O Estado de S.Paulo e em outros jornais e revistas. Em 1965, com Paulo Emílio Salles Gomes, Lucila Ribeiro Bernardet, Pompeu de Souza e outros, foi um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB). Transferiu-se para a Universidade de São Paulo (USP) em 1968. Tem vasta obra, destacando-se: Brasil em tempo de cinema (1967), Trajetória crítica (1978), O que é cinema (1980), Piranha no mar de rosas (1982), Cineastas e imagens do povo (1985 e 2004), Cinema e história do Brasil (com Alcides F. Rames, 1988), Aquele rapaz (ficção e memória, 1990), Voo dos anjos: Bressane, Sganzerla (1990), Os histéricos (com Teixeira Coelho, 1993), O autor no cinema (1994), Historiografia clássica do cinema brasileiro (1995), A doença, uma experiência (ficção, 1996), Céus derretidos (com Teixeira Coelho, 1996) e Caminhos de Kiarostami (2004). Escreveu obras coletivas com José Carlos Avellar, Maria Rita Galvão, Miguel Borges e Ismail Xavier, entre outros, além da obra política Guerra camponesa do Contestado (1979). Foi roteirista de uma dezena de filmes, destacando-se O caso dos irmãos Naves (Luís Sérgio Person, 1967), Gamal, o delírio do sexo (João Batista de Andrade, 1969), Um céu de estrelas (1996) e Através da janela (2000), ambos com Tata Amaral. Participou como ator, interpretando pequenos papéis, em mais de dez filmes, além de dirigir e produzir vários documentários e ser assistente de montagem de Gamal, o delírio do sexo.