Domburg (Suriname), 1945
Por Rodrigo Nobile
Soldado de carreira, foi instrutor de esportes no Exército e um dos líderes do Conselho Nacional Militar. Liderou um golpe de Estado e posteriormente compartilhou a fundação do Partido Nacional Democrático (PND). Seu nome é lembrado quando se fala do regime militar que governou o país de 1980 ao início dos anos 1990. Nesse período, houve uma radicalização do movimento guerrilheiro, fortemente reprimido pelo seu governo, o que resultou em muitas mortes. Em 1985, reformulou a Constituição, garantindo amplos poderes aos militares.
Em 1990, Bouterse renunciou à chefia do exército e iniciou a construção do PND, ligado às Forças Armadas. Nas eleições de 1996, mediante uma coalizão de plataforma fortemente nacionalista, levou Jules Wijdenbosch à presidência. Após o restabelecimento do regime democrático, Bouterse tentou novamente retornar ao poder. Em meio a denúncias de tráfico de drogas, obteve imunidade diplomática, graças a Wijdenbosch. Em junho de 1999, foi condenado à revelia por uma corte da Holanda, país que mantém um pedido de prisão internacional contra ele. Isso o impede de sair do Suriname. Foi eleito presidente em 2010 e reeleito para o cargo em 2015.
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