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Sarduy, Severo

Camagüey (Cuba), 1937 – París (Francia), 1993

Por Flávio Aguiar

A obra do cubano abarca romance, poesia, relatos e uma extensa lista de textos críticos e ensaios voltados para temas como o erotismo e a teoria sobre o barroco e o neobarroco. Iniciou-se como crítico de literatura e de arte em 1960, quando deixou Cuba e foi estudar em Paris.

Foi na França, onde viveu até sua morte, que se vinculou a um círculo de pensadores e escritores estruturalistas, passando a colaborar com a revista Tel Quel e trabalhar nas Éditions du Seuil. Esse ambiente intelectualizado imprimiu à sua prosa e à sua poesia tendências significativamente vanguardistas e experimentalistas.

Na escritura de ficção, havia clara preferência pelo submundo, com foco na figura do travesti, traço que o escritor argentino Néstor Perlongher lê como “culto à lírica do bizarro”.

Foi reconhecido como importante renovador dos gêneros literários na América Latina, o que o levou a ser interlocutor dos cubanos José Lezama Lima e Virgilio Piñera.

O romance Maitreya (1978) é um dos seus títulos mais conhecidos. Outras obras: Big-bang (1974); Un testigo fugaz y disfrazado (1985).