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Sosa, Mercedes

Tucumán, 1935 – Buenos Aires (Argentina), 2009

Por Ángel G. Quintero Rivera

(Jorge Merjia Peralta/ Wikimedia Commons)

Uma das principais vozes femininas da Nova Canção latino-americana, Mercedes Sosa ficou conhecida inicialmente pela sua renovação das expressões folclóricas do campo argentino do norte. Logo em seguida destacou-se com as canções de conteúdo social que haveriam de iniciar o movimento nos anos 60, como exemplificam os títulos de suas duas primeiras produções, Canciones com fundamento Yo no canto por cantar. Em 1967, já havia se apresentado em numerosos países, sendo um dos primeiros expoentes do movimento da Nova Canção a alcançar amplo reconhecimento internacional.

Embora duas de suas primeiras produções homenageassem os pioneiros da canção folclórica Violeta Parra e Atahualpa Yupanqui, a cantora argentina manteve um amplo repertório dentro da Nova Canção, interpretando as composições dos mais destacados cantores e compositores da América Latina. Nessa trajetória, La Negra, como Mercedes Sosa era chamada no início de sua carreira, tornou-se conhecida, a partir dos anos 70, como La Voz de América Latina. A cantora participou também de produções do compositor Ariel Ramírez (famoso por sua “Misa criolla”) e de vários filmes do cineasta argentino Leopoldo Torres Nilsson. Seu espírito inovador e contestatório se expressou também em suas apresentações com os mais destacados expoentes do rock nacional de seu país desde os anos 80, Charly García e Fito Páez.