Compañía cinematográfica brasileña
Foi um ambicioso projeto dos anos 1950 que gerou o maior estúdio cinematográfico da América do Sul, localizado no município de São Bernardo do Campo, próximo à cidade de São Paulo, Brasil. Capitaneado por Franco Zampari, teve a clara intenção de fazer filmes de padrão internacional, quando trouxe técnicos europeus que trabalhavam no cinema inglês, e o cineasta Alberto Cavalcanti, radicado havia anos na Europa, como produtor-geral. Montou um star system com os mais bem pagos artistas do país e realizou filmes cosmopolitas, iniciando a produção com Caiçara (Adolfo Celi, 1950) e produzindo algumas comédias populares. Teve em seus quadros, entre os nomes de maior destaque, galãs, estrelas, comediantes, atrizes e atores dramáticos como Anselmo Duarte, Mário Sérgio, Alberto Ruschel, Eliane Lage, Tônia Carrero, Marisa Prado, Mazzaropi, Walter D’Ávila, Ruth de Souza, Miton Ribeiro, Ziembinski, Carlos Vergueiro; diretores como Adolfo Celi, Luciano Salce, Tom Payne, Ruggero Jacobbi, Carlos Thiré, Lima Barreto, Abílio Pereira de Almeida, Oswaldo Sampaio e Flaminio Bolini Cerri; quadros técnicos como os fotógrafos Chick Fowle, Ray Sturges, Nigel C. Huke, o montador Oswald Haffenrichter, o engenheiro de som Eric Rasmussen, além de músicos como Francisco Mignone, Henrique Simonetti, Radamés Gnattali e Guerra Peixe. Entretanto, esse sonho durou pouco. Depois de quatro anos, a Vera Cruz encerrou suas atividades. Em seguida, seus estúdios foram utilizados pelas produções da Brasil Filme, nome da produtora que sucedeu a Vera Cruz, ao mesmo tempo que passou a locar suas dependências a outras filmagens de produtores independentes. Mais tarde, as instalações foram usadas por empresas de publicidade e telenovelas da TV Excelsior.
Em meados da década de 1960, com apoio do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), produziu cinco filmes, entre eles o clássico Noite vazia (Walter Hugo Khouri, 1964). Em 1968, seus novos donos, os irmãos Walter e William Khouri, fizeram alguns filmes no sistema de coprodução. Entretanto, foi um projeto de fôlego curto, que durou pouco mais de dois anos. Desde os anos 1970, vários governos se comprometeram com uma solução para o destino dos estúdios. Pouca coisa foi feita.
Em 2005, no entanto, o acervo foi digitalizado e, no ano seguinte, começou a ser restaurado, bem como documentos históricos da companhia. Alguns filmes foram relançados em DVD.