No momento, você está visualizando Gal Costa

Gal Costa

Salvador (Brasil), 1945

Adriana Veríssimo

João Gilberto a considerava a maior cantora do Brasil. E, de fato, Maria da Graça Costa Penna Burgos quis ser cantora desde que era criança. Aprendeu a tocar violão e, na adolescência, trabalhou em uma loja de discos. Estava por dentro de todas as novidades musicais e se tornou fã da bossa nova, gênero musical do final dos anos 50, influenciado pelo jazz, que propunha uma nova forma de tocar o samba. Conheceu Caetano Veloso e sua irmã Maria Bethânia em 1963. Com eles, Gilberto Gil e Tom Zé montou o espetáculo musical Nós, por exemplo em 1964. Gravou seu primeiro disco simples em 1965, que incluía as músicas “Eu vim da Bahia”, de Gilberto Gil, e “Sim, foi você”, de Caetano Veloso. No ano seguinte adotou seu nome artístico – Gal – quando participou do I Festival Internacional da Canção, concorrendo com a música “Minha senhora”, de Gilberto Gil e Torquato Neto.

Em 1967 gravou seu primeiro disco de longa duração, Domingo, com o também estreante Caetano Veloso. Participou do movimento tropicalista, influenciado pelos Beatles e pela Jovem Guarda, e foi considerada sua musa. Em 1968 triunfou como cantora com sua interpretação de “Divino maravilhoso”, composta por Gil e Caetano. A canção “Baby”, escrita por Caetano e interpretada por ela, foi um marco em sua carreira. Em 1976 se uniu a Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar o grupo Os Doces Bárbaros.

Com seu disco Gal Tropical, de 1979, iniciou uma nova fase em sua carreira, considerada mais popular e comercial. O CD O Sorriso do gato de Alice deu uma guinada em sua trajetória profissional em 1994, fazendo-a merecedora dos prêmios Sharp e APCA daquele ano. Em 2002 lançou seu CD Bossa tropical, com músicas de Alice Ruiz, Arnaldo Antunes e John Lennon, e ofereceu o show Doces bárbaros na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, junto a Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Em 2011 gravou o disco Recanto, produzido por Caetano Veloso e somente com músicas do colega baiano. Em 2015, aos setenta anos, lançou Estratosférica, com quinze músicas inéditas de diversos autores.

Conteúdo atualizado em 08/07/2017 15:00