Mata Atlântica e Amazônia

Observatórios são locais de monitoramento contínuo de fenômenos naturais, espécies ou populações biológicas, e seus movimentos, acompanhando flutuações e tendências, em alguns casos acompanhadas de atividades de divulgação científica e comunicação com o público. No mundo inteiro, populações ou espécies animais são objetos de interesse devido a movimentos sazonais, como migrações), flutuações em números, ou mesmo aspectos epidemiológicos.

Como parte do PREVIR, pretende-se o estabelecimento de locais onde as populações de quirópteros e de aves serão continuamente monitoradas, com coletas de amostras para a detecção de patógenos. Como centro das atividades encontram-se as cidades de Manaus (AM) e São Paulo (SP), onde programas similares já foram estabelecidos. A localização destes dois polos de monitoramento é estratégica no que diz respeito às migrações de aves, posto que representam locais de encontro entre grupos de espécies migratórias vindas de diferentes regiões.

Além de localidades situadas dentro ou no entorno destas duas grandes cidades (SP: Instituto Butantan, Parques Municipais; AM: Reserva Ducke e PDBFF), pretende-se acompanhar periodicamente as populações de quirópteros e aves em áreas um pouco mais afastadas de centros urbanos (Iranduba – AM e São Lourenço da Serra  - SP). Outras localidades na Região Sudeste poderão fazer parte desta rede, sendo amostradas com periodicidade menor: Ribeirão Preto (SP), Paraty (RJ), Parque Nacional do Itatiaia (RJ, MG e SP).

O estabelecimento dos Observatórios de Mamíferos e Aves nestas duas diferentes regiões do Brasil tem como objetivos (1) o monitoramento de longo prazo das populações, associado a estudos populacionais, de migração e de história natural, aumentando o conhecimento sobre sua biologia e potencial como reservatórios silvestres de patógenos; (2) a vigilância epidemiológica com foco em patógenos emergentes e potencialmente patogênicos (3) promover a conservação e a divulgação científica através de atividades voltadas ao público, objetivando aumentar a percepção sobre a importância da preservação do meio ambiente e sua relação com a saúde humana.

Estrutura

Observatório de Aves e Quirópteros com pontos de monitoramento em periodicidades diferentes, estruturados para a captura de espécimes através de redes de neblina e outros métodos e para a coleta e análise de amostras biológicas, tendo como centro as cidades de Manaus e São Paulo, e estendendo-se na medida do possível para outras localidades amazônicas e na Mata Atlântica.

Protocolos

Utilizar modelo padronizado no Instituto Butantã, para implementar procedimentos a serem adotados por outros Observatórios e em pontos de monitoramento diversos.

Vigilância ativa de agentes de importância em saúde pública, como coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2, vírus de influenza, vírus da febre do Nilo, entre outros.

Dados

Os dados coletados são armazenados e analisados nos laboratórios que compõem a rede, utilizando um protocolo único, mas cada laboratório trabalha de forma independe; os resultados obtidos são centralizados em uma plataforma única.

Parceiros

INPA (Manaus), MUSA (Manaus), USP (São Paulo), Observatório de Aves da Mantiqueira (Minas Gerais) e DEPAVE (São Paulo).

Localidades

Bases: Instituto Butantan e INPA.

Pontos de monitoramento e coleta permanentes: Reserva Ducke e PDBFF dentro e no entorno de Manaus, Instituto Butantan em São Paulo, São Paulo, e áreas preservadas de matas contínuas em São Lourenço da Serra, São Paulo.

Pontos de monitoramento eventuais: Paraty, RJ; Parque Nacional do Itatiaia (MG, RJ e SP); áreas agrícolas em torno de Ribeirão Preto; outras áreas protegidas e Parques Municipais na cidade de São Paulo.