A falta do mapa de risco em estabelecimentos acarreta o descumprimento da lei e aumenta visivelmente as chances de ocorrer acidentes de trabalho. Dessa forma é notável a importância do mapa de risco na resolução destes problemas.
O mapa de risco é a representação gráfica dos diferentes riscos existentes em um local, sejam eles biológicos, químicos, físicos, ergonômicos e de acidentes. Estes devem estar de fácil visualização e afixados em lugares acessíveis no ambiente de trabalho, para que a informação e orientação seja vista por todos que atuam no espaço da empresa e por outros que eventualmente transitem o local, evidenciando as principais áreas de risco e consequentemente aumentando a prevenção aos diferentes tipos de acidentes.
Neste texto, abordaremos desde a importância do mapa de risco até os locais que devem possuir esse produto, demonstrando que ele melhora a convivência e a relação da equipe no ambiente de trabalho.
Fonte da imagem da capa: Pixabay
Importância do mapa de risco
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Preservação da Saúde humana
O mapeamento ajuda a prevenir os diferentes tipos de acidentes, desde acidentes envolvendo objetos cortantes até os que envolvem contaminação biológica ou química, sendo assim tais representações gráficas são de extrema importância, pois são indicados quais os riscos que determinadas áreas do ambiente de trabalho possuem. Em determinados locais da empresa serão necessários os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) objetos esses revisados pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA) da empresa e fornecidos ao trabalhador.
Além da prevenção, o mapa de risco ajuda a criar um ambiente de trabalho mais adequado e unido, pois os funcionários terão consciência dos riscos que enfrentam em determinado local da empresa, e saberão em qual ambiente está o problema, facilitando assim a busca por soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e melhorar o ambiente, as condições de trabalho e a produtividade. Com o mapa de riscos ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da saúde e da capacidade profissional e ganham as empresas, com a satisfação dos funcionários, redução de danos em equipamentos e desperdício de matérias-primas.
Legenda: Equipe de profissionais unindo punhos
Fonte: Pixabay
Legalidade do mapa de risco
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CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio)
A CIPA é uma comissão de representantes da organização e dos empregados, a formação da comissão é constituída conforme previsões da legislação trabalhista, especificamente a Norma Regulamentadora N° 5 (NR-5). A CIPA visa a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Assim, é obrigatória a presença desta comissão em cada empresa para promover palestras sobre segurança, realizar treinamentos, confeccionar mapas de risco ou contratar empresas para realizar essa confecção, incluir temas referentes à prevenção, combate ao assédio sexual e a outras formas de violência no trabalho em suas atividades e práticas. A CIPA deve promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), sendo essa semana dedicada a conscientizar os trabalhadores sobre a importância da prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.
É importante recordar que a CIPA a partir de 20 de março de 2023 também atua prevenindo atitudes impróprias no ambiente de trabalho como o assédio, sendo assim mudou o nome de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, título usado até 19 de março de 2023 para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio, a sigla usada para designar a comissão foi mantida, CIPA.
Legenda: Profissionais da área da construção sendo orientados
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EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)
Os Equipamentos de Proteção Individual são de extrema importância na prática de atividades, pois garantem uma maior segurança ao trabalhador, sendo estes oferecidos pela empresa conforme a previsão da legislação trabalhista, especificamente a Norma Regulamentadora Nº 6 (NR-6). Na legislação é dito que a empresa é obrigada a adquirir somente os EPIs aprovados pelo órgão de âmbito nacional competente de segurança e saúde no trabalho, orientar e treinar o empregado, fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Os EPIs podem ser subdivididos em categorias, quanto ao local que ele vai proteger:
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EPI para proteção da cabeça: capacete e capuz.
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EPI para proteção dos olhos e face: óculos, protetor facial e máscara de solda.
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EPI para proteção auditiva: protetor auditivo.
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EPI para proteção respiratória: respiradores.
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EPI para proteção do tronco: vestimentas contra os diferentes tipos de agentes.
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EPI para proteção dos membros superiores: luvas, creme protetor de segurança dos membros superiores contra agentes químicos, manga, braçadeira e dedeira para proteção dos dedos.
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EPI para proteção dos membros inferiores: calçados, meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas e calça.
Legenda: Pessoa utilizando EPIs específicos para o manuseio de substâncias químicas
Fonte: Pixabay
Que estabelecimentos precisam de mapa de risco?
– Lanchonetes: ocorre o manuseio e o preparo de alimentos, para isso se utiliza chapas, fogões, objetos cortantes, além de produtos químicos utilizados na limpeza, sendo assim é necessário a obtenção do mapa de risco para a consulta dos trabalhadores quanto ao risco exposto em determinada ocasião.
– Clínicas estéticas: usam objetos cortantes e substâncias químicas, principalmente ácidos e toxinas, dessa forma fica imprescindível o mapa de risco para um manuseio adequado dos equipamentos da clínica, nesse mapa será indicado qual o grau de risco das substâncias administradas.
– Laboratórios: trabalham com uma diversidade de materiais biológicos, como bactérias, fungos, entre outros microrganismos, além disso, há também a manipulação de materiais químicos e objetos cortantes, sendo reagentes químicos e lâminas respectivamente. Com isso é necessário um maior cuidado com a manipulação desses materiais, para isso é de extrema importância um mapa de risco, que informará os cientistas das áreas as quais devem tomar maior precaução.
– Estúdio de tatuagem: nesse ambiente é manuseado agulhas, maquinas cortantes, tintas e sangue, materiais e equipamentos que se situam nos riscos de acidentes físicos, químicos e biológicos, outro risco é o ergonômico já que o tatuador pode ficar em posições desconfortáveis na hora de realizar a tatuagem, portanto, fica evidente a exigência de se ter um mapa de risco no local.
Legenda: Tatuador fazendo uma tatuagem usando luvas (EPIs)
