SIMPÓSIO E1_01 Paisagens globais e transfronteiriças: histórias conectadas.
Beatriz Bueno Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, Brasil beatrizbueno@usp.br
Rafael Moreira Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Portugal rfdmoreira@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: História da Urbanização; História Global; Histórias Conectadas; Arqueologia da Paisagem; Humanidades Digitais
RESUMO: Nos últimos anos, vimos acompanhando contribuições expressivas para uma História da Urbanização menos regionalizada. Ao mobilizar recortes transfronteiriços, em perspectiva global e transtemporal, os estudos primam por espacializar redes urbanas complexas, mobilizar atores na América e outros continentes, com foco preferencial para o período colonial e imperial, mas atentos aos desdobramentos contemporâneos. Na linha dos estudos de Fernand Braudel, Sanjay Subrahmanyam e Serge Gruzinsky, este simpósio visa reunir e discutir pesquisas que rompem com regionalismos históricos e historiográficos ao proporem outros enquadramentos e territorialidades, espacializarem homens em movimento no Brasil em interface com América, África e Ásia, e atentarem para zonas de contato, modos de territorialização híbridos e, por isso, muito interessantes de serem resgatados e potencializados por sua riqueza identitária no presente. Aspira-se cotejar métodos inovadores no confronto com documentação visual e textual profusa, transfronteiriça em acervos dispersos, mobilizando aproximações com a Geo-História e as Humanidades Digitais, de longue durée, mesclando macro e micro escalas, numa “história conectada” interculturalmente e abrangendo regiões, assuntos e arquivos que são convencionalmente tratados isoladamente.
SIMPÓSIO E1_02 Urbanização Planetária e Planetarização do Urbano: Reflexões a Partir da Realidade Urbana Latino-americana.
Geraldo Costa, Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil gemcosta1@gmail.com
Kanishka Goonewardena, Department of Geography and Planning, University of Toronto, Canada kanishka.goonewardena@gmail.com
PALAVRAS-CHAVE: Urbanização Planetária; Planetarização do Urbano; Henri Lefebvre; Teoria Urbana; Práxis Urbana
RESUMO: Nosso simpósio visa abordar desafios políticos, sociais e ecológicos urgentes da “urbanização planetária” reconhecendo formas existentes e emergentes de práxis urbana “concreta-utópica”. Essa busca é informada pela obra do filósofo francês Henri Lefebvre, renomado por seus estudos sobre espaço, sociedade e revolução possível, em obras como Le droit à la ville (1968), La révolution urbaine (1970) e La production de l’espace (1974). Particularmente relevante para nossa abordagem é a compreensão dialética de Lefebvre do processo de urbanização — isto é, sua teorização do “urbano” como um campo contestado de confrontos entre forças do capital, estado e colonização e contraforças de autogestão e lutas pelo “direito à cidade”: formas de associação humana desalienada e práxis políticas emergentes de lutas da vida cotidiana engendradas pelos espaços sociais de centralidade e diferença no processo de urbanização.
Seguindo Lefebvre e seus intérpretes buscamos, portanto, intervir na crescente literatura sobre processos de urbanização planetária, defendendo a possibilidade de uma extensão transescalar do potencial emancipatório da sociedade urbana contra os imperativos dominantes do capitalismo, imperialismo e colonialismo. Propomos chamar esse contra-processo concreto-utópico de “planetarização do urbano” (mondialisation de l’urbain), com referência dialética à expressão “urbanização planetária”, que tende a enfatizar manifestações da mercantilização e racionalização do capitalismo de estado, incluindo a colonização da natureza, sociedade e cultura pelo que Lefebvre chamou de “sociedade burocrática do consumo dirigido”.
“Planetarização do urbano” implica uma urbanização extensiva em que a dimensão política realizaria o potencial emancipatório que Lefebvre chamou de “sociedade urbana” (Monte-Mór, 2003). A perspectiva crítica da ‘urbanização completa’ proposta por Lefebvre permitiria dirigir as forças da urbanização planetária para um processo emancipatório, apesar dos retrocessos e desafios, antecipando, nas palavras de João Antônio de Paula, o projeto lefebvreano de ‘substituir a propriedade privada como fundamento da troca mercantil capitalista pelo intercâmbio livremente acordado baseado na solidariedade, na reciprocidade, na sustentabilidade, na valorização de uma vida melhor para todos’ (Costa et al, 2015).No Brasil e outros países latino-americanos, há vasta produção de reflexões baseadas em práticas urbanas que apontam para mudanças socioespaciais radicais. Portanto, estamos em momento oportuno para continuar pesquisando, na teoria e nas práticas urbanas, o que pode ser identificado como caminhos para a sociedade urbana na América Latina (Costa et al., 2024). Este é o desafio que lançamos com este convite para o Simpósio.
Que tipos de práxis urbana — passado, presente, futuro — informam a visão revolucionária de Lefebvre, 50 anos após sua formulação? Novos desenvolvimentos teóricos apontam caminhos na direção proposta por Lefebvre? Reflexões sobre o “comum” e cosmologias indígenas sobre as relações natureza-sociedade oferecem recursos vitais em diálogos com o ideal de espaço diferencial de Lefebvre? Práticas sociais concretas, como ocupações urbanas, insurgências sociopolíticas, economias alternativas, novos sujeitos radicais, enriquecem nossas reflexões?
Essas são algumas das questões a serem debatidas no Simpósio, contribuindo para reflexões sobre o “futuro do planeta, no sentido de imaginar e construir um mundo menos hierárquico e mais igualitário”, como propõe o 4º CIHU.
SIMPÓSIO E1_03 Desarrollismo en Iberoamérica: estrategias, doctrinas y formas de los procesos de urbanización
Daniel Matus Carrasco, Departamento de Arquitectura, Universidad de Magallanes, Chile daniel.matus@umag.cl
Ángeles Layuno Rosas, Escuela de Arquitectura, Universidad de Alcalá, España angeles.layuno@uah.es
PALABRAS CLAVE: Políticas públicas; Planificación; Industrialización; Institucionalidad; Morfología Urbana
RESUMEN: A partir de la década de 1940, diversos países iberoamericanos comenzaron el abandono del modelo económico de desarrollo hacia afuera e inscribieron a sus economías y sus sociedades en un modelo basado en la Industrialización por Sustitución de Importaciones (ISI), considerado eje y vector de inicio de un nuevo ciclo denominado modelo desarrollista o de desarrollo hacia dentro. El nuevo periodo se caracterizó por la modernización de las tecno-estructuras existentes, por cambios institucionales y normativos profundos, por el diseño de políticas públicas de ruptura, sofisticas y multiescalares que vehicularon gobiernos de inspiraciones políticas diversas y variadas que derivaron de la emergencia del Estado desarrollista, Estado de compromiso o Estado empresario y explican además los fuertes procesos de industrialización, urbanización y modernización de los territorios entre las décadas de 1940 y 1970.
Si bien los Estados actuaron a velocidades diferenciadas, las estrategias para implementar las políticas públicas tendientes a cambiar el modelo, encontraron en sectores privilegiados de la economía oportunidades para materializar planes y proyectos. A la vez, el espacio económico y el espacio de la planificación, tendieron a beneficiarse de la experiencia extranjera a través de comisiones de expertos que actuaron en marco políticos, sociales e institucionales singulares, adoptando o adaptando visiones hegemónicas de un mundo cada vez más tensionado, radicalizado y tensionado. Más concretamente, el desarrollismo, orientado e impulsado por la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), permitió expandir los mercados, detonar crecimientos económicos e impactar las formas de la urbanización en países otrora no sólo agrarios, mineros y de base industrial precaria, sino también de extremas diferencias y desigualdades sociales.
Hemos partido de la idea que, los Estados y en particular sus gobiernos actuaron como agentes transformadores de la economía, y al hacerlo dinamizaron e hicieron mutar las formas de la urbanización siguiendo estrategias, escenarios, teorías y doctrinas diferenciadas y diferenciables, toda vez que se dotaron de instituciones, cuerpos técnicos y herramientas situadas.
El Simposio propuesto busca profundizar, a través de un alcance panorámico, esas estrategias, esas doctrinas y esas formas de la urbanización singular que fueron detonadas en contextos desarrollistas en países Iberoamericanos y, más todavía, actuaron como vectores que orientaron la planificación del territorio, la producción del espacio urbano y la producción de vivienda estatal en regiones sometidas a procesos de industrialización intensos. Privilegia la reflexión en el período que se extendió entre las décadas de 1940 y 1970, e invita, en particular, a presentar trabajos centrados en los procesos de institucionalización de la planificación; en casos significativos y estratégicos promovidos por los gobiernos iberoamericanos a diversas escalas territoriales; en la relación entre las doctrinas que emergieron y las formas urbanas.
SIMPÓSIO E1_04 Infraestructuras, redes y movilidades en la configuración de las ciudades iberoamericanas modernas (S. XIX-XX).
Marcelo Mardones Peñaloza, Facultad de Ciencias Sociales e Historia, Universidad Diego Portales, Chile marcelomardones77@gmail.com
Dhan Zunino Singh, CONICET, Universidad Nacional de Quilmes, Argentina dhansebastian@gmail.com
PALABRAS CLAVE: Infraestructuras; Redes; Transporte; Ciudades; Modernidad
RESUMEN: Si observamos lo urbano como un organismo, sin la connotación que el positivismo ha dado a esta metáfora, podremos reconocer que el mismo está compuesto de redes de infraestructuras destinadas a conducir, controlar y distribuir diversos tipos de flujos “vitales” para su funcionamiento, tales como la circulación sanitarias, energéticas, financieras o de información, de personas, alimentos, residuos, etc. Considerando su influencia en el espacio urbano, posiblemente sean las redes de movilidades aquellas que mayor visibilidad tienen en la ciudad latinoamericana, no solo por presencia física sino por concentración de recursos, saberes técnicos, inversión, debates políticos e impactos urbanos.
Es el propósito de esta mesa dar cuenta, a través de trabajos con perspectiva historiográfica, del rol y relación entre las infraestructuras de movilidad con las ciudades iberoamericanas durante sus procesos de modernización entre los siglos XIX y XX. Se busca a través de estos poner en discusión el modo en que el espacio urbano se produce y configura por las redes de transporte que organizan sus flujos internos y externos, incidiendo en la oferta de movilidad, el desarrollo inmobiliario, la actividad económica y la planificación urbana. Así, la mesa propone reconstruir históricamente el desarrollo de dichas infraestructuras abordando su materialidad y relación con el espacio urbano; las controversias socio-tecnológicas (saberes, tecnologías, representaciones, prácticas, políticas y relaciones sociales) en los procesos de planificación, construcción, operación y mantenimiento a lo largo del tiempo de las mismas. Por lo tanto, los objetos en discusión podrán ser abordados desde diferentes ángulos, desde los saberes técnicos a las políticas, desde los proyectos a la organización socio-técnica, desde su materialidad a su mantenimiento, desde los conflictos a los usos y representaciones, por ejemplo.
A modo orientativo, listamos objetos que son posibles de ser discutidos en esta mesa, sin que éste punto sea necesariamente excluyente: carreteras; arterias estructurantes, servicios energéticos (agua, gas, electricidad) y de comunicación (telefónica, telegráfica, de correos), logística urbana (alimentos, residuos, etc.), redes ferroviarias tanto de superficie como subterráneas, incluyendo además sus espacios arquitectónicos, desarrollo viario, políticas y proyecciones de mejoramiento de los servicios urbanos y otras perspectivas que profundicen en las diversas relaciones que se establecen entre las infraestructuras y su proyección con la ciudad latinoamericana.
SIMPÓSIO E1_05 Infraestruturas hídricas, urbanização e interescalaridade: planejamento regional na América Latina do século XX
Fernando Williams, CONICET / Facultad de Arquitectura y Urbanismo, Universidad Nacional de La Plata, Argentina ferwil3@yahoo.com.ar
Ricardo Trevisan, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasil trevisan@unb.br
PALAVRAS-CHAVE: História do Planejamento Urbano e Regional; Território; Infraestruturas Hídricas; Cidades Novas; Desenvolvimentismo; Meio Ambiente
RESUMO: Ao longo do século XX, diversos Estados nacionais na América Latina impulsionaram processos de ocupação regional que atraíram o interesse e o envolvimento de setores privados. Seus objetivos eram reverter cenários econômicos estagnados, promover a integração territorial de regiões escassamente povoadas e desenvolvidas, estimular setores industriais e estabelecer condições para a inserção de ambos os países na lógica da economia capitalista global. Para isso, elaboraram-se e colocaram em prática planos, programas e projetos com a finalidade de estruturar e viabilizar políticas desenvolvimentistas. Infraestruturas das mais variadas (ferrovias, rodovias, hidrelétricas, portos, eclusas, polos de extração mineral, canais de irrigação etc.) tomaram o território com objetivo de equipá-lo e condicioná-lo às necessidades de logística, exploração, produção e ocupação. Assim, as paisagens, antes naturais, foram transformadas por obras e artefatos de grande envergadura. As áreas urbanizadas aumentaram com a chegada de grandes fluxos migratórios: as cidades existentes expandiram-se e fundaram-se novos núcleos urbanos. O território adquiriu novas feições, dentro de uma ideia de progresso, desenvolvimento e integração.
Em particular, as infraestruturas hídricas (barragens, usinas hidrelétricas, portos, eclusas, canais de irrigação, sistemas fluviais navegáveis etc.) compuseram uma posição de destaque dentro destas políticas desenvolvimentistas. Elaboraram-se programas e planos para importantes bacias hidrográficas, reconfigurando os atributos naturais de um rio e inserindo-o num sistema produtivo próprio (geração de energia elétrica, reservatório para abastecimento, canal de transporte etc.).
Interessa a este Simpósio problematizar e refletir sobre experiências de planejamento regional em países latino-americanos, que permitam um maior entendimento sobre as infraestruturas hídricas e de mudanças territoriais, sociais e da paisagem, que incluíram criação de novas cidades e alterações significativas dos modos de vida das populações. Busca-se compreender tais experiências na história a partir da relação entre suas diferentes escalas, entendendo-as não apenas como uma variação dimensional de enquadramentos territoriais, mas a partir das ações, de seus diferentes níveis de gestão e execução, de políticas, planos e projetos, e dos interesses de seus agentes.
Cientes do impacto socioambiental – muitas vezes perversos – que estas infraestruturas tiveram sobre os correspondentes sítios de implantação, surgem algumas questões que podem orientar os trabalhos deste simpósio: estes megaprojetos obtiveram os resultados esperados? Que outras experiências permitem reconhecer a historicização destas infraestruturas? Quais ressonâncias de tais infraestruturas sobre o território? Que aspectos físico-espaciais merecem atenção? Quais as particularidades dos centros urbanos gerados por estas obras? Estas são apenas questões preliminares que visam compreender melhor as experiências de planejamento urbano e regional baseadas em infraestruturas hídricas. O simpósio pretende levantar novas questões, bem como conhecer estudos de caso e partilhar contributos teóricos.
SIMPÓSIO E1_06 Historia Urbana y Historia Ferroviaria (su entrecruzamiento para la óptima explicación de la ciudad, de la vida urbana y de su patrimonio)
Luis Santos y Ganges, Instituto Universitario de Urbanística, Universidad de Valladolid, España luis.santos.ganges@uva.es
Doralice Sátyro Maia, Departamento de Geociências, Universidade Federal da Paraíba, Brasil dsm@academico.ufpb.br
PALABRAS CLAVE: Ferrocarril; Estructura urbana; Morfología urbana; Segregación socioespacial; Patrimonio Ferroviario
RESUMEN: Desde la idea de una Historia Urbana que considere al espacio urbano como un espacio socialmente producido tanto o más que un escenario donde ocurren los hechos históricos, a la hora de estudiar la relación entre el ferrocarril y la ciudad, nos encontramos con la dificultad de comprender dos mundos distintos y en sí mismos dificultosos, el del sistema técnico ferroviario y el de la producción de la ciudad capitalista. Dos mundos no solo distintos sino también distantes, que respondían a lógicas propias y que no se vieron en la obligación mutua de adaptarse el uno al otro al menos hasta bien avanzado el siglo XX.
Así, mientras que los ferrocarriles interurbanos de gran escala apenas integraron lógicas urbanas en sus decisiones y las ciudades se adaptaron, los sistemas tranviarios parecieron ser un medio de transporte urbano y suburbano que desde el principio debieron estar integrados en la ciudad y sus necesidades. De modos bien diversos, la historia de las infraestructuras ferroviarias y sus servicios guarda una estrecha relación con la historia del crecimiento y de la estructura urbanas.
En bastantes estudios sobre la ciudad del siglo XIX, el ferrocarril tuvo una relevancia histórica de primer nivel urbanístico y socioeconómico. Se generó empleo (que fue significativo y relevante en el caso de los depósitos y sobre todo los talleres generales), ocurrieron unas nuevas relaciones sociales, se manifestaron fenómenos urbanísticos de atracción, de repulsión y de segregación de usos, cambiaron las actividades logísticas, etc. Estas transformaciones continuaron en el siglo XX, teniendo en cuenta los cambios técnicos tanto en el sistema de explotación ferroviaria como en el equipamiento urbano, que a su vez alteraron la vida urbana.
Las propuestas deben estar enfocadas a la escala de la ciudad y deben abrir diferentes reflexiones sobre el ferrocarril y la ciudad en lo que respecta al espacio urbano, al papel de las estaciones, a la expansión segregativa de la ciudad (el otro lado de la vía), a la relación entre el crecimiento del tejido urbano y el ferrocarril, a la conformación de la centralidad urbana, a la planificación sectorial y urbanística, a los cambios en la vida urbana y cotidiana como consecuencia del transporte ferroviario, al trabajo realizado en los talleres y depósitos ferroviarios, a la relación entre ferrocarril e industria, a las transformaciones del transporte en general y de la logística urbana, a la relación entre los ferrocarriles y los espacios suburbanos y periurbanos, el patrimonio industrial y ferroviario, entre tantos posibles asuntos, así como a la perspectiva discursiva, la dimensión simbólica y las reflexiones historiográficas (nuevas visiones, asimetrías, sombras…).
SIMPÓSIO E1_07 A materialidade da vida urbana: redes técnicas, moradia e configurações socioespaciais (1880-1960)
Angela Lucia de Araújo Ferreira, Departamento de Arquitetura e Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil angela.lucia.ferreira@ufrn.br
José María Beascoechea Gangoiti, Departamento de Historia Contemporánea, Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, España jm.beascoechea@ehu.eus
PALAVRAS-CHAVE: Infraestruturas Técnicas; Habitação; Diferenciação Espacial; Desigualdade Social; Cotidiano
RESUMO: Os impactos e relações entre os transtornos climáticos (secas e inundações) e sanitários (endemias e epidemias) foram cruciais nos esforços de estruturação territorial na virada para o século XX, num contexto de reconfiguração dos sistemas produtivos, das cidades, das relações urbano-rurais e dos próprios saberes técnicos. Em especial, a implementação de redes técnicas – ferroviárias, hídricas e de saneamento –, afetou diretamente várias escalas de formação dos territórios, dos espaços intraurbanos às redes de cidade. Essas preocupações têm marcado a atuação dos grupos que compõem a rede de pesquisa “História Urbana e do Território”, formada pelos grupos HCUrb (UFRN, Brasil), HUPyP (UPV/EHU, España), GPUR (UFERSA, Brasil), GeURB (UFPB, Brasil) e Gecypu (UNMP, Argentina).
Para este simpósio, a Rede pretende receber trabalhos e pesquisas que discutam as repercussões da construção dessas grandes infraestruturas – muitas vezes vinculadas a lógicas, políticas e projetos transnacionais – nas práticas da vida social, focando três eixos: 1) produção e condições da moradia formal e informal como expressão dos movimentos migratórios e das lutas sociais que se intensificaram a partir do final do século XIX; 2) processos de diferenciação espacial e de desigualdade social que se configuraram nos vários contextos de urbanização da primeira metade do século XX e suas relações com as atividades urbanas, como o comércio especializado em exportação/importação e a indústria e seus núcleos fabris e vilas operárias; e 3) influência da materialização e espacialidade das redes técnicas de circulação de pessoas e mercadorias na disseminação e nos esforços de controle de doenças, surtos epidêmicos e deslocamentos dos afetados pelos transtornos climáticos e pela construção de barragens, de áreas portuárias e de entrepostos comerciais.
Os grupos que compõem a Rede têm desenvolvido pesquisas sobre diversas experiências, desde a estrutura urbana e industrial da Ría de Bilbao (España) até a construção da condição de capital de uma pequena cidade como Natal, da urbanização focada principalmente no turismo de balneários de Mar del Plata (Argentina) à articulação do sertão das secas entre os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Essas várias escalas se cruzam e atingem, ao final, as condições materiais da vida urbana, as práticas culturais, o cotidiano, as profundas diferenças tipológicas das moradias. Assim, estimulamos o diálogo com novos recortes e casos concretos, reconhecendo que embora tenham similaridades passíveis de generalizações, possuem também particularidades que precisam ser investigadas e problematizadas, a partir das perspectivas da Demografia Histórica e das Histórias Cultural e Social Urbanas, em busca da articulação entre as dimensões políticas, espaciais e materiais da cidade. Assim, parafraseando o geógrafo Milton Santos, é o uso do território em sua trama de escalas e dimensões, e não o território em si mesmo, que nos interessa. Para tanto, propomos discutir também as fontes e arquivos, os registros especializados dos saberes técnicos (como os da engenharia, do planejamento, da arquitetura e do urbanismo, dos geólogos e botânicos), os mapas, planos e projetos, os censos demográficos e sanitários, as representações iconográficas, cartográficas e literárias, aspectos fundamentais para delinear a análise histórica de todas essas questões.
SIMPÓSIO E1_08 Las Zonas Metropolitanas en Latinoamérica: los mecanismos de ordenamiento territorial estatales y los márgenes de participación de la iniciativa privada.
Ana Paulina Matamoros Vences, Universidad Iberoamericana, Campus Ciudad de México, México paulina.matamoros@hotmail.com
Ana Gomez Pintus, Comisión Nacional de Investigaciones en Ciencia y Técnica- Instituto de Investigación en Historia, Teoría y Praxis de la Arquitecturas y la Ciudad – Universidad Nacional de La Plata, Argentina agomezpintus@gmail.com
PALABRAS CLAVE: Suelo; Estado; Metropolización; Público-Privado; Saberes Técnicos
RESUMEN: La consolidación de las áreas metropolitanas es un proceso multifacético cuya complejidad radica en la participación de múltiples actores públicos y privados actuando en diferentes escalas.
En latinoamérica las principales ciudades de la región experimentaron un proceso de conformación, crecimiento y consolidación de sus zonas metropolitanas a lo largo del siglo XX. Esto tuvo lugar gracias a las políticas de industrialización de las principales ciudades, la atracción de población gracias a la oferta de trabajo en diversos sectores económicos, a la concentración de los servicios e infraestructura en dichas zonas, así como al auge y consolidación de los mercados inmobiliarios en la región.
A pesar de una visión extendida que ha tendido a minimizar el rol del Estado en los procesos de estructuración y crecimiento urbano, creemos que es pertinente considerar las relaciones entre el sector público y los sectores privados y reconocer el elenco de actores, normativas e instituciones involucrados a diferentes escalas en los procesos de metropolizacion.
El concepto de metropolización facilita la incorporación de elementos analíticos como el crecimiento demográfico, urbano y operativo, los cuales transforman los espacios a lo largo del tiempo. Estos procesos permiten medir las complejidades derivadas de las sociedades industrializadas y postindustriales, ofreciendo una comprensión de la situación actual en las ciudades latinoamericanas.
En el contexto de esta propuesta, es crucial entender la ciudad como el resultado de un proceso de producción social donde diversos actores compiten por un lugar tanto material como simbólico dentro de ella. Por lo tanto, se invita a los interesados que buscan reconstruir históricamente los procesos de configuración urbana, integrando acciones tanto públicas como privadas, a través de la normativa y los diversos actores involucrados.
Por ello, esta mesa tiene como objetivo invitar a investigadoras e investigadores a presentar trabajos sobre temáticas que problematicen la relación público y privado en los procesos de metropolización.
– Discusiones historiográficas y teóricas sobre la evolución de las zonas metropolitanas.
– Obras públicas, infraestructura y procesos de urbanización
– Áreas de renovación o reconversión urbana
– Procesos de urbanización, densificación en escalas locales y regionales.
– Políticas de atracción poblacional para el impulso económico zonas estratégicas de
áreas metropolitanas durante el siglo XX.