Na ocasião, foram apresentadas análises sobre as relações comerciais entre os países do grupo
Durante workshop sobre o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado nesta quinta-feira, 30/05, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, especialistas, autoridades do governo e representantes de embaixadas discutiram o comércio entre essas economias e as negociações possíveis para reativar as parcerias do grupo como parte de uma agenda de apoio ao seu desenvolvimento econômico.
Alguns dos dados apresentados indicam que, no período de 2000 a 2017, houve crescimento do comércio entre os países pertencentes ao Brics, com um aumento intenso entre 2000 e 2008 e com recuo nas taxas de crescimento a partir de 2010. As exportações intra-Brics cresceram 41,9% a.a. entre 2000 e 2008 e 4,9% a.a. de 2010 a 2017. Já as importações entre as economias do grupo aumentaram em 43,6% a.a. no período de 2000 a 2008 e apenas 3,3% a.a. entre 2010 e 2017.
A relativa estagnação das trocas entre os cinco países do Brics reitera a importância de se buscar aprofundar as relações comerciais do grupo por meio de novos acordos e mecanismos para facilitar essas trocas (como a criação de um sistema de pagamento em moedas locais e de um acordo preferencial de comércio), segundo o diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea, Ivan Oliveira.
O coordenador de Estudos em Relações Econômicas Internacionais do Ipea, Fernando Ribeiro, apresentou simulações de impactos de um acordo de livre comércio. Os resultados mostram o claro efeito positivo para a economia brasileira de um acordo com os países do agrupamento, com destaque para os ganhos sobre as exportações de múltiplos setores, tanto agrícolas quanto industriais.
O subsecretário de Estratégia Comercial da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Fernando Alcaraz, apresentou as diretrizes de política comercial do atual governo e reiterou a importância de iniciativas como esta do Ipea que ajudam as autoridades de governo na tomada de decisões sobre revisões de políticas públicas relevantes para a retomada do crescimento econômico brasileiro.
Fonte: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34781&catid=6&Itemid=4
