Crescendo e se alimentando com saúde

Aleitamento materno

A alimentação do bebê se inicia com o aleitamento materno, que é considerado o padrão-ouro para a nutrição infantil e possui todos os nutrientes que o bebê precisa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos seis meses primeiros meses de vida, quando a partir daí, a introdução alimentar deve ser iniciada.  Existem muitos benefícios para a saúde da mãe e do bebê, fizemos um podcast sobre o assunto, vale a pena conferir! (link para o podcast Benefícios da Amamentação. O aleitamento materno é um aprendizado para a mãe e o bebê e algumas dificuldades podem surgir, uma rede de apoio é fundamental e profissionais capacitados podem ajudar neste processo. A pega é um dos pontos chaves para o sucesso da amamentação, montamos um infográfico para ilustrar. 

Confira algumas dicas que podem ajudar a manter uma boa produção de leite materno! 

*Importante lembrar que o estímulo de sucção feito pelo bebê durante a amamentação é o principal mecanismo que estimula a produção de leite materno.

Dúvidas sobre amamentação!

A partir dos seis meses de vida, com a introdução alimentar, as mamadas diminuem e vão ficando mais espaçadas. Os primeiros dentinhos estão chegando na cavidade bucal e devem ser escovados com pasta de dente com flúor. Depois dos doze meses de idade, a frequência do aleitamento materno noturno deve ser reduzida, já que durante a noite há uma dificuldade para realizar a higienização dos dentes. Além disso, durante o sono a quantidade de saliva na boca do bebê diminui, e ela tem um papel importante na proteção contra a cárie. Os músculos da mastigação, deglutição, respiração e fala devem ser corretamente estimulados para o bom desempenho destas funções, sendo que o aleitamento materno promove estes estímulos de forma adequada. 

Aleitamento artificial

Quando a amamentação não é possível, para a oferta do leite materno ordenhado ou da fórmula infantil, a melhor opção é a utilização de um copo, evitando interferências negativas no desenvolvimento dos músculos do rosto. 

Os bicos artificiais, as mamadeiras e chupetas, devem ser evitados, seguindo recomendação do Ministério da Saúde. O uso dos bicos artificiais pode estar associado à interrupção precoce da amamentação, pode trazer prejuízo ao desenvolvimento da face por não estimular corretamente músculos importantes responsáveis por funções como respiração, deglutição, mastigação e fala e ainda comprometer o encaixe dos dentes, as chamadas maloclusões.

Existem evidências que apontam um risco aumentado para o desenvolvimento de otite média aguda recorrente sendo que os bicos artificiais podem ser meios de infecções. Por isso, muita atenção com a correta higiene das chupetas, mamadeiras e dos utensílios usados no preparo da fórmula infantil, todos devem ser corretamente esterilizados. E a água utilizada deve ser tratada, filtrada e fervida. Se o bebê já estiver fazendo uso de bicos artificiais, é aconselhável remover esse hábito o quanto antes, já que podem impactar de maneira negativa na saúde bucal e geral. Aos doze meses de idade da criança há uma redução na necessidade que o bebê tem de fazer sucção, e essa característica pode ajudar na remoção desse hábito. 

Muito cuidado com o conteúdo da mamadeira e a frequência que ela é oferecida. A adição de açúcar ou a oferta de bebidas açucaradas, pode aumentar o risco de desenvolver lesões de cárie, além de trazerem prejuízos para a saúde geral, por isso, não são indicadas.  Nos casos em que a criança está em aleitamento artificial com a fórmula infantil utilizando a mamadeira, existem algumas dicas:

E a chupeta? Separamos algumas dicas para você:

Para saber mais sobre o uso da chupeta acesse o link:

Conhecendo os Alimentos 

Para que a criança possa crescer e se desenvolver de forma saudável, na introdução alimentar ela precisa receber nutrientes e vitaminas através de uma alimentação variada e balanceada. É importante saber que os alimentos são classificados em grupos, são eles:

• Alimentos in natura e minimamente processados
• Alimentos processados
• Alimentos ultraprocessados 
• Ingredientes culinários processados

Saiba mais sobre eles na imagem abaixo:

Introdução Alimentar

A partir dos seis meses de idade, os bebês começam a receber outros alimentos além do leite materno ou da fórmula infantil, e em alguns casos essa introdução pode começar antes, conforme orientação médica. Nessa idade a água tratada, filtrada e fervida deve ser oferecida entre as refeições, o copo é mais indicado para esta oferta. Já conversamos sobre os grupos de alimentos, mais quais deles você deve oferecer a criança? A base da alimentação dos bebês deve ser composta por alimentos in natura ou minimamente processados. Mas o que são esses alimentos? Na figura abaixo você encontra alguns exemplos de alimentos que fazem parte deste grupo:

No início da introdução alimentar, os novos alimentos vão ser intercalados com o leite materno ou com a fórmula infantil, até que aos doze meses, a criança deve receber três refeições principais e dois lanches ao dia. O nutricionista ou médico pediatra pode te orientar nessa fase tão importante. Abaixo temos algumas ilustrações de cardápio para te ajudar a entender a frequência das refeições que devem ser oferecidas a seu filho em cada idade!

O leite materno, a fórmula infantil ou o leite de vaca, podem ser oferecidos antes da criança dormir, mas é importante lembrar que é preciso realizar a escovação dos dentes depois. Quer mais dicas sobre como escovar os dentes? Veja aqui:

Uma frequência alimentar maior do que a recomendada, pode aumentar as chances de oferta de alimentos açucarados. A Organização Mundial de Saúde (OMS)  recomenda evitar consumo de açúcares livres antes dos dois anos de idade. A partir de então, a OMS faz forte recomendação que este consumo deve ser menor do que 10% do total de calorias ingeridas ao dia, com objetivo de combater o desenvolvimento de doenças crônicas, dentre elas a cárie!

Além da alteração do número de refeições por dia, há também uma evolução de textura e quantidade de alimentos, é preciso respeitar a saciedade da criança e o aprendizado da mastigação.

Agora que você já sabe a quantidade e a textura da comida que vai oferecer para cada idade, vamos conversar sobre o que colocar no prato? Ao planejar as refeições da criança, no almoço e no jantar, pelo menos um alimento de cada grupo abaixo deve estar presente no prato:

• Feijões 
• Cereais, raízes e tubérculos
• Carnes e ovos, bem cozidos, nunca mal passados ou crus
• Legumes e verduras

No caso dos legumes e verduras pode ter mais de um alimento do grupo, assim você garante uma refeição equilibrada e nutritiva. Durante os dias da semana tente variar os alimentos dentro de cada grupo. Quanto mais variada a alimentação da criança, maior o número de nutrientes e vitaminas que ela recebe. Algumas dicas podem ajudar a estimular as crianças a comer e tornar o momento da refeição mais prazeroso:

Mas por que é tão importante oferecer alimentos saudáveis para a criança? E o que isso influencia na saúde bucal dela? A cárie na primeira infância é uma doença causada por diversos fatores, sendo o principal deles a quantidade e a frequência de consumo de sacarose (açúcar). Então, uma das formas de prevenir ou “parar” a doença é o controle do que é oferecido na dieta para as crianças, junto com uma boa higiene bucal. Alguns alimentos podem ser mais prejudiciais, são os alimentos chamados de cariogênicos, aqueles que são ricos em açúcar, que além de estar nos doces e guloseimas como balas, biscoitos, salgadinhos e chocolates, também são encontrados nos sucos de caixinha ou em pó. Também são encontrados em outros produtos industrializados, os chamados alimentos ultraprocessados, que não devem ser oferecidos para as crianças. Quer saber mais sobre os ultraprocessados? Assista o nosso vídeo, nele você vai saber como identificar esses vilões: 

Além de conter açúcar, os alimentos que ficam “grudados”, ou seja, que são mais pegajosos acabam ficando mais tempo em contato com os dentes, aumentando assim, o risco de cárie. E quais são esses alimentos? Alguns exemplos são os brigadeiros, os chocolates, as balas de caramelo, os salgadinhos e as bolachas recheadas. Esses alimentos devem ser evitados em alta frequência, no entanto, caso sejam oferecidos, deve ser feito de forma eventual, como por exemplo, uma vez na semana ou em festinhas de aniversário, pois sabemos que as crianças gostam de consumir esses alimentos.  Para evitar o desenvolvimento de lesões de cárie, é preciso atenção na qualidade, na quantidade e na frequência dos alimentos que são oferecidos, além do cuidado com os hábitos de higiene bucal da criança. Devem ser evitados vários lanches ou “beliscos” ao longo do dia e ter opções de lanches saudáveis. A água pode ser oferecida ao invés de bebidas açucaradas. Atenção a alguns medicamentos que podem conter açúcar na sua composição, como os xaropes, pastilhas ou alguns medicamentos homeopáticos. Vale relembrar que se deve escovar os dentes das crianças pelo menos duas vezes por dia com pasta contendo flúor, principalmente a noite antes de dormir.

Mas afinal, quais alimentos tem sacarose (açúcar)? Exemplos na imagem abaixo.

O consumo acima da quantidade recomendada de açúcar para crianças maiores de dois anos pode trazer malefícios para a saúde geral, confira na imagem abaixo outros problemas que podem ocorrer no organismo.

É importante ficar atento já que alguns alimentos considerados saudáveis podem ser ácidos e causar um desgaste nos dentes, que recebe o nome de desgaste dentário erosivo ou erosão. Quer saber mais sobre isso? Aqui nesse link: . E quais são esses alimentos?

O que podemos fazer para diminuir o risco de desgaste dentário erosivo?

Ficou alguma dúvida? Fizemos um resumo com algumas dicas, confira nas imagens abaixo. Se tiver dificuldade, procure um nutricionista!