biografia de Xica
Xica Manicongo, trazida ao Brasil em 1591 como escravizada, é considerada a primeira travesti documentada do país e uma figura emblemática da resistência e identidade travesti negra. Originária do Congo, seu nome social, que remete à realeza de seu reino, reflete sua dignidade e resistência frente às opressões que enfrentou. Em Salvador, Xica desafiou constantemente a desumanização e o racismo, recusando-se a se conformar com os padrões impostos pelos colonizadores, mesmo sob severas ameaças e perseguições. Sua ousadia e resistência culminaram em uma condenação cruel, onde foi queimada viva e teve seus descendentes desonrados pela Igreja, que se opunha a sua identidade e forma de viver.
VAI UMA MÚSICA AÍ?
A música ‘Amor Amor’ de Linn da Quebrada é uma poderosa manifestação de amor, identidade e resistência. A letra começa evocando Xica Manicongo, uma figura histórica que representa a luta contra a opressão e a busca pela liberdade.
legado
Apesar das tentativas de apagamento e violência institucional, o legado de Xica Manicongo permanece vibrante e inspirador. Hoje, Xica Manicongo é uma figura central na luta por direitos e reconhecimento das pessoas trans e travestis, especialmente no Brasil, onde o preconceito ainda persiste. Sua memória inspira ativistas, artistas e estudiosos, servindo como um farol de resistência e afirmando a importância de uma sociedade inclusiva e justa, onde todas as identidades sejam respeitadas e celebradas.