Título: Professor Titular
Laboratório: Sala 238/240
Telefone: 55 (11) 3091-7388
E-mail: niels@icb.usp.br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8098379714093877
Researcher ID: http://www.researcherid.com/rid/G-8336-2011
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5436-1248
Site: http://www.icb.usp.br/~niels/
Alunas (os): Anna Karolina Oliveira (IC), Luís Eduardo Gonçalves (M), Vitor Pedro Targhetta (M), Daniel Marconi (DD), Luisa Menezes Silva (D), Tamisa Seeko Honda (D), Matheus Fragas Garcia (D), Jefferson Antônio Leite (D), Marcella Cipelli (D), Raquel Vieira (D) e Lais Cavalieri (D).
Pesquisadoras (es): Juliana Gomes (PD), Orestes Foresto Neto (PD), Magaiver Andrade (PD), Paulo José Basso (PD), Araceli Hastreiter (PD) e Silviene Novikoff (PD).
Apoio técnico: Meire Ioshie Hiyane (Especialista de Laboratório).
Imunometabolismo: O metabolismo celular está intimamente relacionado as alterações fenotípicas e funcionais das células do sistema imune. A glicólise, beta-oxidação de lipídeos, glutaminólise e fosforilação oxidativas são usadas por diferentes células em diferentes momentos de diferenciação, ontogênese e polarização. Ainda, modificações físicas nas mitocôndrias, como fissão e fusão, influencia o perfil metabólico e funcional das células do sistema imune. Da mesma forma, drogas que inibam ou favoreçam uma via em detrimento da outra pode modificar o perfil fenotípico e funcional das células do sistema imune. O controle das vias metabólicas é mediado por moléculas como a Sirtuína e envolve regulação epigenética. Sensores metabólicos como AMPK, mTOR e HIF modulam também esta reprogramação metabólica nas células do sistema imune. Finalmente, mudanças metabólicas podem afetar respostas fundamentais para a sobrevivência das células como as vias de reparo de DNA. O nosso grupo estuda estas vias em diferentes modelos de inflamação, incluindo em Zebrafish, na intenção de desvendar os mecanismos envolvidos no crosstalk metabolismo celular-resposta imune.
Interação microbiota, obesidade, ácidos graxos e inflamação: Nos últimos anos, vários grupos de pesquisa nacionais e internacionais, incluído o nosso, vêm mostrando de forma consistente o papel da resposta inflamatória em algumas doenças renais. Apesar dos avanços terem sido mais proeminente em modelos animais, os dados gerados indicam fortemente que as lesões renais agudas e crônicas são influenciadas pela resposta imune, considerada estéril, dirigida contra compartimentos no néfron. Considerada hoje uma epidemia, as doenças renais apresentam enorme impacto social e econômico com grande morbi-mortalidade para os pacientes. Mais recentemente, novas moléculas, hormônios e subtipos celulares foram identificados e mostrados participar de várias doenças inflamatórias. Com as mudanças de estilo de vida, novos fatores foram acrescentados a lista de co-morbidades as doenças renais, como a obesidade. Juntamente com isso, novos hormônios relacionados à adipogenicidade, alterações de microflora intestinal, produtos da fermentação destas bactérias (ácidos graxos de cadeia curto) e moléculas inflamatórias passaram a ter um papel importante na fisiopatogenia da lesão renal.
Papel da resposta imune inata e adaptativa na lesão renal aguda: A lesão de isquemia/reperfusão (IR) é o principal fator etiológico da insuficiência renal aguda (IRA), e forte fator de impacto negativo para o desenvolvimento da nefropatia crônica do enxerto. Recentemente, alguns estudos mostraram que a lesão de IR desencadeia uma resposta inflamatória, participando varias células e moléculas do sistema imune. Nós nos interessamos a estudar o papel dos receptores símiles ao Toll, ao Nod e os inflamassomas e, mas especificamente, o papel do linfócitos T, neutrófilos e macrófagos na patogênese desta lesão. Nossos resultados demonstram que as vias TLR4, NOD1 e NLRP3 estão precocemente envolvidos na lesão renal inicial e que o subtipo linfocitário T CD4+ Th1 é o principal agente agressor desta lesão.
Modelagem de doenças em Zebrafish: O zebrafish (Danio rerio), também conhecido como paulistinha ou peixe-zebra, tem muitas vantagens como modelo experimental. Este peixe possui a interessante característica de realizar fertilização externa com ovos transparentes que, quando fertilizados, se desenvolvem rapidamente podendo formar um embrião completo em 24 horas. A alta capacidade de regeneração do zebrafish de diversos órgãos como o sistema nervoso central, coração, rins e fígado, torna o modelo interessante para estudar doenças inflamatórias. Em relação ao sistema imunológico do zebrafish, eles compartilham células análogas aos neutrófilos, macrófagos, células dendríticas, linfócitos B e T dos mamíferos. O laboratório estuda a resposta imune em modelos de doenças inflamatórias em Zebrafish como ferramenta de buscar mecanismos para doenças e ações de novas drogas terapêuticas.
Células-Tronco e regeneração renal: As células-tronco hematopoiéticas e as não hematopoiéticas, as células-tronco mesenquimais, são células com plasticidade suficiente para regenerar tecidos e restaurar as funções fisiológicas em órgãos danificados. O laboratório estuda os mecanismos imunológicos envolvidos no tráfego destas células para dentro do rim em modelos de doença renal aguda e crônica, sua plasticidade em se diferenciar em células tubulares e sua capacidade de modular resposta inflamatória em modelos de transplante de órgãos e lesão aguda renal.
Células Reguladoras e transplante de órgãos: Atualmente, a indução de tolerância permanece como a única estratégia para aumentar a sobrevida dos enxertos sem ocasionar danos tóxicos ao enxerto. As células T CD4+CD25+, ou T reguladoras, e as células NKT foram bem caracterizadas nesta última década, tendo sido descritas em humanos, em doenças autoimunes, infecções virais, tumores e transplante de órgãos. O laboratório interessa no estudo de sua frequência, seu padrão de produção de citocinas, sua especificidade e de seu tráfego em humanos, principalmente em transplante de rim.
Genes protetores: heme-oxigenase 1 e rim: A heme oxigenase 1 (HO-1) é considerada um gene protetor com atividades anti-apoptóticas, anti-proliferativas e anti-inflamatórias. A hiperexpressão de HO-1 em rim submetidos a IR limita os danos ocasionados pela isquemia. Em modelos experimentais de rejeição crônica, a HO-1 é capaz de suprimir as lesões ateroscleróticas, patognomônicas da lesão crônica. Entretanto, a expressão de HO-1 pode ser regulada por um polimorfismo no seu promotor e pelo uso de imunossupressores. O laboratório tem interesse em estudar o papel da HO-1 nas lesões renais agudas, e nas varias situações clínicas pós-transplante renal, em modelos “in vitro” de transdiferenciação epitélio-mesenquimal e “in vivo” de lesão renal aguda.
Financiamento das pesquisas: FAPESP, CNPq, ROTRF, Genzyme, NIH.
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