Resultado
“Por uma política de preservação da memória
da docência e da pesquisa na USP”
José Francisco Guelfi Campos
Lílian Miranda Bezerra
Ao longo do desenvolvimento do projeto pudemos confirmar a hipótese que levantamos: há, de fato, arquivos pessoais de ex-professores em quase todas as unidades visitadas. Em alguns casos, esses acervos vêm sendo preservados em centros de memória, pequenos museus e bibliotecas. Em muitos outros, permanecem deslocados, sem destino definido, constituindo um problema que exige solução.
Justamente por representarem o dia-a-dia das atividades de docência e pesquisa, em outros termos, e sob a óptica de seus agentes, os seus estágios intermediários, pois documentam etapas destas atividades não necessariamente publicadas ou publicáveis, esses acervos dão conta de uma parcela da memória institucional não contemplada pela política vigente (atenta, sobremaneira, aos produtos publicados, dissertações e teses) e permitem contar a história da universidade sob novo ponto de vista.
Com o banco de dados DOCERE, acreditamos cumprir o objetivo principal desse projeto: mensurar e evidenciar o tamanho do problema. Apenas na Cidade Universitária do Butantã 173 arquivos de professores aposentados ou falecidos foram mapeados, dos quais, 103 aguardam um destino. Esperamos que os resultados desse trabalho estimulem e mobilizem a comunidade uspiana a enfrentar a questão e que sirvam como convite ao desafio de preservar um acervo rico e multifacetado que não deixa de representar uma parte relevante da história da docência e da ciência no Brasil.