Ministrante:
Ma. Xenia Roque Benito (Coordenação) – Doutoranda em Estética e História da Arte. Linha de Pesquisa: História e Historiografia da Arte. Interunidades Estética e História da Arte. Universidade de São Paulo.
Dra. Mariela Brazón Hernandez – Professora Associada da Universidade Federal da Bahia.
Ementa:
Este curso tem como principal objetivo o estudo histórico-crítico de um dos movimentos de vanguarda implantados em Latino-américa, o surrealismo. Com uma perspectiva abrangente, revisará seus conceitos chaves – arte coletiva, automatismo psíquico e pintura onírica -, delineados desde o primeiro Manifesto Surrealista (1924), perfilados através de muita controvérsia ao longo das três décadas de existência, e ainda cerceados pelo não menos importante avanço na época das tendências abstratas e geométrico-construtivas.
Partindo de uma análise do contexto e da feitura formal, o curso abordará os emblemáticos Frida Kahlo, Wifredo Lam, Roberto Matta, Remedios Varo e Leonora Carrington, cuja obra é indissociável de um manejo do repertório de substrato surrealista que inclui o desenho automático, frotage, colagem, inconsciente coletivo e pintura onírica; e cujo diálogo com os teóricos do grupo acabou revertendo em prolixas realizações conjuntas, sendo partícipes de exposições internacionais dedicadas ao surrealismo e publicações antológicas.
Conjuntamente, será possível debater a recepção por parte de escritores e historiadores hispano-americanos que interpelaram o termo “surrealismo”. Por este motivo, a sequência de encontros traz conjuntamente com as análises de obras alguns tópicos de interesse e de perfil mais teóricos, tais como primeiras aparições do termo “surrealista” na região, fatos que contribuíram para a adoção generalizada do termo, e se este é ajustável à mera assimilação do arcaico e à índole popular, mesmo não estando à par das concepções bretonianas.
Desenvolvimento e Cronograma:
De 7 a 9 de maio – Das 9h às 10h30
Primeira sessão (07/05/2019) – Introdução. Chegada do surrealismo à América e primeiras viagens a México (1936-1938) e sua resultante: a Exposição Internacional do Surrealismo (Paris, 1940).
Segunda sessão (08/05/2019) – Década de 1940: o movimento diaspórico surrealista nas Américas. Viagens às Antilhas. Exposições e chegada aos Estados Unidos;
Terceira sessão (09/05/2019) – O surrealismo e seus contrapontos: feminino-masculino (o caso mexicano) e surrealismos ortodoxos e surrealismo epilogal. Interferências com a literatura e surgimento das categorias “Realismo Mágico” e “Vivismo Muerto”.
Bibliografia:
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