CEM realiza palestras sobre políticas públicas

Em fevereiro pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cepid) realizam palestras no SESC/SP- Centro de Pesquisa e Formação, ambas das 19 às 21 horas.

 

Em fevereiro pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cepid) realizam palestras no SESC/SP- Centro de Pesquisa e Formação, ambas das 19 às 21 horas.

23/02 – Condições habitacionais e urbanas no Brasil- com Eduardo Cesar Marques (pesquisador do CEM e professor livre-docente do Depto. de Ciência Política da USP).

25/02 – Políticas públicas, cidadania e desigualdades territoriais – com Marta Arretche (diretora do CEM e professora titular da USP).

O primeiro encontro discute a trajetória das condições urbanas nas cidades brasileiras desde 1960 até 2010, tendo como base informações dos censos demográficos do IBGE, principalmente as relativas a domicílios e acesso à infraestrutura urbana, como coberturas de serviços de abastecimento de água, redes de esgoto, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica. Embora os dados censitários apresentem limitações para a análise de condições urbanas, principalmente as de serviços urbanos, foram os únicos coletados de forma abrangente com metodologia unificada. Em termos médios, as condições urbanas melhoraram de forma substancial ao longo do tempo, sendo inquestionável a redução das desigualdades de acesso a melhores condições urbanas em sentido geral. Entretanto, a análise indica a persistência de problemas de duas ordens: as evidentes dificuldades no fornecimento de certos serviços, especialmente coleta de esgotos, dada a prevalência de coberturas muito baixas; e a permanência de importantes desigualdades regionais e sociais (entre grupos) no acesso aos serviços.

O segundo encontro analisa a trajetória das condições de bem-estar de 1970 a 2010, tomando como unidade de observação os municípios brasileiros, bem como, a trajetória do PIB per capita, da concentração de pobres e da cobertura de serviços de infraestrutura física. Nos últimos 40 anos, a prosperidade – entendida aqui como sinônimo de bem-estar, que envolve a renda e o acesso a serviços – ocorreu em estreita associação com a expansão da renda per capita e a redução do percentual de pobres, sem que seja possível determinar a direção da causalidade. Por outro lado, se estas dimensões são dissociadas, ao lado da prosperidade geral, a desigualdade de riqueza entre os municípios brasileiros permaneceu rigorosamente estável, a desigualdade territorial da concentração da pobreza aumentou e diminuíram as desigualdades no acesso a serviços básicos de energia elétrica, água e esgoto, coleta de lixo e níveis de escolaridade.

Inscrições abertas pelo site: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/trajetorias-das-desigualdades-politicas-publicas