A pesquisa

O SP-PROSO é um estudo epidemiológico de corte transversal desenvolvido com uma amostra representativa de alunos  matriculados e cursando o 9º ano do Ensino Fundamental II em escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares do município de São Paulo.

Objetivos

O componente de pesquisa do SP-PROSO teve como objetivo conhecer a frequência (prevalência) de envolvimento dos alunos com a violência e o bullying (como vitimas e perpetradores) e investigar possíveis fatores de risco e proteção. Os fatores de risco/proteção investigados incluem características sociodemográficas, individuais, familiares e contextuais. Adicionalmente, buscamos realizar análises comparativas entre São Paulo, Montevidéu e Zurique, outras cidades onde a pesquisa foi realizada. 

 

mapa_escolas

 A nossa amostra e a coleta de dados

Participaram da pesquisa alunos de 9º ano do Ensino Fundamental II,  de 119 escolas municipais, estaduais e particulares do município de São Paulo, escolhidas de forma aleatória. A coleta de dados ocorreu entre 9 de agosto e 23 de novembro de 2017 e consistiu na resposta, por parte dos alunos e dos diretores escolares, de questionários estruturados e anônimos.

Pesquisadores treinados acompanharam os alunos em sala de aula durante o preenchimento. A resposta ao questionário ocorreu na ausência dos professores ou outros profissionais da escola. Os pesquisadores aferiram peso e altura dos participantes após a entrega do questionário preenchido. A amostra final foi de 2.702 alunos, sendo que 2.680 responderam a mais de 80% do questionário e foram incluídos na análise. Informações sobre a estrutura escolar foram obtidas também através da observação sistemática do ambiente escolar pelos pesquisadores, usando, para registro, um guia estruturado de observação.

Aspectos éticos

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (parecer 1.719.856), pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) (parecer 2.014.816) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Criminologia da Universidade de Cambridge. Foi realizado com anuência da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEESP) e da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura do Município de São Paulo (SME/SP) e a participação de todas as escolas foi voluntária.

Nas escolas participantes foi solicitado o agendamento de uma reunião com os pais dos alunos com objetivo de apresentar o projeto e esclarecer dúvidas. Adicionalmente, uma carta e um folder com informações sobre o projeto foram dados aos diretores das escolas para que fossem entregues aos pais. A recusa dos pais poderia ser informada para a direção da escola ou para a coordenação ou equipe da pesquisa durante a reunião. Para os adolescentes cujos pais não recusaram a participação, foi entregue em sala de aula o questionário para autopreenchimento juntamente com um Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). Participaram da pesquisa apenas os alunos cujos pais não manifestaram recusa e que, adicionalmente, concordaram eles próprios em participar através do TALE.

Além disso, nenhuma informação que permitisse identificação do aluno ou da escola foi solicitada. Escolas e alunos são identificados, no questionário, por um número, não sendo possível romper com o anonimato. Os dados estão sendo usados somente para fins de pesquisa.