Os métodos substitutivos têm como objetivo evitar ou substituir o uso de animais em ensino e pesquisa, representando o princípio da substituição dos 3Rs (Redução, Refinamento e Substituição) na experimentação animal. No entanto, é importante esclarecer que, atualmente, a substituição total do uso de animais, especialmente nas áreas de pesquisa e ensino, ainda não é viável. Por isso, é fundamental a utilização de tecnologias já existentes e o desenvolvimento de novas técnicas que visem à substituição e ao refinamento. Isso nos permitirá avançar para um futuro mais humanitário em relação ao uso de animais vivos.
Com o objetivo de minimizar possíveis erros durante o treinamento de indivíduos inexperientes na manipulação de animais, desenvolvemos um modelo de roedor feito de couro. Este modelo permite que procedimentos como contenção e aplicação de injeções sejam praticados antes de lidar com um animal vivo. Dessa forma, ele funciona como uma etapa de refinamento no treinamento de técnicas, evitando estresse e possíveis acidentes tanto para o animal quanto para quem o manipula.
Este modelo foi incluído no Repositório de Métodos Substitutivos ao Uso de Animais em Ensino do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), e pode ser encontrado neste link.
As especificações do modelo foram projetadas para garantir a fidelidade aos aspectos morfológicos do animal real (tamanho, peso, espessura da pele), além de oferecer um bom custo-benefício. Ao utilizar o modelo de couro, é possível simular procedimentos como contenção, posicionamento e realização de injeção intraperitoneal, de maneira muito semelhante aos procedimentos realizados com animais vivos.
Seguindo mesmo objetivo do modelo de rato em tecido de couro natural, minimizar possíveis erros durante o treinamento de indivíduos inexperientes na manipulação de animais, também desenvolvemos um modelo de cauda de rato feito de silicone. O modelo foi desenvolvido para que as técnicas aplicadas na região da cauda possam ser treinadas sem a utilização de animal vivo, garantindo maior segurança e bem-estar para os animais e quem os manipulariam. Este modelo também foi incluído no Repositório de Métodos Substitutivos ao Uso de Animais em Ensino do CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), e pode ser encontrado neste link.
No modelo, técnicas de administração de substâncias por via intravenosa e coletas de sangue pelas veias da cauda podem ser exercitadas de maneira fidedigna. Para atingir esse objetivo, as características da cauda de sílicone foram feitas para serem bem próximas e a de um animal vivo (largura, comprimento, resistência à perfuração).