1931
Nasce em Englefield, Inglaterra, em 16 de fevereiro, filha do diplomata argentino Adolfo Scilingo e da pintora inglesa Sheila Brannigan.
Cruzamentos
1931 - 1947
Mora em diversos países: Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, Colômbia, Argentina e Suíça.
1939
Início da 2ª Guerra Mundial e ascensão de regimes totalitários pelo mundo.
1940
O MoMA cria um Departamento de Fotografia no museu, estabelecendo parâmetros para inaugurar uma História da Fotografia, que se tornou uma narrativa de referência. Surge o movimento do "Expressionismo abstrato" ou "Escola de Nova York" nos EUA. Entre os artistas mais destacados dessa vanguarda artística, destacam-se Jackson Pollock (1912–1956), Willem de Kooning (1904–1997) e Mark Rothko (1903–1970), entre outros.
Cruzamentos
1942
Publicação de Balinese Character - A photographic analysis de Margaret Mead e Gregory Bateson.
1945
Fim da 2ª Guerra Mundial.
1947
Fundação do MASP, na Rua 7 de Abril, por Assis Chateaubriand, que convidou o crítico e marchad italiano Pietro Maria Bardi para dirigi-lo e constituir seu acervo. Lina Bo Bardi desenvolveu o projeto arquitetônico e expográfico do museu.
1951
Criação do Laboratório de Fotografia do MASP.
1952
Chega a São Paulo e viaja a Buenos Aires pouco tempo depois. Na Argentina, descobre a pintura e casa-se com seu primeiro marido, José Antonio Carbonell, com quem teve sua primeira filha, Kira Carbonell. É no início da década de 1950 que faz suas primeiras fotografias.
1955
Viaja a Paris com a amiga Henrietta Mantooth para estudar na academia de André Lhote. O ateliê ficava na Rue Odessa, n. 18, em Paris. Muitos artistas brasileiros passaram pela academia de Lhote, como Vicente do Rego Monteiro, Tarsila do Amaral, Iberê Camargo, Francisco Brennand, Ione Saldanha, Vera Mindlin, entre outros.
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1955
Lançamento da exposição e do livro organizados por Edward Steichen: The Family of Man. A exposição reuniu 503 fotos captadas em 68 países diferentes, foi exibida ao longo de 8 anos em diferentes países e vista por mais de 9 milhões de pessoas.
1956
Conhece o pintor Lasar Segall em São Paulo.
1957
Novamente acompanhada da amiga Henrietta Mantooth, viaja aos Estados Unidos para estudar na Art Students League, onde teve aulas com o pintor Morris Kantor. No final de 1957, fixa-se no Brasil.
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1958
Surgimento da Bossa Nova, a partir da experimentação de um grupo de compositores. O livro do fotógrafo suíço Robert Frank, The Americans, é publicado na França. Em 1959, o livro é publicado nos Estados Unidos.
1960
Abandona a pintura e passa a dedicar-se exclusivamente à fotografia. Trabalha como freelancer para a New York Times. Casa-se com Jacques Bisilliat, com quem tem sua segunda filha, Sophia Bisilliat. É nessa década que passa a elaborar suas equivalências fotográficas.
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1963
O Código Civil de 1916 restringia a liberdade das mulheres. Foi somente com Estatuto da Mulher Casada, em 1962, que a mulher passou a ter autonomia para viajar livremente.
1964
Golpe de 1964. Início da Ditadura Civil-Militar no Brasil.
1966
Criação da revista Realidade, da Editora Abril.
1966
Primeiro ensaio fotográfico, Pele preta é exposto no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Passa a fazer parte das equipes da Revista Realidade e da Revista Quadro Rodas.
1967
Lançamento do fotofilme A João Guimarães Rosa em parceria com o professor da ECA Marcelo Tassara.
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1967
Criação da FUNAI, que substitui o Serviço de Proteção ao Índio. Início do Movimento tropicalista.
1968
Publicação do ensaio Caranguejeiras na Revista Realidade.
1968
Promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Batalha da Maria Antonia. Transferência do MASP para a sede da Avenida Paulista.
1969
Publicação do ensaio A batucada dos bambas com David Zingg. Publicação do primeiro fotolivro, A João Guimarães Rosa, diálogo que estabelece com o escritor.
1970
Passa a fazer parte da Comissão do Setor de Fotografia do MAC-USP, com Claudia Andujar. Recebe a bolsa de pesquisa norte-americana John Simon Guggenheim Memorial Foundation.
Cruzamentos
1971
Projetos de desenvolvimento econômico na Amazônia (Governo Militar).
1972
Dá aulas de fotografia na Enfoco, única escola de São Paulo especializada em fotografia na época. A Enfoco ofereceu cursos entre 1968 e 1976. No link, podemos ver algumas memórias da escola de fotografia.
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1973
Faz sua primeira viagem ao Xingu com os irmãos Villas Boas. Inaugura a Galeria O Bode.
1975
Participação da XIII Bienal de São Paulo com a sala Xingu/terra.
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1977
Publicação do segundo fotolivro A visita, que conversa com poemas de autoria de Carlos Drummond de Andrade.
1978-1979
Publica os livros Xingu: detalhes de uma cultura e Xingu: território tribal.
1978
Criação da Comissão Pró-Índio São Paulo (CPI-SP), composta por antropólogos, juristas, médicos e outros cidadãos engajados na pauta indigenista.
1982
Recebe uma bolsa de pesquisa do CNPq. Publica seu terceiro fotolivro Sertões: luz e trevas, seu diálogo com Euclides da Cunha. Seu filme Xingu/terra é selecionado para abrir o Margaret Mead Film Festival, em Nova York, acompanhado de exposição de suas fotografias do Xingu.
1982
Mario Juruna, líder xavante do centro-oeste brasileiro, é eleito o primeiro deputado federal indígena.
1984
Publica seu quarto fotolivro O cão sem plumas, onde suas fotos são orquestradas com um poema de João Cabral de Melo Neto. Recebe bolsa de pesquisa da FAPESP.
1984
Movimento Diretas Já.
1985 - 1986
Em 1985, publica o livro Terras do Rio São Francisco. Realiza o filme O turista aprendiz, inspirado no livro homônimo de Mário de Andrade na Amazônia. Participa da XVIII Bienal de SP com uma sala especial dedicada a O turista aprendiz.
Filme Decantando as águas, feito durante a viagem que deu origem a O turista aprendiz revisitado
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1988
Promulgação da Constituição de 1988.
1988
É convidada por Darcy Ribeiro a constituir um acervo de arte popular latinoamericana, que irá se tornar o Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro, da Fundação Memorial da América Latina. Esse pavilhão possui acervo permanente de 4 mil peças de arte popular do Brasil, México, Peru, Equador, Guatemala, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai.
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1995
Publica seu quinto fotolivro Chorinho doce, feito em parceria com Adélia Prado e o livro Guerreiros sem espadas - Experiências revistas dos irmãos Villas-Boas.
1996
Publica seu sexto fotolivro, Bahia amada / Amado ou O amor à liberdade & A liberdade no amor, um diálogo com o escritor Jorge Amado.
1999
Lançamento do fotofilme Bahia amada amado em parceria com o professor da ECA Marcelo Tassara.
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2003
Obra fotográfica incorporada pelo IMS. Publica o livro Aqui dentro: páginas de uma memória, sobre sua experiência em meados de 1980 junto à filha Sophia Bisilliat e Eda Tassara, documentando o grupo Teatro no Presídio, no Carandiru. Viaja novamente ao Xingu
Cruzamentos
2009
Exposição retrospectiva Fotografias: Maureen Bisilliat no Centro Cultural FIESP e publicação do catálago da mostra.
2010
Início da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu (PA).
2016
Golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff.
2018
Eleição de Jair Bolsonaro. Ameaça à demarcação de territórios indígenas. Aumento crescente das áreas de garimpo ilegal, desmatamento e queimadas em áreas de preservação ambiental e em territórios indígenas.
2019
Lançamento filme Equivalências: aprender vivendo. Abertura da exposição Escrever com a imagem e ver com a palavra: Fotografia e literatura na obra de Maureen Bisilliat, no IMS Rio.
2020
Exposição Agora ou nunca – devolução: paisagens audiovisuais de Maureen Bisilliat, no IMS Paulista.
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2020
Exposição Ecolines na Galeria Marcelo Guarnieri.
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2020
Série Perspectivas.
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2020
Início da pandemia de covid-19.
2022
No dia do aniversário de 91 anos de Maureen, foi inaugurada no MIS o Espaço Maureen Bisilliat, uma sala que homenageia a fotógrafa. Na mesma ocasião, houve a abertura da exposição coletiva ARCHIPELAGO, da qual ela era a madrinha.
Referências bibliográficas
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Maureen Bisilliat