Segundo o Censo Demográfico de 2010, cerca de 29,9 milhões de brasileiros residem em áreas rurais (IBGE 2010) e, devido a dificuldade de implementação do saneamento básico, essas áreas apresentam grande carência desses serviços. O mesmo Censo aponta que o principal problema nas áreas rurais é o esgotamento sanitário, tendo 54,2% dos domicílios com acesso precário e 28,6% sem acesso. Diante dessa problemática e aspirando cada vez mais o rompimento da fronteira entre universidade surge o Núcleo Assentamento no GEISA. 

O contato do grupo com a comunidade assentada inicia-se em 2013 com visitas periódicas ao Assentamento Comunidade Agrária Nova São Carlos, e a partir de então buscou-se entender as demandas e o contexto no qual as famílias se encontravam. Entendendo melhor as demandas, foram escolhidas as famílias que receberiam as tecnologias sociais nos seus lotes. 

A primeira tecnologia implementada foi o banheiro seco, que consiste em um sistema de tratamento de esgoto sem o uso da água.  No lote de outra família, em 2016 foi implantada a tecnologia de tratamento de efluentes domésticos denominada “Fossa Séptica Biodigestora por Bombonas”.

Conforme as implantações das tecnologias percebeu-se que a visão do grupo sobre o assentamento poderia ser ampliada se houvesse um registro prévio sobre as condições das famílias assentadas, e esses registros também facilitariam as discussões para escolhas das famílias. Então em 2017 o núcleo realizou um diagnóstico quantitativo abrangendo 38 famílias assentadas.

Com os diagnósticos, no segundo semestre de 2017, foi escolhido uma terceira família para implantação de um Tanque de Evapotranspiração, uma tecnologia de saneamento alternativo utilizada também para o tratamento de águas negras. A divulgação desse trabalho teve grande repercussão, Sites como o G1, realizou reportagem com o grupo sobre todos os trabalhos feitos no assentamento Nova São Carlos, permitindo maior reconhecimento ao grupo frente a universidade. 

Entrevista no G1

Em 2019 foram implantadas duas novas tecnologias, no primeiro semestre, buscando o tratamento alternativo de águas negras, construiu-se um tanque séptico seguido de um tanque com filtro anaeróbio. 

E, a última tecnologia aplicada foi no Segundo semestre 2019, no qual o núcleo dimensionou um sistema de captação de água da chuva conjunto filtro de remoção física, atendendo assim a demanda específica da família escolhida.