Ação & Interação – Um motivo a mais

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Um motivo a mais

No último ano do Ensino Fundamental II, Matheus teve aula com o professor Ricardo, ele lecionava História. No último ano, eles começam a matéria pelo Imperialismo e desde o primeiro instante, Matheus percebeu que o novo professor não era comum.

O primeiro ponto que Matheus notou em Ricardo, foi uma pasta que parecia ser de couro que ele carregava juntamente de uma mochila, o que o fazia questionar o que havia ali; o segundo ponto foi a proximidade com que Ricardo falava de História, como se fossem amigos de longa data e se conhecessem tão bem, que formalidades triviais que outros professores antes dele usaram, parecia desnecessário; o terceiro ponto foi o fato do professor aparentar ter no máximo 30 anos; por fim, o quarto e último ponto a se dizer sobre Ricardo, é que na segunda aula que tiveram, ele contou que a cada bimestre presentearia o aluno com melhor nota.

Os alunos em geral gostaram dele, mas nenhum acreditou muito no tal presente que Ricardo traria para o melhor, exceto Matheus e mais 3 colegas de outra turma.

Ao final do bimestre, Matheus foi quem se saiu melhor nas provas, fato motivado tanto pela familiaridade que passou a sentir com a matéria, como pelo fator do prêmio que lhe intrigava.

Quando fazia a prova, ele percebeu como o professor era astuto, pois este colocava questões relativamente simples, mas com respostas que se diferenciavam por meras nuances, de forma que isso aguçou seu senso de atenção e reconhecesse esse método anos depois quando prestou vestibular pela primeira vez.

O prêmio foi um par de ingressos para a pré-estreia do filme de super heróis do ano (uma paixão que existia em Matheus desde seus 3 anos de idade), e que o professor também compartilhava.

No bimestre seguinte, ele e as turmas descobriram que a pasta continha um projetor, o qual o professor usaria a partir dali para mostrar o conteúdo das aulas através de filmes, clipes, etc., com a intenção (mais do que bem vinda) de capturar a atenção dos alunos e mantê-los interessados.

Aquele ano foi especial para Matheus, pois ele sentiu pela primeira vez que estudar era mais do que necessário e mais do que um dever, era um grande prazer.

Em seu Ensino Médio, Matheus levou consigo esse fato e passou a absorver todo seu aprendizado de forma semelhante ao que o professor Ricardo havia lhe passado, de forma que em seu segundo ano, em uma aula mais livre de literatura, desenvolveu um conto de terror, que falava de um assunto muito delicado que ele já havia visto algumas colegas e amigas relatarem: O assédio.

O simples conto de tema tão profundo, acendeu nele o gosto por criar histórias, e o levou junto da professora responsável pela matéria, a desenvolverem um curta metragem que serviu para que a escola falasse sobre o assunto e que ele descobrisse sua vocação.

Ele entendeu que gostaria de seguir a carreira de cineasta, e passou a ter mais um motivo para estudar para o vestibular, e assim, ele seguiu, estudou (e se lembrou de Ricardo e da professora do Ensino Médio) e por fim, mas sem ser o fim, iniciou os estudos na área que lhe despertou.

 

Link para matéria com mais práticas inovadoras na Educação: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/colegio-imaculada/instituto-educacional-imaculada/noticia/2020/12/10/teatro-na-escola-a-importancia-da-atividade-no-desenvolvimento-do-aluno.ghtml

 

Veja o próximo texto: http://sites.usp.br/tecnologiaseducom/acao-interacao-inovacao/

 

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