Projeto Diversidades e Inclusão Social em Direitos Humanos inicia suas atividades

Com 15 mil inscritos, maioria mulheres, a formação terá seis meses de duração

Podemos viver juntos? Esta é a pergunta desencadeadora que dará início no próximo sábado, 05 de fevereiro, das 9 às 13 horas, à formação Diversidades e Inclusão Social em Direitos Humanos. A pergunta tem o objetivo de gerar incômodo e de fazer pensar os debates que virão. Com apresentação da jornalista e doutoranda Ma. Eliane de Souza Almeida e mediação do Prof. Dr. Gustavo Menon, será ministrada a aula inaugural. Na ocasião, o coordenador do projeto, Prof. Dr. Alessandro Soares, e o vice-coordenador, Prof. Dr. Dennis de Oliveira, discutirão sobre a Dialética da Inclusão/Exclusão, com participação da pós-graduanda Bárbara Cardoso.

A formação, aprovada em edital da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da USP (PRCEU), prevê aulas semanais, via plataforma Youtube e atividades na plataforma Moodle somente para aqueles que estão inscritos. Os que não estiverem inscritos podem acompanhar as aulas pelo canal Diversidades USP – YouTube . Aproveitem e se inscrevam no canal.

O desejo por transformação social é majoritariamente feminino

Com número recorde de inscritos, cerca de 15 mil pessoas, o perfil das pessoas interessadas na transformação social e nos direitos humanos é majoritariamente feminino e negro. Pessoas de todas as regiões do Brasil buscam, na formação, respostas para as demandas sociais da atualidade. O curso chamou atenção também de pessoas de diversos países da América Latina como Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Argentina, Chile. Cidadãos africanos vindos de Angola, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, e do Caribe como o Haiti e em menor proporção países europeus como Áustria, fazem parte do corpo discente que garantirá a riqueza dessa experiência.

O que chama a atenção, ao se analisar os perfis dos inscritos, é que 59% dos inscritos são pretos e pardos, 37% são brancos e com 1% de amarelos (orientais), 1% de indígenas e 1% que não souberam ou não quiseram se identificar. 78% das 15 mil pessoas inscritas são mulheres cis, 16% homens cis, 1% mulheres trans, 1% não binário e 3% preferiram não se identificar.

Dado interessante apontado pelo questionário de inscrição é para o fato de que 68% dos inscritos não fazem parte de nenhuma organização não governamental nem de nenhum movimento especificamente. Somente 30% responderam fazer parte de alguma entidade/movimento e 2% não respondeu.

Para além do módulo base e inicial sobre Direitos Humanos, comum a todos os inscritos, a formação também contará com uma segunda fase na qual serão oferecidos outros quatro módulos específicos. O tema Raça/Etnia teve 37% do total de inscritos, 35% de inscritos para o que trata de Desigualdades e Violência de Gênero, 16% para o que trata de Diversidade Sexual e 12% para o que trata de Imigrantes e Refugiados. 1% dos inscritos não indicou nenhum eixo específico.

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