Oficina “Aspirantes a pesquisadoras”

No dia 8 de março de 2021, dia internacional das mulheres, as pesquisadoras Elysandra Figueredo Cypriano, docente do Departamento de Astronomia do IAG/USP; Ester Borges, mestranda do Departamento de Ciência Política da FFLCH; Gabriela Ferreira, doutora em Relações Internacionais pelo IRI-USP e Janina Onuki, diretora do Instituto de Relações Internacionais da USP, trocaram experiências pessoais e profissionais com alunas do Ensino Médio de escolas públicas do estado de São Paulo. 

Na ocasião, as pesquisadoras instigaram a participação das meninas na ciência, tecnologia e inovação, pois a conjuntura atual do ambiente acadêmico exige uma maior representatividade, no caso a inclusão de mais mulheres nesse universo. Para isso, é necessário ressaltar que os modelos de trajetória feminina na ciência que temos hoje servem apenas como inspiração às pessoas, uma vez que esses modelos não são e nem devem ser simplesmente reproduzidos, visto que cada ser humano tem um potencial que o caracteriza. Tal realidade requer uma mudança de cultura escolar com o intuito de envolver novas histórias femininas dentro do contexto científico. 

Confira abaixo:

Oficina “Talentos em pesquisa na graduação”

A oficina “Talentos e pesquisa na graduação”, que fez parte de um ciclo de eventos destinados à comemoração do dia internacional da mulher, contou com a presença de Roseli de Deus Lopes, vice-diretora do IEA/USP, docente da POLI/USP e vice-coordenadora do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (CITI-USP) e, também, da Maria Vitória Bentley, pró-reitora adjunta da PRG/USP.

Um dos pontos altos da oficina foi a conscientização das estudantes de graduação da Universidade de São Paulo sobre os benefícios de participar de iniciação científica durante a formação acadêmica, enfatizando que mesmo que elas não tenham a intenção de ser cientistas, o fato de atuar em uma iniciação científica durante a graduação é importante para conhecer os métodos necessários para atingir o conhecimento científico e tecnológico. Entretanto, fazer parte de uma iniciação científica não é importante apenas para adquirir conhecimento sobre pesquisa acadêmica, afinal ela também serve para o desenvolvimento profissional direcionado às empresas. Algumas corporações contratam estudantes que fizeram iniciação científica, porque acreditam que estes estudantes são pessoas as quais geralmente sabem isolar problemas e, com isso, resolver ou atenuar conflitos da vida real, uma competência requisitada atualmente pelo mercado de trabalho. Para desenvolver o talento na pesquisa é essencial elaborar boas perguntas embasadas em leituras da área de interesse, visando adquirir autonomia sobre a coleta e/ou análise de dados. Desenvolver a postura de pesquisador significa aguçar os sentidos e a capacidade de observação da realidade, para pelo menos tentar responder os problemas que o cotidiano nos impõe como desafios. 

Confira abaixo:

Oficina “Pesquisa e inovação: da geração do conceito à concessão da patente”

Em mais um evento associado à jornada do Dia Internacional da Mulher, Zilda de Castro Silveira, docente e pesquisadora do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, expôs algumas reflexões sobre o patenteamento de projetos, sobretudo os relacionados às engenharias.

É interessante observar que a história do produto moderno está relacionada com as revoluções industriais: os artesãos, antes das indústrias, elaboravam utensílios para o consumo próprio. No entanto, desde o surgimento das fábricas, vários marcos científicos se fizeram presentes: das primeiras máquinas a base de vapor à eletricidade e às tecnologias mais recentes, baseadas em uma maior customização das mercadorias seguindo padrões de escalas na produção.  

E quando se fala de patentes logo nos vem à mente a figura do inventor. Ele, em algumas situações, pode defender com tanta paixão o seu trabalho que, às vezes, acaba negligenciando a importância dos resultados econômicos e sociais que a patente é capaz de proporcionar ao autor e à comunidade a que a ele pertence. O mundo corporativo trabalha com indicadores, por essa razão as patentes precisam se direcionar nesse sentido, pois os projetos devem ser visionários, combinado aplicabilidade na vida real com boas estratégias de marketing, a fim de atingir o mercado. Ademais, esses efeitos das patentes são fundamentais para gerar confiança na indústria, se possível reunindo a inteligência de diferentes profissionais para gerar inovação.    

Confira abaixo: