Consenso científico

Desde algum tempo, a ciência tem sido desacreditada por parte de grupos da sociedade civil. E com o surgimento da pandemia da COVID-19, tal realidade se tornou mais evidente, pois conta com o apoio de grandes redes de desinformação difundidas nas redes sociais. Acontece que as fake news envolvendo temas relacionados à saúde afetam todo o coletivo, na medida em que a utilização de medicamentos sem comprovação biomédica contra o coronavírus contribui ainda mais para a hospitalização das pessoas, porque fármacos usados de forma errônea, sem indicação médica e em dosagens excessivas afetam órgãos como o fígado, superlotando sem necessidade o serviço de saúde. Dessa forma, é preciso entender que o único caminho para sairmos dessa crise sanitária global é a defesa da ciência e, no momento, a vacinação em massa da população.

Confira o vídeo do Professor Helder Nakaya:

 

Oficina “Aspirantes a pesquisadoras”

No dia 8 de março de 2021, dia internacional das mulheres, as pesquisadoras Elysandra Figueredo Cypriano, docente do Departamento de Astronomia do IAG/USP; Ester Borges, mestranda do Departamento de Ciência Política da FFLCH; Gabriela Ferreira, doutora em Relações Internacionais pelo IRI-USP e Janina Onuki, diretora do Instituto de Relações Internacionais da USP, trocaram experiências pessoais e profissionais com alunas do Ensino Médio de escolas públicas do estado de São Paulo. 

Na ocasião, as pesquisadoras instigaram a participação das meninas na ciência, tecnologia e inovação, pois a conjuntura atual do ambiente acadêmico exige uma maior representatividade, no caso a inclusão de mais mulheres nesse universo. Para isso, é necessário ressaltar que os modelos de trajetória feminina na ciência que temos hoje servem apenas como inspiração às pessoas, uma vez que esses modelos não são e nem devem ser simplesmente reproduzidos, visto que cada ser humano tem um potencial que o caracteriza. Tal realidade requer uma mudança de cultura escolar com o intuito de envolver novas histórias femininas dentro do contexto científico. 

Confira abaixo:

Oficina “Talentos em pesquisa na graduação”

A oficina “Talentos e pesquisa na graduação”, que fez parte de um ciclo de eventos destinados à comemoração do dia internacional da mulher, contou com a presença de Roseli de Deus Lopes, vice-diretora do IEA/USP, docente da POLI/USP e vice-coordenadora do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (CITI-USP) e, também, da Maria Vitória Bentley, pró-reitora adjunta da PRG/USP.

Um dos pontos altos da oficina foi a conscientização das estudantes de graduação da Universidade de São Paulo sobre os benefícios de participar de iniciação científica durante a formação acadêmica, enfatizando que mesmo que elas não tenham a intenção de ser cientistas, o fato de atuar em uma iniciação científica durante a graduação é importante para conhecer os métodos necessários para atingir o conhecimento científico e tecnológico. Entretanto, fazer parte de uma iniciação científica não é importante apenas para adquirir conhecimento sobre pesquisa acadêmica, afinal ela também serve para o desenvolvimento profissional direcionado às empresas. Algumas corporações contratam estudantes que fizeram iniciação científica, porque acreditam que estes estudantes são pessoas as quais geralmente sabem isolar problemas e, com isso, resolver ou atenuar conflitos da vida real, uma competência requisitada atualmente pelo mercado de trabalho. Para desenvolver o talento na pesquisa é essencial elaborar boas perguntas embasadas em leituras da área de interesse, visando adquirir autonomia sobre a coleta e/ou análise de dados. Desenvolver a postura de pesquisador significa aguçar os sentidos e a capacidade de observação da realidade, para pelo menos tentar responder os problemas que o cotidiano nos impõe como desafios. 

Confira abaixo:

Oficina “Pesquisa e inovação: da geração do conceito à concessão da patente”

Em mais um evento associado à jornada do Dia Internacional da Mulher, Zilda de Castro Silveira, docente e pesquisadora do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, expôs algumas reflexões sobre o patenteamento de projetos, sobretudo os relacionados às engenharias.

É interessante observar que a história do produto moderno está relacionada com as revoluções industriais: os artesãos, antes das indústrias, elaboravam utensílios para o consumo próprio. No entanto, desde o surgimento das fábricas, vários marcos científicos se fizeram presentes: das primeiras máquinas a base de vapor à eletricidade e às tecnologias mais recentes, baseadas em uma maior customização das mercadorias seguindo padrões de escalas na produção.  

E quando se fala de patentes logo nos vem à mente a figura do inventor. Ele, em algumas situações, pode defender com tanta paixão o seu trabalho que, às vezes, acaba negligenciando a importância dos resultados econômicos e sociais que a patente é capaz de proporcionar ao autor e à comunidade a que a ele pertence. O mundo corporativo trabalha com indicadores, por essa razão as patentes precisam se direcionar nesse sentido, pois os projetos devem ser visionários, combinado aplicabilidade na vida real com boas estratégias de marketing, a fim de atingir o mercado. Ademais, esses efeitos das patentes são fundamentais para gerar confiança na indústria, se possível reunindo a inteligência de diferentes profissionais para gerar inovação.    

Confira abaixo:

Palestra “Bastidores de uma sinfônica – paixões e desafios da carreira do músico orquestral”

Em 2 de fevereiro de 2021, os convidados Cláudio Micheletti, spalla da OSUSP; Denise de Freitas Fukuda, violista da OSUSP; o Prof. Fábio Cury, diretor da OSUSP e professor do departamento de música da ECA-USP; Renato Kimachi, flautista da OSUSP e Vana Bock, violoncelista da OSUSP, integraram uma conversa sobre as particularidades da carreira de músico, especificamente do profissional de orquestra sinfônica. 

Um dos dilemas da categoria, assim como de qualquer profissional ligado às artes, é lidar com a descredibilidade de alguns setores da sociedade civil, visto que muitas vezes a carreira de músico é vista como apenas uma forma de entretenimento e não como profissão. Além disso, também possui desafios, como a necessidade de treinamentos repetitivos e solitários para assegurar a performance musical, exigência semelhante à dos atletas. Fazendo uma analogia com o mundo corporativo, o músico orquestral ocupa um espaço bastante verticalizado e repleto de protocolos em relação a vestimenta, por exemplo. Isso se reflete no engajamento do público com a música clássica, pois além da continuidade dessa estrutura elitista, inexiste incentivo governamental em promover a sua inclusão na educação básica do país. Por esta e outras razões, a carreira de músico de orquestra sinfônica ainda é considerada como tradicional. Mesmo levando em consideração toda essa austeridade do arquétipo do músico de orquestra, ele não deixa de ser responsável por difundir um tipo de arte, algo tão relevante para tornar as nossas vidas mais leves.  

Confira abaixo:

Palestra “Competências relevantes para o futuro do trabalho”

No dia 17 de novembro de 2020, o Prof. Dr. André Lucirton Costa, diretor da FEA-RP; o Pró-Reitor de Graduação Edmund Chada Baracat; o Prof. Eliezer (CG/FEARP); a Prof.ª Drª. Irene Miura (CCEx/FEARP); a Pró-Reitora de Cultura e Extensão Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado e a Profª Drª Tania Casado, diretora do ECar, fizeram parte do evento que teve a intenção de discutir as mudanças nas relações de trabalho no mundo contemporâneo. 

De um modo geral, os participantes debateram as transformações nas carreiras ao longo das últimas décadas. Sendo assim, os anos 1970 foram marcados pela estabilidade profissional, na medida em que havia uma importância simbólica da carteira de trabalho para a sociedade da época. Nos anos 1980, apenas as movimentações horizontais nas empresas eram recorrentes, pois a carreira era considerada uma árvore de cargos nas mesmas organizações. Nos anos 1990, houve inúmeras privatizações e terceirizações para fazer frente à concorrência do mercado internacional, gerando o empreendedorismo por necessidade em países como o Brasil. Nos anos 2000, a evolução das tecnologias aconteceu em uma velocidade mais acentuada devido à globalização. Desde aquele momento, mudou-se a lógica de funcionamento das instituições, onde a carteira de trabalho deixa de ter relevância. Consolida-se, dessa forma, a ideia de que a carreira é a sequência de experiências profissionais ao longo da vida. Nos anos 2010, ganham destaque as redes sociais da internet, a computação em nuvem, a cultura do compartilhamento nas corporações, entre outras inovações.  

Confira abaixo:

 

A CUCo como forma de ingresso na USP

No dia 06 de novembro de 2020, as parceiras estratégicas Cristiana Motta, Eveline Ianarelli, Murielle Reis, Sandra Moura e Sueli Campos, voluntárias no ECar, conduziram uma oficina destinada a estudantes de 2° e 3° anos de escolas públicas do Estado de São Paulo para conversar sobre uma das possibilidades de ingresso na Universidade, além do tradicional vestibular. Também participaram do evento Izadora Ferreira Santos, Jaqueline Cuevas Cortes, Lucas Teodoro, Luciana Monsynhatti Lima e Saanjh Su Kumar, membros da equipe ECar e ex-discentes de escolas públicas, com o intuito de incentivar o público por meio do depoimento de suas trajetórias de vida e carreira antes do ingresso na USP. 

Segundo o atual vice-reitor Antonio Carlos Hernandes, um dos idealizadores do projeto, a instituição só tem a ganhar com tal medida, trazendo para o espaço acadêmico jovens com talentos além do comum, pois a CUCo é uma olimpíada de conhecimento na qual a/o aluna/o compete com participantes de várias cidades do estado de São Paulo. Ao todo, o evento atingiu 37 pessoas de 22 cidades do estado de São Paulo. Entre as escolas participantes, estão 29 estaduais, 7 técnicas e 1 de aplicação. 

Além da divulgação da CUCo, as/os participantes responderam previamente uma pesquisa protagonizada pela professora Liliana Vasconcellos, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, com a intenção de identificar estilos de aprendizagem das/os alunas/os para auxiliá-las/os em seus planos de estudo. 

Por Letícia de Oliveira Ramos e Ricardo da Silva Domingos

Ben Pring, Tania Casado e as carreiras em 2028

Nas últimas décadas, tem-se verificado que as empresas exigem uma crescente especialização da força de trabalho. Nesse sentido, estudos de Ben Pring, chefe de liderança inovadora da multinacional em tecnologia Cognizant, sinalizam que até o final desta década surgirão 21 novas ocupações. Elas estarão inseridas nas 10 grandes áreas de atuação, conceito presente na análise de Tania Casado, docente da FEA e diretora do ECar USP. 

Sendo assim, ao correlacionar as 21 profissões do futuro de Pring com as 10 grandes áreas de atuação de Casado obtém-se o seguinte resultado:

  • Alfaiate digital: com o avanço crescente do e-commerce, será necessário um profissional que vá até a casa do usuário, pegue suas medidas com um sistema digital e faça os ajustes necessários em suas roupas e sapatos comprados na web.

           Área(s): socioambiental, transformação digital e inovação.

  • Analista de cidades cibernéticas: profissional deverá trabalhar com informações que incluam dados dos cidadãos e dos recursos dos municípios.

           Área(s): transformação digital, segurança, ética e infraestrutura.

  • Analista de computação quântica: o profissional atuará na área de machine learning (“aprendizado de máquina”, em inglês), principalmente com a integração com o aspecto quântico. 

           Área(s): transformação digital, educação e inovação.  

  • Chief Trust Officer: trabalhará ao lado de equipes internas de finanças e relações públicas. Vai gerenciar e aumentar a presença pública e privada em toda a esfera financeira, e sempre trabalhar com transparência nas finanças de uma organização.

           Área(s): ética, inovação, segurança e transformação digital.

  • Coach de saúde financeira: o profissional terá a função de um coach, e vai orientar sobre questões financeiras, os melhores investimentos e aplicações.

           Área(s): educação e segurança. 

  • Construtor de realidade aumentada:  ele vai projetar, escrever, criar, calibrar, construir e personalizar viagens em realidade aumentada para as pessoas.

           Área(s): transformação digital. 

  • Consultor fitness: profissional responsável por motivar a atividade física, melhorar a nutrição e fazer com que o indivíduo adote um estilo de vida mais saudável.

           Área(s): saúde.

  • Controlador de tráfego autônomo: gerenciador de tráfego de veículos autônomos e de drones.

           Área(s): energia, infraestrutura, segurança e socioambiental. 

  • Corretor de dados pessoais: profissional será responsável por monitorar e comercializar dados de pessoais, empresas e governos deixados na internet. Área(s): ética, segurança e transformação digital. 

           Área(s): ética, segurança e transformação digital. 

  • Curador de memória pessoal: profissional consultará uma série de públicos específicos, a mídia e fontes históricas para refazer e formular experiências do passado, para reduzir o estresse ou a ansiedade que a perda de memória provoca.

           Área(s): saúde e transformação digital.

  • Diretor de genoma: profissional vai criar e executar uma estratégia para aumentar o portfólio de produtos que envolvam a ciência da vida.

           Área(s): saúde, ética, inovação e socioambiental. 

  • Especialista em edge computing: a computação em nuvem está gradualmente abrindo caminho para a próxima grande evolução: a edge computing, que desencadeia o potencial de dispositivos de hardware conectados e os descentraliza.

           Área(s): transformação digital.

  • Facilitador de TI: profissional vai gerar flexibilidade para os usuários com o uso de aplicativos e infraestrutura, desenvolvidos dentro da empresa ou em ambientes de nuvem.

           Área(s): segurança e transformação digital.

  • Gerente de ética: investiga, acompanha, negocia e faz acordos sobre o fornecimento de produtos e serviços, para garantir o alinhamento nos contratos relacionados a questões éticas de um público estratégico. 

           Área(s): ética. 

  • Gerente de man-machine: profissional trabalha na colaboração entre homem e a máquina, responsável pela identificação de tarefas, processos, sistemas e experiências que possam ser melhorados com a tecnologia. 

           Área(s): transformação digital e inovação. 

  • Gerente de negócio em I.A.: o trabalho será próximo a áreas de vendas, marketing e sócios no segmento de inteligência artificial. 

           Área(s): inovação e transformação digital.

  • Investigador de dados: assíduo analista de dados, profissional precisará interpretá-los da melhor maneira possível. Além disso, deve ser curioso, analítico e multitarefa. 

           Área(s): transformação digital.

  • Oficial de diversidade: profissional vai facilitar a rentabilidade e a produtividade de uma organização e, ao mesmo tempo, promoverá um ambiente de inclusão.

           Área(s): ética e socioambiental.  

  • Sherpa de loja virtual: sherpas ajudam escaladores a subir montanhas. No futuro, sherpas virtuais vão guiar consumidores pelas lojas virtuais, auxiliando em compras dentro de cenários complexos.

           Área(s): segurança e transformação digital. 

  • Técnico em saúde informatizada: responsável por examinar, diagnosticar, administrar e prescrever tratamentos para pacientes com o auxílio da inteligência artificial e de médicos acessíveis remotamente.

           Área(s): saúde e transformação digital. 

  • Walker-Talker: o profissional será responsável por passar um tempo com os clientes, e sua principal atividade vai ser prestar atenção no que eles dizem.

           Área(s): inovação. 

Desta maneira, ao comparar as profissões do futuro com as grandes áreas de atuação, nota-se que 13 delas estarão relacionadas com a transformação digital, realidade que demonstra alterações sem tamanho no mercado de trabalho até 2028.

Por Ricardo da Silva Domingos    

Fonte: https://www.estadao.com.br/infograficos/educacao,estudo-aponta-as-21-profissoes-do-futuro-para-os-proximos-anos-confira,1129752

O Professor da USP: Atuação além das Fronteiras – Talk Show

O Talk Show do dia 15/10, data de celebração do Dia dos Professores no Brasil, contou com a presença do Vice-Reitor Prof. Dr. Antonio Carlos Hernandes, doutor em Física; do Pró-Reitor Prof. Dr. Edmund Chada Baracat, doutor em Medicina; da Profª Dra. Carmem Fávaro, doutora em Tecnologia de alimentos; do Prof. Dr. Luis Carlos Souza Ferreiro, doutor em Biofísica; e do Prof. Dr. Fábio Cury, doutor em Música. O Talk Show foi mediado pela Profª Dra. Tania Casado, diretora do ECar, em virtude de apresentar e debater aspectos pouco conhecidos da atuação dos professores da Universidade de São Paulo em prol da sociedade. 

Confira abaixo:

Aniversário de 5 anos do Escritório e o dia das carreiras

No dia 5 de outubro de 2020, se comemorou o quinto ano de existência do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da Universidade de São Paulo. Em evento solene, Antonio Carlos Hernandes (vice-reitor), Edmund Chada Baracat (pró-reitor de graduação), Tania Casado (diretora do ECar) e Vahan Agopyan (reitor) manifestaram orgulho de fazer parte dessa história. Aproveitaram a ocasião para lançar o dia das carreiras, em data homóloga ao dia internacional das professoras e dos professores, uma homenagem para a carreira mais importante de todas: a docência. 

Além de destacar os resultados obtidos ao longo do período, a professora Tania Casado ressaltou que o ECar tem se esforçado para atuar nos três pilares que uma universidade deve ter: ensino (por meio da disciplina “Carreiras contemporâneas – teorias e aplicações” da pró-reitoria de graduação), pesquisa (sobre temas como carreiras e Ensino Médio, comportamento de cola e carreiras do futuro) e extensão (eventos para a comunidade externa). 

Por Ricardo da Silva Domingos

Fonte: https://jornal.usp.br/institucional/escritorio-de-desenvolvimento-de-carreiras-comemora-cinco-anos-de-criacao/