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“Umbanda e quimbanda: alternativa negra à moral branca”

Foi publicado no periódico Psicologia USP, edicão 2019 vol.30, o artigo “Umbanda e quimbanda: alternativa negra à moral branca”, desenvolvido em decorrência do trabalho de mestrado da atual doutoranda Juliana Barros Brant Carvalho, em coautoria com o Prof. Dr. José Francisco Miguel Henriques Bairrão.

A publicação está disponível neste link.

 

Resumo 

A quimbanda, modalidade de culto afro-brasileiro habitualmente apresentada como mera inversão ético-moral da umbanda, preservou-se em rituais com entidades espirituais que supostamente contestam ou invertem a ordem moral vigente. Neste estudo acompanharam-se esses rituais e coletaram-se depoimentos de sacerdotes em comunidades religiosas afro-brasileiras, com o objetivo de
revisar se de fato há uma pressão exercida por padrões ético-religiosos da sociedade envolvente que poderiam ter moderado ou modificado concepções africanas subjacentes. Na contramão de análises
que implicitamente pressupõem a subordinação dos cultos afro-brasileiros a uma única concepção de moralidade, constatou-se que a vivência do sagrado implicada na quimbanda e na umbanda não atrela-se a essa moralidade vigente, e que nenhuma das suas manifestações pode ser corretamente descrita como amoral.

Palavras-chave: cultos afro-brasileiros, etnopsicologia, psicologia e religião.