Pesquisador do GovAmb aponta incoerências em planos climáticos

Em artigo publicado no Nexo Jornal, Pedro Campello Torres, professor da UNESP e pesquisador do GovAmb, chama a atenção para os riscos de planos climáticos que tentam abraçar todas as frentes, mas carecem de viabilidade prática. Afirma que “planos climáticos não devem ser tratados como fim em si mesmos, mas como meios articulados com ações reais e recursos compatíveis”. Para ele, documentos muito completos no papel, mas de difícil execução, acabam mais contribuindo para a inércia do que promovendo transformações efetivas: “ao tentar resolver tudo, correm o risco de não resolver nada”.
Torres defende o fortalecimento da agenda climática dentro dos planos setoriais, em vez de criar documentos que tentem condensar todas as políticas públicas em um só lugar. Ele critica a ideia de basta ter um plano para que haja resultados: a baixa implementação compromete não só a eficácia das ações como também a credibilidade da própria agenda climática. Por fim, ressalta que as soluções para a crise climática precisam ser viáveis e construídas com uma visão interseccional, atenta às desigualdades e injustiças estruturais da sociedade.

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