Pesquisa

AS RELAÇÕES SOCIOECOLÓGICAS NOS BOSQUES SECOS EQUATORIAIS DE LAMBAYEQUE, COSTA NORTE PERUANA: UMA ABORDAGEM HISTÓRICO-ECOLÓGICA

Pesquisador responsável: Diego Bitencourt Mañas [info] (diego.manas@usp.br)
Tipo de pesquisa: Mestrado (Programa da Ecologia do IB-USP)
Orientação: Prof. Rui Murrieta (IB-USP)

O Vale de Lambayeque, localizado na costa norte Peruana, vem sendo ocupado intensamente por milênios. Esta região foi cenário de ascensão e declínio de algumas culturas arqueológicas – a maioria delas muito antes do domínioda conhecida cultura Inca. Neste cenário, os recursos naturais eram utilizados intensamente, tanto para a construção dos monumentos arquitetônicos e domésticos, quanto para a produção metalúrgica e cerâmica (ritualística ou não). Atualmente, os bosques secos continuam sendo explorados intensamente para o uso doméstico, produção de carvão, mineração e pecuária extensiva – e ainda hoje mostram-se extremamente resilientes. O objetivo deste projeto reside na compreensão das relações socioecológicas no distrito de San José de Mórrope – seus povoados e anexos. Este é um projeto de pesquisa do tipo exploratório, fundamentado teoricamente e metodologicamente nos programas de pesquisa da Ecologia Histórica e da Etnoecologia. Para ter acesso às informações etnoecológicas, foi utilizada uma abordagem multi-métodológica oriunda das ciências sociais: entrevistas semiestruturadas, observação participante, turnê guiada e mapeamento ecológico participativo. Ademais, outras informações relevantes sobre os temas abarcados nesta pesquisa foram consultadas em centros de pesquisas locais, institutos especializados e bibliotecas, bem como por entrevistas informais. Como resultado, espera-se construir uma narrativa robusta, alicerçada na ecologiahistórica e na etnoecologia, para compreender a partir do modelo de Mórrope, como que se dá – e talvez um insight de como se deram—as relações socioecológicas no Vale de Lambayeque. Com isto, será possível criar os primeiros subsídios para a compreensão dos processos de adaptabilidade humana na região.

Me. Diego Mañas