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Mariana Inglez, doutoranda LAAAE-USP (Programa de Pós-Graduação em Biologia/Genética -Instituto de Biociências)

Mariana Inglez é formada em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2010) e mestra em Ciências (Biologia / Genética) pelo IB-USP (2015). Atuou desde a graduação nas áreas de bioarqueologia e bioantropologia, realizando as etapas de escavação, cura e análise de esqueletos humanos. Em seu mestrado aprofundou-se no estudo da influência de processos microevolutivos na morfologia craniana humana. Trabalhou como professora de Ciências e Biologia na rede pública de ensino do Estado de São Paulo (2011-12); como bioarqueóloga em consultoria na região do Médio Xingu (2013-14); e como antropóloga forense, via PNUD e Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Presidência da República (CMDP-PR), no caso da Vala Clandestina de Perus, onde contribuiu com o processo de busca e tentativa de identificação de desaparecidos políticos da ditadura civil-militar brasileira (2014-18).

Atualmente, como doutoranda no LAAAE-USP, estuda o processo de transição nutricional em comunidades ribeirinhas da Amazônia a partir de uma abordagem bioantropológica. Realizou etapa sanduíche no Departamento de Antropologia da The Ohio State University (Columbus, OH, EUA), sob orientação da Prof. Dra. Bárbara Piperata (Bolsista CAPES-Print/USP – 2020).

Por fim, é co-fundadora e coordenadora do projeto “Evolução para Todes” de divulgação científica, que tem como objetivo aproximar um público mais amplo de temas em arqueologia, evolução humana, antropologia e das pesquisas de nossa equipe, considerando também as pautas de inclusão racial e gênero, entendidas como fundamentais para tornarmos a academia mais diversa. Bolsista CNPq e Grantee do Instituto Serrapilheira.

Pesquisa

TRANSIÇÃO NUTRICIONAL EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: ESCOLHAS ENTRE ALIMENTOS TRADICIONAIS E INDUSTRIALIZADOS NA REGIÃO DE CAXIUANÃ, PARÁ, BRASIL

Pesquisadora responsável: Me. Mariana Inglez [info] (mariana_inglez@ib.usp.br)
Tipo de pesquisa: Doutorado (Programa da Genética do Instituto de Biociências da USP). Início: 2018
Orientação: Prof. Rui Sérgio Sereni Murrieta (IB-USP) e Prof. André Strauss (MAE-USP)

Comunidades ribeirinhas amazônicas desenvolveram a pesca, a agricultura de corte-e-queima, a caça, a criação de pequenos animais domésticos e a extração e comércio de produtos florestais como suas principais atividades de subsistência. Nas últimas décadas essas características vêm sendo alteradas em decorrência do aumento do salário mínimo, da aposentadoria, da demanda do mercado pelo açaí e da recente disponibilidade de dinheiro do Programa Bolsa Família, que modificam a econômica local. Estudos conduzidos entre 2002-09 na região da FLONA de Caxiuanã (PA) indicaram mudanças na dieta. O que aconteceu dez anos depois? Qual o status nutricional atual nessas comunidades ribeirinhas? Quais as ideias e práticas relacionadas à dieta nessa região hoje? Quais as mudanças e similaridades observadas em relação ao consumo alimentar desde 2002? Objetiva-se caracterizar os perfis dietéticos, antropométricos e socioeconômicos de ribeirinhos que participaram dos estudos prévios mencionados, o que é fundamental para compreensão e aumento da complexidade do Modelo de Transição Nutricional atual, que ainda requer dados provindos de contextos específicos. Precisamos entender a Transição Nutricional Brasileira em áreas não urbanas, o que é fundamental não apenas para a construção de conhecimento e aperfeiçoamento de um modelo científico, como também para o estabelecimento de políticas públicas para alimentação.

Me. Mariana Inglez realizando entrevistas em etapa de campo - Floresta Nacional de Caxiuanã (PA)
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