Pesquisa

MOBILIDADE HUMANA NO HOLOCENO INICIAL NA REGIÃO DE LAGOA SANTA: ANÁLISE DE GEOMETRIA TRANSECCIONAL DE OSSOS LONGOS DOS MEMBROS INFERIORES

Iniciação científica, FAPESP

Luana da Silva Spósito

Orientação: Prof. Dr. André Strauss

RESUMO:

Historicamente, as populações habitantes do Brasil Central durante o Pleistoceno final e o Holoceno inicial foram caracterizadas como sendo altamente móveis. Entretanto, estudos recentes baseados em análises de isótopos de estrôncio e da circunferência externa dos fêmures demonstraram um baixo nível de mobilidade para essas populações. As análises de isótopos de estrôncio apresentam considerável homogeneidade entre os indivíduos estudados, sendo compatível com a biodiversidade encontrada na região cárstica local. Por sua vez, as análises preliminares da circunferência externa de fêmures indicam também um baixo nível de mobilidade, visto que caçadores-coletores costumam apresentar valores maiores do formato do eixo médio diafisário do fêmur que agricultores, apresentando assim um formato mais oval. A partir da análise de geometria transeccional de ossos longos dos membros inferiores desses remanescentes humanos, o presente projeto pretendeu avaliar o nível de mobilidade das populações habitantes da região de Lagoa Santa e comparar os resultados obtidos com análises das populações dos Sambaquis Piaçaguera e Moraes – sendo este último fluvial -, ambos com coleções pertencentes ao MAE-USP.

Luana Spósito
Virtualização tomográfica. Acervo LAAAE