1° de dezembro é o Dia da Antártica: veja trajetória do PROANTAR com imagens


Acervo Labnut

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O Brasil participou da primeira pesquisa científica realizada pelo Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) no verão 1982-1983 com o Navio Oceanográfico do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo – N/Oc. Prof. Wladimir Besnard – que teve a bordo uma tripulação de pesquisadores do Instituto Oceanográfico. O navio da Marinha do Brasil – Almirante Câmara – acompanhou o N/Oc. Prof. Wladimir Besnard  realizando o apoio logístico necessário.

Acervo IOUSP

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A importância das pesquisas realizadas nesta expedição permitiram ao Brasil passar, em 1984, de membro signatário a membro consultivo no Tratado Antártico junto a mais 27 países que compõem o quadro de 45 membros totais. A partir daí, o Brasil foi aceito como membro do Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR – sigla em inglês) órgão internacional que coordena a pesquisa na Antártida. O Professor Yoshimine Ikeda teve grande participação nesta tarefa de colocar o Brasil no Tratado, bem como todos os pesquisadores que participaram das primeiras expedições.

Acervo IOUSP – 1982/1983

Acervo Labnut – 2005/2011

Acervo Labnut – 2005/2011

 

 

 

 

 

A maioria dos motivos para estudar o continente antártico visa compreender o papel do continente gelado no equilíbrio global, vários destaques como o seu papel no controle do clima e sobre a biodiversidade, os efeitos sobre o continente como a da expansão do buraco na camada de ozônio, a intensificação do efeito estufa, o papel da região como sumidouro de gás carbônico, ou seja, no sequestro do carbono, o descongelamento e o aumento do nível do mar. A variabilidade climática, entre outros, são preocupações ainda atuais, pois pouco tem sido feito para a redução das emissões de CO2 e no uso de energias alternativas à queima de combustíveis fósseis e para a preservação ambiental em nosso planeta.

Acervo Labnut

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O PROANTAR nasceu desta necessidade de conhecimento e tem como atribuição planejar e executar as atividades logísticas e científicas relacionadas ao continente antártico, mantendo o foco nas questões ambientais.

 

 

 

 

O Instituto Oceanográfico realiza pesquisas na região desde o verão antártico de 1982/1983, junto à 1ª Operação Antártica do Programa PROANTAR, com marcante participação do navio Prof. W. Besnard do Instituto Oceanográfico da USP que, embora não tenha sido construído para a navegação polar, apresentava estrutura robusta e adequada à pesquisa, e foi construído na Noruega. Até 1988, pesquisadores e a embarcação da USP firmaram a participação do Brasil nas pesquisas antárticas, contribuindo para o conhecimento, monitoramento e elaboração de recomendações para preservação do continente.

Até a VI OPERANTAR o N/Oc. Prof. W. Besnard marcou presença na região Antártica, navegando pela última vez no ano de 1988, acompanhado nos primeiros anos pelo N/ApOc Almirante Câmara, em seguida pelo N/ApOc. Barão de Teffé.

Uma base de apoio às pesquisas sempre foi necessária e a construção da primeira Base de pesquisa brasileira, Comandante Ferraz, ocorreu, sendo atualmente substituída por uma estrutura mais moderna e atualizada.

Acervo Labnut

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O Programa Antártico Brasileiro amadureceu e atualmente envolve muitas outras Universidades e Centros de Pesquisa, usufruindo de diferentes ferramentas logísticas para a realização das pesquisas nacionais, sempre com base no Tratado Antártico e seguindo a prerrogativa fundamental da preservação do continente antártico, devido ao seu papel na manutenção global do clima e das formas de vida do planeta.

O Instituto Oceanográfico, bem como outras Instituições, vem participando em muitas expedições do PROANTAR, assegurando a geração de pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento, contribuindo assim para o melhor conhecimento desta área polar para compreensão do equilíbrio atual daquele ecossistema e de seus pontos de fragilidade. Alguns trabalhos são incentivados a terem correspondência com pesquisadores do Ártico de modo a aumentar a integração dos efeitos das mudanças climáticas no contexto mundial e dos sinais que são rapidamente registrados nestas duas áreas extremamente sensíveis.

O Tratado da Antártida — que regulamenta o uso do continente Antártico — foi firmado em 1º de dezembro de 1959 e envolveu países interessados em explorar ou pesquisar a região. O Tratado torna a região Antártica uma RESERVA NATURAL CONSAGRADA À PAZ e À CIÊNCIA, e proíbe até 2047 a exploração econômica de seus recursos minerais. O protocolo também regulamenta e controla as atividades humanas no local; como é sabido, o turismo, assim como a pesquisa, estão presentes na região e devem ser fortemente monitorados.

Manter a pesquisa é uma forma de contribuir para a preservação da Antártica.

Veja no vídeo acima um filhote de pinguim sendo cuidado por seus pais.

Leia mais sobre a Antártica:

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http://www.jornaljovem.com.br/edicao17/antartida_io_proantar.php

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